domingo, 30 de setembro de 2012

Sinal-DF requer votação nacional sobre os 555, após ampla aprovação em Brasilia




Meus caros editores,

Segue teor da solicitação do Conselho Regional de Brasília, que permanece defensor de que se dê o direito aos servidores de todo o País de reavaliarem sua decisão.

Independentemente de nossas vontades pessoais, temos o dever de defender que o pleito de Brasília seja votado nacionalmente.

Prezado Presidente Sérgio da Luz Belsito:

No dever de representar os servidores lotados em Brasília, o Conselho Regional de Brasília solicita ao Sinal Nacional que seja colocada em votação nacional, preferencialmente eletrônica – por sua abrangência e segurança – se possível entre os dias 2 e 5 de outubro de 2012, o texto apresentado por servidores e aprovado por ampla maioria (440 votos a favor e 116 contra) na Assembleia Geral Nacional realizada nesta capital, reproduzido a seguir:

“Que os presidentes do Banco Central e do Sinal se mobilizem imediatamente para incluir a carreira de especialista do Banco Central no PL de reajuste de 5% ao ano entre 2013 e 2015.”


Atenciosamente,
José Ricardo da Costa e Silva
Presidente do Conselho Regional do Sinal-DF


O Apito Brasil 137 (anexo) de 27/9/2012 omitiu a principal verdade, a de que NENHUMA AGN ESTÁ RESTRITA À PAUTA DITADA PELO SINDICATO e que os servidores poderiam descer, debater e propor.

Em minha opinião, o Apito Brasil, na ânsia de afastar os pró 5-5-5 da AGN, prejudicou até mesmo os desdobramentos da rejeição, pois desinformou, desmotivou e desmobilizou. Por isso, tão pouca gente compareceu em todo o País e tão pouca mobilização se pode esperar para a “reafirmação da nossa luta pelo direito constitucional à manutenção do valor real dos nossos salários”.

Saudações,
Max

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Assembleia conjunta de Brasília decide por mais de 400 votos a favor que se procure imediatamente o MPOG para possibilitar nossa inclusão na PLOA 2013 nos mesmos moldes que o Ciclo de Gestão, com efeitos financeiros a partir de janeiro de 2013



Em assembleia realizada hoje, dia 27.09 no DF, mais de 400 servidores, ou 75% de um total de 600 presentes, manifestaram claramente ao Sinal-DF o que querem: que o Sinal procure imediatamente o MPOG para possibilitar nossa inclusão na PLOA 2013 nos mesmos moldes que o Ciclo de Gestão, com efeitos financeiros a partir de janeiro de 2013. Para aqueles que insistiam em dizer que era tudo invenção do Sinal-DF, temos agora um fato concreto – decisão de assembleia por ampla maioria, com número significativo de presentes. Estou curioso, muito curioso, curiosíssimo para saber qual será a desculpa dessa vez para tentar ignorar, desdenhar ou atacar a questão legitimamente levantada pela base de Brasília, assim como foi o abaixo-assinado.

Vivemos tempos interessantes, onde as pessoas não podem reavaliar questões, onde os cenários são imutáveis e os posicionamentos eternizados. Tolo é aquele que enxerga uma mudança de opinião como arrependimento ou baixar as calças. As situações mudam, os cenários mudam, os atores mudam e por isso mesmo o que vale em tal momento, pode não valer no momento seguinte. Abrir mão de reavaliar posições me parece algo teimoso e pouco inteligente, ainda mais quando se faz parte de um grupo de 1%. Será que está todo mundo errado e apenas nós estamos certos? E o que dizer do posicionamento da Receita, que não quer saber da companhia de ninguém para a próxima campanha salarial? Ou das agências reguladoras, que estão conversando com o MPOG e pode ser que fechem acordo com o governo conforme o ofertado, que fora anteriormente rejeitado? Vamos acabar ficando sós em 2013. Seremos então presa fácil para a truculência e autoritarismo do governo Dilma, aliado a um STJ insensível e uma mídia agressiva no que diz respeito a aumento de salário de servidores. Isso sem falar na Lei de Greve. Apesar de alguns ainda acharem que tal situação vai na verdade nos ajudar, penso que se for ajudar em algo será ajuda em nos ferrar, de tal modo que iremos ficar até 2015 com o salário congelado, ganhando 15% a menos que o Ciclo de Gestão. Ueebbbaaaa!!!

O resultado da assembleia hoje não nos surpreende no Sinal-DF, nas últimas semanas recebemos dezenas de e-mails e telefonemas, muitos de colegas que votaram contra mas enxergam agora um novo cenário.

Urge a avaliação da decisão de Brasília pelo Conselho do Sinal Nacional, de preferência colocando o tema em Votação Eletrônica, para que o maior número possível de servidores se manifeste, só que agora em outro nível de conhecimento e análise da situação.

Bruno Péres


Porto Alegre

Em Porto Alegre havia um contingente razoável, para uma AGN sem pauta definida.


A pauta incluida por nós:

“Que os presidentes do Banco Central e do Sinal se mobilizem imediatamente para incluir a carreira de especialista do Banco Central no PL de reajuste de 5% ao ano entre 2013 e 2015” venceu por 28 a 18.

Em Salvador,

Rejeitado o requerimento para inclusão na pauta da AGN do item “Reajuste a partir de janeiro de 2013” – 11 votos pela rejeição, 6 votos pela aprovação e 3 abstenções

São Paulo

Em São Paulo, a proposta de inclusão dos 5% + 5% + 5% foi derrotada em Assembléia.  89 a 17.


Curitiba


Em Curitiba a Assembléia transcorreu acalorada, com 50 participantes, recebi a palavra quantas vezes quisesse fazer uso dela, porém não me foi permitido colocar a proposta constante do abaixo assinado. A direção do Sinal convidou a Assembléia a deliberar se queria ouvir a proposta - entendendo que a pauta estava fechada e que o abaixo-assinado já havia sido objeto de rejeição no apito nº 137, que circulou na hora – mas não houve concordância, após o presidente regional ter discursado contra o movimento. Assim como em Salvador, entendo que a não inclusão na pauta na assembléia terá o efeito da abstenção em votar por esta regional com efeito nulo sobre o resultado. Darcy Othero


Rio de Janeiro

• A proposta original do abaixo-assinado foi derrotada por 43 a 2;

• Porém, uma nova proposta de reabertura de negociações + mobilização da categoria foi aprovada por unanimidade (45 votantes).

INTERPRETAÇÃO (essa é minha e somente minha):

• A proposta aprovada é suficientemente genérica para abarcar qualquer coisa, inclusive a proposta do abaixo-assinado;

• O sindicato estava mais interessado em colocar os “insurgentes” e “antidemocráticos” em seu “devido lugar” , ou seja, do lado de fora;

• Aconteceram diversas falações desqualificando o abaixo-assinado;

• Tudo bem nossa senhora do Alprazolan me protegeu e me valeu.

