quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Greve de bancários atinge 20% das agências


Valor 28/09

A greve nacional dos bancários, que começou ontem, teve adesão de cerca de 20% das agências e centros administrativos de bancos do país, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). No primeiro dia de paralisações, 4.191 locais de trabalho fecharam em 25 Estados e no Distrito Federal, segundo o balanço sindical. "A greve começou mais forte que a de 2010, uma das maiores que fizemos nos últimos 20 anos, quando fechamos 3.864 unidades no primeiro dia", diz Carlos Cordeiro, presidente da Contraf.

Os bancários pararam por tempo indeterminado após cinco rodadas de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A proposta patronal contemplava reajuste de 8% sobre os salários, o que representa aumento real de 0,56%, e aumento do piso para R$ 1.350. A reivindicação da categoria é de 12,8% de reajuste, sendo 5% de aumento real, e aumento do piso para R$ 2.297,50.

"A adesão à greve mostra a grande insatisfação dos funcionários com a postura dos bancos, que não apresentaram uma proposta decente que atenda as reivindicações da categoria", diz Cordeiro.

De acordo com Magnus Apostolico, diretor de relações do trabalho da Fenaban, a pauta de reivindicações dos bancários é "impossível" e a greve é "despropositada". Segundo ele, não haverá contraproposta enquanto não forem retomadas as negociações. "O acordo tem que ser encontrado junto e não houve indicação de caminhos da parte dos bancários", diz.

A expectativa da Contraf é que a adesão à greve aumente nos próximos dias.

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