CONCLUSÃO:

• Bem pessoal. Foi isso o que eu percebi. Não sei como ficará escrito o documento final deles (isso mesmo: deles. Depois do que eu passei, voto com a “unidade”, estou na “categoria”, mas não confio mais não);

• Tive a impressão de ter passado por um linchamento moral (eu teria sido inconveniente, quem sabe burro (talvez?)), eu deveria baixar a cabeça e não me manifestar mais;

• Estou *muito* curioso para saber o resultado final.  Sulaiman.


Fortaleza

Em Fortaleza a questão nem entrou na pauta...

Defendi o direito dos servidores do BC fazerem abaixo assinado pedindo assembleias e/ou reapreciação de temas anteriormente apreciados, afinal o poder emana dos servidores e não dos sindicatos ou das assembleias – estes tem poder por delegação dos servidores, mas acho que a maioria do pessoal não entendeu.

Defendi que falar em “comissão de mobilização” quando os servidores já estão mobilizados em torno de um abaixo-assinado é uma incoerência, o que faria sentido seria potencializar a mobilização já existente, inclusive discutindo eventuais ajustes no pleiteado pelo abaixo-assinado se fosse o caso.

Mas ninguém mais defendeu o abaixo-assinado, a maioria parecia insegura em “desobedecer” ao “sábio” Sinal. Tinha umas 30 pessoas na assembleia, se o tema entrasse na pauta acho que seria derrotado por uns 20 X 10, na melhor das hipóteses.

O Sinal Nacional não quer nenhuma mobilização independente, que possa ameaçar o seu controle, a sua “condução das massas”.

Em suma: a Comissão de Desmobilização do Sinal ganhou por aqui. Paulo Andre


Belo Horizonte

A Assembleia Geral Nacional, que se seguiu, com 62 assinaturas na lista de presença, aprovou - por 55 votos, nenhum contrário e 2 abstenções - o cronograma de mobilização constituído de Ato Nacional no dia 4 de outubro e Dia Nacional de Luta no dia 10/10/2012, com vistas à reabertura de negociações salariais com o Governo.

Não apareceu na assembleia de BH a proposta apresentada em outras regionais, proveniente de abaixo-assinado que circula há dias no Banco, com o fim de que “os presidentes Tombini e Belsito trabalhem pela imediata inclusão da carreira de especialista no PL de reajuste de 5+5+5 para janeiro de 2013.”

Recife

Aceitou-se incluir na pauta, houve debates que tomaram a reunião toda, e muita gente defendeu a proposta comigo. Defendi que havia sim uma possibilidade de  inclusão do nosso aumento, que o abaixo-assinado decorreu da constatação de que muita gente que votou pela não aceitação dos 5+5+5 o fez acreditando que ainda haveria margem para negociação, e que mudou de idéia quando as portas se fecharam. Mesmo assim fomos derrotados por 5 a 17. Moacyr Ricardo

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

De novo, os fatos



Por Ronaldo Pignataro


Depois da divisão ocorrida no funcionalismo e cristalizada no decorrer da última semana emerge outro fato incontestável, a reunião da categoria deverá passar obrigatoriamente pela aceitação dos signatários do movimento liderado pela Cleide.

O contingente ultrapassa a casa dos 1.100, número que não pode passar despercebido ao mais míope dos estrategistas quando sabemos que um único indivíduo pode fazer a diferença, e assim como contar com cada um deles em alguma demanda futura?

Quais os fatores que se colocam contra essa reunificação necessária?

Dois fatores aparecem bem claros.

O primeiro é que o Banco Central é uma instituição séria, feita de pessoas sérias, avessas à “malandragem”, mesmo a utilizada no bom sentido como “jogo de cintura” ou “política de resultados”

O outro, bem visível no discurso de nossa presidenta na abertura da reunião ONU é a tendência do atual governo em criar um vocabulário e atitudes inéditas para encortinar as práticas condenáveis por ele mesmo. Assim deveremos inventar outras palavras e suas correspondentes traduções para a língua inglesa de “protecionismo”, “coação”, “privatização”, “intolerância” “intransigência”, apenas para citar as que mais nos afetam.

Neste jogo desleal, subvertendo as palavras, o poder deixa de aplicar as leis a que é vinculado e capitalizando os mesmos resultados do autoritarismo.

O que poderemos esperar para o ano que vem? Poderemos esperar alguma outra proposta, ainda mais indecente se possível, do tipo “pegar ou largar” como por exemplo 8 % em 2014 e 5% em 2015?. Que faremos, vamos rejeitar também a do próximo ano, se acontecer?

Será possível encontrar apoio para futuras rejeições?

Bom que se lembre de que para o bem do controle da inflação, foi iniciado no passado um processo de desindexação da economia. Começaram pelos salários, pela livre negociação e direto à greve. Ficou por aí, minto, “greve” está no rol das palavras que estão na fila para a mutação.

E quanto à nossa “mobilização”? Se estivéssemos ficado quietos estaríamos melhor.

Refresh

Sindifisco - Secretário da Receita recebe DEN e discute reabertura de diálogo

Secretário da Receita recebe DEN e discute reabertura de diálogo

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Atirando no que vê e acertando o que não vê



Por Orlando Amado


Não faltava mais nada; e eu pensava que já tinha visto tudo. Depois de um “bullying” presidencial que tingiu o nosso sangue de azul, algo inconcebível até mesmo nos tempos da ditadura, agora aparece uma ministra a ameaçar os funcionários dos Correios, empresa da alçada do “ministério do seu marido”. Diz ela que “eles já fizeram greve no ano passado, já tiveram o reajuste”. Não sei de onde, de repente, saem essas figuras, mas tudo indica que ficam encastelados, ausentes da realidade, cada um no seu feudo, se achando “dono do pedaço”, dele saindo para fazer ameaças ao seu bel prazer, quando algo os ameaça.

Ora, esqueceram de dizer à ministra que o reajuste a que ela se refere deve ser anual, conforme o Artº 37, Inciso X, da Constituição e não é uma benesse do governo. E fica ela a ameaçar com a Lei de greve, como se isso fosse uma punição, sem saber que esse é um caminho de mão dupla que passará certamente pelo respeito aos preceitos constitucionais, o que garantirá, no mínimo, a reposição do poder de compra dos salários, bem como a permanente negociação de melhoria das condições de trabalho. O governo, formado pelo PT (Partido dos Trabalhadores ??), agora se alia a elites do empresariado, a quem oferta os “kits felicidade”. Essas elites, que a contragosto toleraram Lula no Planalto e continuam conspirando, especialmente através da mídia cooptada e de seus analistas, amargurados por sucessivas derrotas, estão conseguindo apear o PT do poder, liquidando com seus líderes. É “o retorno de Jedi”. E o governo segue, “atirando no que vê e acertando o que não vê”, achando que a Lei de greve somente imporá limites às formas utilizadas pelos servidores para manifestar protestos e reivindicar os seus direitos. Que venha a Lei de greve e com ela a estrita observância dos princípios da OIT relativos à organização sindical – que pressupõe direito de sindicalização, direito de negociação e direito de greve.

De outra forma, as tentativas de negociação nunca prosperarão, já que os servidores estarão sempre em desvantagem pela ausência de garantias legais para o pleno exercício de dois dos três direitos fundamentais da organização sindical: o de negociação e o de greve. Queremos o que a Lei de greve certamente preservará que é, no mínimo, a recomposição anual do salário do servidor público, independente da cor do seu sangue. Os sindicatos devem trabalhar fortemente junto ao legislativo, sem prejuízo de outras alianças, para impedir a aprovação açodada de normas relativas ao direito de greve no serviço público, devendo ser privilegiada a discussão pública da regulamentação da Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), denunciando o sistemático descumprimento de preceitos constitucionais que garantem a revisão geral anual da remuneração e do subsídio dos servidores públicos.

Orlando Amado de Freitas Filho – Servidor aposentado - Ba

‘O caminho é a união dos servidores do BCB’


*Rionet


Em rápida entrevista, Sergio Belsito, presidente Nacional do Sinal, discorre sobre o assunto do momento nas redes internas do Banco Central: a questão do abaixo-assinado. Para ele, não existe mais a tal da proposta rejeitada, já que as negociações se encerraram e a PLOA já foi remetida para o Congresso sem o nosso valor. Segundo Belsito, o Sinal está trabalhando para as negociações serem reabertas, o que dependerá da presidente da República autorizar a alteração da PLOA, e isso não é fácil, lembra o presidente do sindicato.

●RIONET - O SINAL é contra a manifestação por abaixo-assinado?

SERGIO BELSITO - Não, desde que ele seja complementar a forma de representação democrática e não contrária a ela.

●Então ele não será colocado em votação?

BELSITO - Não disse isso. Para que ele fosse aceito imediatamente, seria necessário que ele atendesse ao contido no estatuto do SINAL, ou seja, assinado por 30,0% dos filiados. Entretanto, a pedido do Sinal-DF, o Conselho Nacional deverá apreciar a matéria.

●Reverter a decisão de rejeição da proposta em assembleia agora resolve o nosso problema?

BELSITO - Claro que não. Não existe mais a proposta rejeitada. As negociações se encerraram. A PLOA já foi remetida para o congresso sem o nosso valor.

●E quando deveríamos votá-lá?

BELSITO - Quando ela for eventualmente recolocada na mesa novamente. Seria a maneira menos arriscada de entrarmos em situação mais complicada, politicamente. Se colocada em votação nesse momento, teremos uma votação emocional, tipo revanche.

●Mas as negociações não podem ser reabertas?

BELSITO - Estamos trabalhando para isso. Só dependerá da presidente da República autorizar a alteração da PLOA, o que não será muito fácil. Os colegas que estão assinando o documento tem informado que isso é essencial para o presidente do BC pedir a Dilma por nós. É um equivoco pensar dessa maneira. Se o governo aceitar reabrir as negociações condicionada à aceitação da proposta 5,5,5, ele que sinalize isso para que ela seja colocada em votação e retornarmos com nossa resposta. Antes disso poderemos ter um desastre político para a categoria.

●Como assim?

BELSITO - Primeiramente, se a proposta por votada agora e aprovada pela categoria e não conseguirmos reabrir as negociações, teremos uma baita decepção interna e uma grande repercussão externa como os comentários maldosos da Ministra Mirian Belchior e de outras entidades sindicais. Se a proposta for a votação e for rejeitada pela segunda vez, não teríamos como sinalizar para o governo previamente o desejo de reabertura das negociações e, pior ainda, se tivermos que engolir a mesma proposta em 2013 – já pensaram nisso?

●Você está pessimista?

BELSITO - Não , temos a determinação da luta, entretanto não sabemos como o governo reagirá nem agora e nem no próximo ano.

●Existem outras categorias querendo os 5,5,5 ?

BELSITO - Que eu saiba, não.

●Qual é o caminho então ?

BELSITO - O caminho é a união dos servidores do BC em um ponto comum para a reabertura de negociações.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Número de assinaturas supera total de votos pela rejeição


“Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia... Pois o triunfo pertence a quem se atreve.” (Charles Chaplin)



Eu bem que gostaria de estar inspirando as falas da Ministra, espero que, após todo este esforço, possamos inspirá-la para que ela encaminhe uma mensagem ao Congresso solicitando a inclusão da nossa carreira no PLOA 2013.


No dia 4 de setembro tivemos assembleia convocada pelo Sinal. Após a assembleia comecei a explorar a possibilidade de alterar o quadro de exclusão no qual havíamos nos colocado pela rejeição à proposta. Liguei primeiro para os representantes do Sinal em Brasília. Foi informada que o Diap havia sido consultado e que haviam informado que era impossível. Conversei com outras pessoas, inclusive colegas do Banco que fizeram pesquisa na internet para saber como era o processo de alteração de um PLOA já encaminhado ao Congresso.

No sábado dia 8.9.2012 li uma entrevista publicada no Correio Brasiliense com o relator do PLOA, Deputado Paulo Pimenta, na qual ele dizia “Digamos que na semana que vem haja entendimento com o governo e uma dessas categorias aceite o reajuste oferecido, então teria que ser encaminhada uma proposta alterando a LDO. Depois de aprovada essa mudança seria necessário enviar um projeto de Lei com o rejuste da categoria específica. Além disso, uma retificação no Projeto de Lei Orçamentária de 2013, incluindo-o no anexo V da proposta orçamentária, um item que não consta, seria muito complicado.”

Posteriormente, recebemos um e-mail de um colega de outra regional contendo avaliações sobre a campanha e nos solicitando explorar a possibilidade de reverter o quadro.

Pensamos que seria bom haver uma intervenção da direção do Banco. No entanto, compreendíamos que a Diretoria não teria segurança para interceder por nós solicitando reabertura das negociações se nos mantivéssemos na oposição ao reajuste apresentado.

No dia 13.9 encaminhamos o primeiro e-mail convidando todos aqueles que desejassem ter uma nova oportunidade a encaminhar e-mail ao Sinal Nacional.

No dia 14.9 decidimos propor o abaixo-assinado. Somente às 16h33 do dia 17 publicamos o primeiro balanço.

O abaixo-assinado não pretende esvaziar a nossa organização Sindical. Antes pelo contrário, reconheço o papel do Sindicato, sou filiada, participo das assembleias e considero a base uma instância soberana. Sempre fui representante de base nos sindicatos aos quais estive filiada. Fui representante de base no Sindicato dos Professores, eleita pelo Sindicato dos Professores como representante de base na Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, e, aqui no Sinal, representante de Base na AND por duas vezes, uma em Salvador e outra no Rio de Janeiro.

Quanto aos fatos da campanha salarial 2012, depois de quatro meses de mobilização interna, paralisação nas regionais e em Brasília no dia 8.8, o governo nos apresentou uma proposta e marcou um prazo para encerrar as negociações. Rejeitamos a proposta e o governo considerou encerradas as negociações. Este ponto final pode ser bom para o governo, para nós não. Se não estamos satisfeitos em termos nos excluído do reajuste a partir de janeiro de 2013, cabe a nós provocarmos o governo para que reabra as negociações. Para isto estamos fazendo o abaixo-assinado.

Bom, caso consigamos reabrir as negociações, termos que convencer o governo a alterar o PLOA. Para isto, dirigimos o documento também à Presidência do Banco.

Fácil não será, mas que é possível é, dependerá do nosso empenho e organização.

O Sindicato estará conosco!



Cleide Martins Silva

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Abaixo-assinado da Humilhação



E a caravana passa...


É com muito orgulho e satisfação que lí esse texto que demonstra que AINDA existem pessoas de bom senso dentro do BACEN.

Além de humilhante, a intenção de se fazer abaixo assinado para reverter decisão da MAIORIA da categoria é de uma mediocridade impressionante de quem almeja posto de carreira típica de estado e valorizada como tal, tanto financeiramente quanto respeitosamente dentro e fora do governo.

Essas pessoas não têm noção da desvalorização pessoal e profissional que o corpo funcional do BACEN passará a ter perante o governo, a mídia e a sociedade caso isso seja levado adiante.

Inocentemente, acreditam que esse fato não será explorado pelo governo e mídia em futuros embates contra nós, contra um malfeito "reajuste" inventado pelo governo que nem atende a inflação acumulada do período, com a clara intenção de se fazer "onipotente' aos olhos da imprensa e da população desinformada.

Continuemos a buscar juntos uma direção certa e altiva para nossa carreira que o governo, querendo ou não, tem de admitir nosso valor, posto que o País hoje está em relativa imunidade perante a crise internacional devido ao nosso trabalho e esforço no controle do câmbio, inflação e solidez do sistema financeiro.

Grande Abraço,
César Campos Cruz
Analista

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Abaixo assinado




Via *Erdanet

O abaixo assinado não é para aprovar o aumento, é para rediscutir o assunto em assembleia. Tivemos aqui no DF um torno de 800 servidores na assembleia que rejeitou a proposta, sendo que foi praticamente empatada a decisão, e agora temos mais de 800 assinaturas, e que pode inclusive passar de mil. Você vai sinceramente dizer que não é um número relevante?

Decisão em assembleia é sempre soberana. Em 2008, depois da campanha salarial, a assembleia no DF decidiu que não teríamos mais assembleias conjuntas do Sinal com Sintbacen e Sindsep. E em 2012 uma outra assembleia tão soberana quanto aquela decidiu que teremos assembleias conjuntas do Sinal com Sintbacen e Sindsep. Não existe portanto essa inflexibilidade, e não estamos aqui falando de fazer assembleias semanais até mudar algo. Literalmente dezenas e dezenas de servidores do DF, muitos inclusive que votaram contra a proposta, estão pedindo diariamente ao Sinal-DF nova chance de rediscutir o assunto. Insisto que o fato de sermos apenas 1% dos servidores federais que ficaram sem aumento, além da possibilidade concreta do GT do alinhamento interno e da implementação do horário flexível, constituem fatos novos a serem deliberados. Isso se conseguirmos reabrir as negociações com o governo, o que será muito difícil, porém diria que sem o nosso primeiro passo será impossível.
Quanto a merecer o aumento, não se trata apenas de luta e mobilização. É preciso ler o cenário político, as ações do governo, a possibilidade de piora no cenário econômico mundial e o fato de estarmos isolados. Merecemos sim mais que o aumento de 5+5+5, porém esse foi o índice possível. Até mesmo o carreirão da Esplanada representado por CUT e Condsef percebeu isso e interromperam a greve forte que estavam fazendo, para aceitar o aumento. No ano que vem todos aqueles que apostarem contra irão perder, o governo será inflexível. E se resolver mudar será por uma questão eleitoreira e de melhora do cenário econômico, e com isso todos irão ganhar o novo percentual que porventura for negociado em 2013. Será o governo olhando para eleições de 2014 e querendo agradar servidores públicos, além de não incentivar greves dos que porventura ficarem para trás. Não será porque fizemos greves e mobilizações. Ou seja, o jogo já está jogado, ao contrário de anos anteriores. Nada que façamos de concreto irá fazer diferença. Teoria dos jogos na veia.



Bruno Peres de Aguiar - BRUNO/DEPOG-DF (bruno.peres@bcb.gov.br), em 20.9.2012

Jogo de truco



Via *Erdanet

Por Paulo Afonso da Mata Machado


Certa vez, estava disputando uma partida de truco em um churrasco, onde havia muitas pessoas esperando sua vez de jogar. Combinamos, então, que a dupla que perdesse a queda sairia para dar lugar a outra.


Os adversários já tinham um jogo. De repente, trucaram. Já pensava em correr, mas meu companheiro queria aceitar o truco. Contei os tentos dos adversários e vi que eram oito. Ora, para aceitar o truco, somente gritando “vale seis”. Foi o que fiz.

Para encurtar a história: vencemos a rodada. Era um blefe do adversário.

Por que estou contando essa história? Por que também blefei e perdi.

A proposta 5,5,5 vazou antes mesmo que viesse a público. Já tinha ouvido falar nela antes de ser apresentada oficialmente.

Como não esperava absolutamente nada para 2013, achei-a fantástica. Minha intenção era aprovar a proposta tão logo fosse colocada em votação.

Conversando com vários colegas, fui convencido de que essa seria a proposta mínima, ou seja, o piso. 5,5,5 já estavam garantidos. Assim, votei no indicativo do Sinal de que a proposta era “insuficiente”.

Na nova assembleia, em conjunto com outras categorias, a proposta foi novamente colocada em votação. Dessa vez, minha intenção era aprová-la. Enquanto os sucessivos oradores se revezavam, eu fiz uma consulta entre os colegas e percebi que a tendência era de rejeição à proposta, o que ficou mais claro quando foram apresentados os resultados das votações em outras regionais.

Percebi que era hora do blefe. Se votasse a favor, iria enfraquecer o resultado, que já sabia qual era. Votando contra, fortaleceria a posição e o Governo poderia melhorar a proposta.

Blefei e perdi.



Paulo Afonso da Mata Machado é analista da ADBHO


segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O papel do Congresso na mediação entre governo e servidores.



Seg, 17 de Setembro de 2012 11:33

*Por Antonio Augusto de Queiroz



Os parlamentares, em geral, e os da bancada do PT, em particular, precisam mediar o conflito entre os servidores das carreiras de Estado e o governo federal, notadamente das que não firmaram acordo para 2013, propondo a imediata reabertura das negociações.

Entre outras, estão nessa condição três carreiras que são fundamentais para o funcionamento do Estado e também para os projetos estratégicos do governo da presidente Dilma Rousseff: da arrecadação, representada por auditores e analistas da Receita Federal; do ciclo financeiro, representada pelos funcionários do Banco Central, CVM e Susep; e da regulação e fiscalização, representada pelo servidores das agências reguladoras.

A organização sindical, seja no setor privado, seja no serviço público, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), pressupõe três condições: o direito de sindicalização, o direito de negociação e o direito de greve. No caso dos servidores públicos brasileiros, apenas o primeiro está assegurado legalmente.

O processo de negociação no serviço público foi recheado de falhas e conduzido sem as regras nem os cuidados que temas dessa importância e complexidade requerem, conforme recomenda a Convenção 151 da OIT, recentemente ratificada pelo Brasil.

Houve falhas estruturais – como a ausência de regulamentação da própria Convenção 151 da OIT, a falta de uma política salarial, o descumprimento do preceito constitucional que obriga a revisão geral anual e a lacuna no direito de greve– e falhas conjunturais e de condução do processo.

O Congresso Nacional pode e deve ajudar na superação dessas falhas, seja estruturalmente, atuando para criar as condições para o pleno exercício da atividade sindical no serviço público, seja pontualmente mediando o atual conflito.

No primeiro caso, os parlamentares podem tomar as providências para assegurar a revisão geral e propor a regulamentação do direito de negociação e o direito de greve, para evitar que problemas como os ocorridos este ano se repitam.

No segundo, os parlamentares, em especial os do PT, devem se mobilizar para restabelecer o diálogo com as carreiras que não fecharam acordo. A superação do impasse é boa para o Estado, governo e servidores.

Os servidores das carreiras que rejeitaram em assembleias a proposta de 15,8% em três parcelas, nos anos de 2013 a 2015, o fizeram menos pela questão financeira e mais pela forma como o governo conduziu a negociação.

Entre os motivos que forçaram um clima recíproco de hostilidades, destacam-se três.

O primeiro, o atraso na definição de uma proposta financeira para as carreiras de Estado. O governo demorou a definir um percentual e, enquanto não dispunha do Orçamento, deixava vazar na imprensa comentários agressivos às carreiras de Estado, chamando esses servidores de “sangue azul”, termo tão pejorativo quanto o“marajá” da era Collor.

O segundo, a edição de um decreto, que não chegou a ser colocado em prática, com a transferência de atribuições de servidores em greve para integrantes de carreiras assemelhadas de estados e municípios, numa atitude de enfrentamento que seria facilmente evitada com diálogo ou lançando mão de decisão judicial, que nunca deixou de assegurar o funcionamento dos serviços essenciais.

O terceiro, a forma de escolha das entidades com direito a negociação. No serviço público existe pluralidade sindical, ou seja, mais de uma entidade pode representar os servidores de determinada categoria ou órgão, e o governo é quem escolhe com quem negocia. Enquanto isso não for disciplinado, provocará conflitos de representação.

É óbvio que o governo e a população não podem nem devem ficar reféns de servidores em greve, mas os servidores também não podem ser desrespeitados em sua dignidade pelos governantes. É preciso ter equilíbrio, e para isto são necessários processos e regras capazes de promover um diálogo civilizado.

O Congresso, portanto, tem um papel fundamental a cumprir. Sem reabertura das negociações, o conflito persistirá até o próximo ano, com desgastes, insatisfações, greves e até atraso em projetos estratégicos do governo, considerando a importância das carreiras excluídas do reajustes salarial. Que prevaleça o bom senso.



*Antônio Augusto de Queiroz é jornalista, analista político e diretor de Documentação do Diap. Texto publicado originalmente na Revista eletrônica “Teoria e Debate”, edição 104, de setembro de 2012, na coluna “Café no Congresso”.



Trancrito do boletim do Sindireceita

Quem se arrependeu fica sem aumento também, diz Miriam Belchior



Valor Econômico - 17/09/2012


Brasília - O governo não vai estender o reajuste de 15,8% para os servidores que não aceitaram o acordo, informou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. "A LDO diz que os projetos de lei com mudanças salariais precisam ser encaminhados ao Congresso até o dia 31 de agosto", explicou. "Nós não queremos abrir isso, porque esse dispositivo é uma trava importante para organizar o processo negocial", afirmou. Assim, esses servidores não terão reajuste em 2013.


O Judiciário quer um tratamento diferente aos seus servidores daquele dispensado aos funcionários do Executivo e do Legislativo, que terão 15,8%. Belchior observou, no entanto, que o Orçamento de 2013 foi encaminhado ao Congresso com recursos para conceder apenas a primeira parcela de 5% para os servidores de todos os Poderes. "Se o Legislativo aceitou as mesmas condições do Executivo, não tenho como mandar diferente para o Judiciário", afirmou.


A ministra confirmou a informação antecipada pelo Valor de que o governo estuda a regulamentação do direito de greve dos servidores. "Não decidimos ainda se vamos fazer um projeto de lei novo ou se vamos aproveitar algum que esteja tramitando no Congresso", disse. Para ela, é importante regulamentar várias questões, entre elas as condições para a greve, a garantia de efetivo mínimo de servidores para manter a prestação de serviços públicos à população, as condições para se fazer piquete e formas de se evitar prejuízos para os cidadãos com a "operação padrão". A seguir, os principais trechos da entrevista.

Valor: Qual é o balanço que a sra. faz das negociações deste ano com os servidores?


Miriam Belchior: Acho que foi um processo vitorioso para o governo e para os servidores. Foi vitorioso para o governo por duas razões. A primeira é a questão da previsibilidade do gasto com pessoal nos próximos anos, o que nos dá tranquilidade para pensar outros investimentos. A outra é que nós conseguimos mudar a lógica das grandes reestruturações e mostrar que agora a situação é outra.


Valor: Como assim?


Miriam: No período do presidente Lula, o ciclo foi de reestruturações das remunerações dos servidores e de recomposição dos quadros, como nas áreas de educação, segurança e ciência e tecnologia. Nesse período, todas as categorias tiveram aumentos acima da inflação, aumentos reais. Em geral, mais de 30%. Algumas categorias tiveram aumento real de mais de 50%. A partir do ano passado, começamos outro ciclo. Eu tive uma reunião com as entidades sindicais e disse que, do nosso ponto de vista, a lição de casa das grandes reestruturações salariais tinha sido feita durante o governo do presidente Lula e que estávamos em outro momento, não mais de recomposição, a não ser pontuais.

Valor: E o que a sra. ouviu dos servidores?


Miriam: A cabeça dos servidores ainda estava com a mesma lógica anterior. Falavam em grandes reestruturações, muito acima de qualquer parâmetro considerado razoável. Os pleitos apresentados por eles chegavam a R$ 92,2 bilhões, metade da folha, ou 2% do PIB [Produto Interno Bruto].


"A nossa proposta foi aceita por 93,6% dos servidores; alguns dos que a recusaram, se arrependeram"


Valor: Mas o governo conseguiu resistir a essa lógica.


Miriam: Nós demos tratamento diferenciado para algumas categorias da área da educação, aos militares, à área ambiental e ao Incra. No caso do Incra, não houve acordo, o que, do meu ponto de vista, causou até tristeza, pois nós valorizamos uma área que é importante para o país e, por uma radicalização desnecessária, deixou de aproveitar uma proposta que era muito além do que foram os 15,8%. Nós conseguimos um passo importante ao mostrar que o ciclo mudou, que não é mais a questão das grandes reestruturações. O governo também demonstrou firmeza ao tratar dos excessos. Eles foram localizados, mas o governo não tergiversou a respeito disso. Do ponto de vista dos servidores, o processo também foi vitorioso, pois o acordo deu a eles previsibilidade e proteção do poder de compra. A nossa proposta foi aceita por 93,6% dos servidores.


Valor: O que vai acontecer com os 6,4% dos servidores que não aceitaram o acordo?


Miriam: Esses não terão aumento no próximo ano. Alguns, por convicção. Outros perderam o momento, como é o caso do Incra. Alguns se arrependeram. Os funcionários do Banco Central e os analistas de infraestrutura, por exemplo.


Valor: Não dá para incluir, durante as negociações do Orçamento no Congresso, pelo menos os arrependidos?


Miriam: A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) diz que os projetos com mudanças salariais de servidores precisam ser encaminhados ao Congresso até o dia 31 de agosto. Nós não queremos abrir isso, porque esse dispositivo é uma trava importante para organizar o processo negocial. É injusto com quem fez acordo reabrir agora para quem não fez.

Valor: Eles terão que entrar na negociação do ano que vem, é isso?


Miriam: Exatamente. Nas negociações para 2014.

Valor: E eles serão os últimos a terem negociações salariais?


Miriam: Acreditamos que não haverá negociação para quem recebeu os 15,8% até 2015. Vamos eventualmente discutir condições de trabalho e outros assuntos. Mas do ponto de vista remuneratório, nós consideramos que fechamos até 2015, dando tranquilidade, inclusive, a quem assumir o governo em 2015.


Valor: O governo pagou 50% dos dias parados aos grevistas. Por que fez isso?


Miriam: Sim, pagamos. Em primeiro lugar, só para quem suspendeu a greve. Para quem não suspendeu, foi mantido o corte. Depois, cada ministério e seus servidores precisam apresentar um plano de reposição das horas paradas. O Ministério do Planejamento terá que validar esse plano, que precisará estar na internet, e a CGU irá verificar sua implementação.


Valor: O governo é criticado por ter demorado a negociar com os grevistas...


Miriam: Do nosso ponto de vista, não houve atraso. Nós tivemos que parar um pouco para fazer contas. Nós iniciamos este ano com uma perspectiva melhor a respeito da economia internacional. Quando chegou em maio e junho, a situação se complicou, pois era difícil saber o que iria acontecer com a Europa. Exatamente no momento de iniciar as negociações, tivemos que segurar um pouco para ver o que iria acontecer. Pois um contexto ou outro é muito diferente para uma definição sobre a folha de salários, que é um montante muito grande de recursos.


Valor: A proposta do Poder Judiciário para o reajuste dos servidores é diferente dos 15,8%. Como vai ficar isso?

Miriam: Os entendimentos entre o Executivo e os demais Poderes transcorreram em clima de grande harmonia e respeito, especialmente conduzidos para fugir do impasse. Nós acertamos com a Câmara, o Senado e o Tribunal de Contas da União (TCU) a proposta de 15,8% em três anos e eles refizeram os projetos de lei que tinham apresentado antes. Se o Legislativo aceitou as mesmas condições do Executivo, não tenho como mandar diferente para o Judiciário. No Orçamento, mandamos recursos para a primeira parcela de 5% para todos os Poderes. O Judiciário nos disse que entendia a situação, mas se reservava o direito de ampliar um pouco, no Congresso Nacional, esse limite.

Valor: Durante a greve dos servidores, ocorreram alguns abusos que recolocaram a necessidade de regulamentar o direito de greve. O governo vai tomar a iniciativa e mandar um projeto ao Congresso?

Miriam: Não decidimos ainda se vamos fazer um projeto de lei novo, ou se vamos aproveitar algum que esteja tramitando no Congresso. Estamos primeiro delineando o que achamos que a lei deveria determinar. Há um desequilíbrio entre o direito de fazer greve e os direitos da sociedade. As pessoas estão chamando de lei de greve, mas, para nós, é mais uma lei de relações de trabalho no setor público. Uma lei que estabeleça claramente o que pode e o que não pode. É mais uma lei regulatória, do que punitiva. Portanto, uma lei que seja democrática e garantidora de direitos, das duas partes: dos trabalhadores e da sociedade. Não se trata de subtrair direito, mas de regular direito. Do nosso ponto de vista, é preciso regular algumas questões.


Valor: Por exemplo?


Miriam: A negociação coletiva, prevista na resolução 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário. Essa resolução trata fundamentalmente do direito de organização e de negociação coletiva. Outra questão a regular é a greve. Primeiro se negocia e depois se entra em greve. É importante que se apresente uma pauta de negociação, e que se estabeleçam procedimentos de funcionamento da negociação. Ao decidir a greve, é necessário fazer um comunicado formal, um aviso, e dizer como será mantida a prestação de serviços à população. E, se tiver abusos, quais serão as sanções, inclusive com mecanismos de responsabilização das entidades sindicais. Hoje, isso tem sido garantido através do Judiciário. Nós acreditamos que o ideal é que isso esteja na lei.


Valor: O que significa manter a prestação de serviços à população?


Miriam: É garantir um efetivo mínimo de servidores para prestar serviços, de forma diferenciada, de acordo com a natureza do serviço. Hospital pode fazer greve? A sociedade precisa discutir quais as áreas que não podem fazer paralisação, ou como se garantem os serviços nessas situações. Acho que há um consenso de que isso deve ter uma regulação, e que ela deve ser diferenciada dada a natureza do trabalho.


Valor: Que outras questões devem ser reguladas pela lei de greve?


Miriam: É preciso definir quais são as condições para fazer um piquete. É possível ter um espaço para o convencimento, mas isso não pode ser feito de maneira coercitiva. Outra coisa foram os excessos cometidos na chamada "operação padrão", que deram, recentemente, prejuízos aos cidadãos. Como regular esse mecanismo? A lei precisa definir também o que o governo pode fazer no caso de descumprimento do mínimo de serviços à população. Ele precisa ser autorizado a fazer contratações temporárias, fazer convênio com outro ente da federação ou outros mecanismos.


Valor: A presidente Dilma Rousseff determinou, por decreto, a realização de convênios.


Miriam: Foi. Mas há questionamentos que podem feito por decreto. Então, vamos colocar na lei para garantir essa condição.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Lições da greve dos servidores federais



Por Zé Maria

Congresso em Foco - 10/09/2012

“A greve impôs uma derrota política importante ao governo. Mostrou que é o descaso que caracteriza a atitude do governo para com a educação, a saúde, e os serviços públicos”

Estamos chegando ao final da maior greve no serviço público federal, pelo menos desde 2003. Foram mais de três meses de paralisação que, tendo como núcleo central os professores federais, estendeu-se para dezenas de outros segmentos, criando um ar de greve geral do funcionalismo. Registre-se a atitude aguerrida dos estudantes das universidades que também paralisaram suas atividades, apoiando os trabalhadores e apresentando suas próprias reivindicações.

No momento em que escrevo este artigo, a maioria dos setores já voltou ao trabalho e os comandos de greve dos professores das universidades e institutos federais discutem com a categoria o retorno ao trabalho ou a continuidade da greve no setor.

As concessões feitas pelo governo ficaram muito aquém do que era a reivindicação dos grevistas. Os mais de 10 bilhões de reais ao ano, conquistados no orçamento dos próximos três anos para melhorar o salário dos servidores são uma conquista, sem dúvida. Mas é preciso registrar que, para muitos setores, o reajuste conquistado nem sequer repõe a perda inflacionária do período considerado – 2011 a 2015. No caso dos professores federais, a situação é ainda mais grave.

O governo quer promover um verdadeiro desmonte do plano de carreira dos docentes, impondo critérios que reforçam o conceito produtivista na educação, como se educar fosse uma mercadoria qualquer. Um verdadeiro crime contra a educação pública, que levou o setor a não assinar acordo com o governo e seguir a luta para impedir que este descalabro venha a se concretizar.

Assim, vemos que o movimento no seu conjunto, por muito forte que tenha sido – e o foi – não teve forças para impor ao governo o atendimento pleno de suas reivindicações. O que, sim, valoriza a conquista alcançada é o contexto em que ela se deu: a situação em que ocorreu a greve estava marcada pela ofensiva do governo no Congresso Nacional para aprovar um projeto de lei que congelaria o salário dos servidores por dez anos.

O resultado da greve, visto por esta ótica, expressa o profundo descompromisso do governo Dilma com o serviço público e com a valorização dos servidores. O argumento da falta de recursos não resiste a cinco minutos de leitura de qualquer órgão da grande imprensa. Encontram-se ali profusões de notícias sobre o repasse de recursos públicos para grandes grupos industriais, que já ultrapassou em muito a marca dos 100 bilhões de reais (redução do IPI, desoneração da folha de salários, financiamento com juros de “pai para filho” do BNDES, etc). Só para os bancos e grandes especuladores está previsto, no orçamento deste ano, o repasse de cerca de um trilhão de reais como pagamento da dívida pública.

E nada disso se destina a garantir o emprego dos trabalhadores do setor privado, como reza a cantilena oficial. Fosse o caso de garantir o emprego neste setor – que, aliás, segue demitindo e muito –, o que deveria ser feito é a adoção pelo governo de uma medida legal que impedisse as demissões, por um período determinado que seja. O governo dispõe de condições políticas e de instrumentos jurídicos para fazê-lo. Falta vontade política. Como faltou vontade política também para dialogar com os servidores, para ouvir as reivindicações da categoria. Sobrou arrogância e truculência com determinação de desconto dos dias parados, medidas autorizando a substituição de grevistas, etc.

Mas seria um equivoco muito grande se a análise desta greve e suas consequências ficassem nesta primeira leitura superficial da questão.

A greve impôs uma derrota política importante ao governo. Afrontou a propaganda oficial – que reza que a prioridade do governo é o povo – e conseguiu estabelecer um diálogo com amplos setores da população. Mostrou que, na verdade, é o descaso que caracteriza a atitude deste governo para com a educação, a saúde, e os serviços públicos que são tão necessários ao povo brasileiro.

Que sua rapidez e determinação expressas no socorro às empresas e na garantia do lucro dos bancos é tudo que falta quando o caso é de dialogar com os trabalhadores e atender suas reivindicações. Esse feito político gerou um desgaste grande no governo – vide pesquisas de opinião sobre o governo Dilma publicadas semana passada – e foi o que o obrigou a negociar com os grevistas e atender, ainda que muito parcialmente, suas reivindicações. É certo que o que foi concedido não era o que os servidores queriam. Mas tampouco era o que o governo queria dar.

Assim, a greve dos servidores obteve uma vitória política importante. Contribuiu para desgastar, desmistificar a propaganda oficial com que o governo busca sistematicamente enganar o povo brasileiro. Enfraquece o governo para os próximos embates.

Mas, para dentro do movimento é que vamos encontrar conseqüências ainda mais importantes. Qualquer trabalhador com mediana experiência de vida sabe que o recurso à greve é importante para pressionar seu empregador a atender suas reivindicações. Esta convicção vinha se enfraquecendo em setores da categoria. Foram muitas derrotas sofridas frente aos governos do PT nos últimos anos.

Em muitos momentos, nem negociação houve. Esta greve muda radicalmente este cenário. O governo começou, em maio, dizendo que não haveria negociação nem concessão a nenhum setor, que cortaria o ponto dos grevistas. Depois, foi obrigado a anunciar que daria aumento aos professores federais e aos militares. Terminou como vimos. Grande parte do segredo desse resultado – além da forte disposição de luta dos servidores – foi a unidade construída entre as várias organizações que possibilitou a unificação da greve no tempo, em que pese as diferentes pautas de cada setor.

Esta conclusão é muito importante. Primeiro, porque vai ser referência e vai animar a construção das lutas futuras do funcionalismo federal. Em segundo lugar, porque mostra o enfraquecimento, entre as organizações dos servidores federais, da influência da central sindical que, antes, era quase que completamente hegemônica no setor – a CUT. Esta central, durante todos estes anos, desde a posse de Lula em 2003, foi e segue sendo um instrumento do governo para desarticular e fragmentar a luta do funcionalismo, tornando-o presa fácil das políticas do governo do PT. Não há como olhar para esta greve sem ver que isto está mudando.

Tudo isso deve alentar a continuidade do esforço para a construção da unidade para a luta, que tem contado inclusive com entidades cutistas, pois mostra que é possível vencer obstáculos que antes pareciam intransponíveis. E deve levar ao fortalecimento da perspectiva de construção de uma alternativa de organização de todos os trabalhadores brasileiros, que preserve sua independência frente aos governos e aos patrões.

E há ainda um terceiro fator a reforçar a importância das lições da greve do funcionalismo. O exemplo dado necessariamente se incorpora ao imaginário dos demais trabalhadores brasileiros. E muitos deles estão vindo aí. Está começando a campanha salarial dos metalúrgicos de alguns estados, como São Paulo e Minas Gerais, dos bancários em todo o país, dos petroleiros, dos trabalhadores dos Correios, a luta contra as demissões nas montadoras de veículos, as lutas dos movimentos populares por moradia, contra os despejos… O segundo semestre, para alem das eleições, promete.



Zé Maria : Presidente nacional do PSTU, é dirigente sindical metalúrgico e integra a Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Votação eletrônica, por que não?



Um ótimo primeiro passo para a mudança de todo o processo seria a revisão de nosso retrógrado sistema de votação, que exige a permanência dos servidores por horas em uma assembléia presencial antes de efetivamente decidirmos qualquer coisa.

Muito se falou sobre a (suposta) falta de representatividade de nossa decisão de rejeitarmos a proposta de reajuste. Sem querer entrar nesse mérito, creio ser indiscutível que o sistema de voto presencial sem hora marcada é excludente. Ele impede que expressem sua vontade servidores viajando a serviço, em férias, de licença por qualquer motivo, ou que simplesmente não podiam abandonar seu posto de trabalho para ficar esperando na assembléia o momento de votação. Essas pessoas simplesmente são impedidas de participar de processo que influi diretamente em sua remuneração!

Alegar qualquer dificuldade operacional para se implantar um sistema de votação eletrônica seguro e a prova de fraudes, em pleno século XXI, é, para dizer o mínimo, estranho. Leva-nos a refletir sobre quem poderia ser prejudicado por ele. Sempre vejo tal proposta ser rechaçada por alguns, mas confesso que nunca vi esse posicionamento ser embasado em argumentos sólidos, que realmente justifiquem a aversão ao voto eletrônico.

Enfim, temos muita coisa a mudar em todo o processo, como disse o Nildson, mas a questão do sistema de votação creio ser fundamental. Vale pelo menos a discussão e a campanha!

Saudações,

Alexandre santosal@pop.com.br

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Sinal de fragmentação



O Sinal nas regionais parece perdido. Aqui em SP já foram cinco reuniões só esta semana. Na assembléia que rejeitou a proposta do governo, estavam presentes um quarto do total de funcionários da praça; os demais, como eu, acham inútil ir às assembléias, pois vai a minoria barulhenta, que gosta de discursos inflamados, aplaude os cupinchas e vaia os que discordam.

Não contentes com sua suposta vitória (e nunca vi vitorioso voltar para casa de mãos abanando), ainda insistem em uma greve que a maioria de SP não quer fazer, e que o resto do Brasil aparentemente também não está disposto a fazer. Vide texto de um recente e-mail do Sinal/SP:

“RESULTADO DA ASSEMBLEIA REGIONAL DE 30/8/12, EM SÃO PAULO

A Assembleia Geral Regional Extraordinária desta quinta-feira, 30/8/12, em São Paulo, contou com a assinatura de 138 servidores na lista de presença.

Aparecido Francisco de Sales, presidente do Sinal-SP, na condução da assembleia, juntamente com o conselheiro Iso Sendacz diretor de Relações Intersidicais (Sinal Nacional), apresentaram um panorama geral a respeito da atual campanha, e das tratativas que vem sendo feitas pelo governo com algumas categorias, especialmente a dos auditores-fiscais das Receita Federal.

Sales trouxe a informação de que a decisão da Assembleia Regional de convocação de uma AGN na sexta-feira, dia 31/8, não foi apreciada na reunião telefônica do Conselho Nacional, realizada no final da tarde de ontem.

Após manifestações ao microfone a respeito de vários aspectos da campanha, a assembleia aprovou, por aclamação, a seguinte proposta de Nota de Repúdio:

“Os servidores do Banco Central de São Paulo repudiam a decisão do Conselho Nacional de não deliberar pela convocação de uma Assembleia Nacional para que a categoria possa se manifestar a respeito do indicativo de greve, no dia 31 de agosto, conforme proposta aprovada pela Assembleia Regional de São Paulo, de 29 de agosto, e exigem que essa Assembleia seja convocada, no máximo para amanhã de manhã. Se o Conselho entender que o indicativo de greve é inadequado, defenda isso na Assembleia, mas não cerceie o direito da categoria de se manifestar a respeito dessa questão nacionalmente.”

Que bando de malucos !!! Acho que vou pedir adicional de periculosidade, vai que é contagioso.....

Paulo Zordan    

Separação de negociação salarial entre Técnicos e Analistas é aprovada em Assembleia de Brasília do Sinal, Sindsep e Sintbacen  

Com muita tensão, a Assembleia Unificada do Sinal, Sindsep e Sintbacen de Brasília, realizada ontem, 04/09/2012, aprovou por ampla maioria dos presentes (cerca de 200 presentes) proposta de que de agora em diante as negociações salariais de Analistas e Técnicos sejam separadas. A assembleia, bem menor que as de votação da proposta do Governo, foi tensa, discutindo-se, entre outros itens, a realização de Assembleia só de técnicos antes da votação da proposta do Governo.  

A quem aproveita a separação por cargos no BCB? 

Não obstante muitos Analistas estejam insatisfeitos com o resultado da nossa última campanha salarial (eu inclusive), em que deixamos de conseguir o insuficiente (mas real) aumento de 15,8%, um grande equívoco está sendo cometido. Estão ensandecidos pelo fato do SintBacen ter realizado uma assembleia no dia anterior ao da AGN em que pouco mais de 1000 pessoas decidiram recusar a proposta contra pouco mais de 500 a favor.   Não enxergam (por miopia ou desconhecimento político) que qualquer das entidades tem absoluta legitimidade e independência para convocar seus representados como e quando melhor lhes aprouver, seja para informar, discutir, debater, deliberar, propor ou o que for.   Apesar de eu mesmo achar que o Dirigente Sindical da referida entidade, em que pese todo o meu respeito pelos seus anos e anos de luta e militância e boa vontade em prol da categoria, tenha cometido algumas atitudes de miopia política:

1) quando aceitou a desproporcionalidade dos 52% do salário dos Analistas fiado em uma promessa do deputado líder do governo de rever a tabela dos técnicos;

2) depois em convocar uma assembleia só de técnicos durante um movimento de campanha salarial em que tanto se cobrou e se bateu pela unificação das assembleias (e da lista de presença);

3) quando deixou de perceber que aceitar o aumento de 15,8% seria razoável frente ao pleito de 24% de reposição das perdas inflacionárias, principalmente porque não havia cláusula de barreira que proibisse nova negociação no ano que vem (corroborada ainda mais pela minha proposta de ressalvar a assinatura do acordo exatamente pelo fato de que estávamos aceitando a proposta porque o governo dizia que a atual conjuntura econômica mundial era desfavorável, logo, no ano seguinte, caso a conjuntura econômica mundial se mostrasse mais favorável, nos resguardávamos o direito de rediscutir o acordo ora assinado);

4) quando deixou de perceber que o aumento de 15,8% não era tão ruim, o que é ruim é o fato de que os técnicos não ganham mais os 52% dos analistas (culpa de sua própria ingenuidade, apesar de anos e anos como sindicalista, em se fiar na promessa de um político), e o que é preciso é tentar recompor tal proporcionalidade (inclusive já admitida como necessária, como de decisão política e como de impacto residual na folha)

 A maioria dos Analistas presentes parece estar achando que os 375 que votaram em Brasília pela rejeição da proposta, contra os 368 a favor eram somente Técnicos, quando era visível que não (e olha que eu participei ativamente da contagem e da observação).   O Banco Central do Brasil é formado por duas carreiras de servidores públicos: a carreira de Procuradores e a carreira de Especialistas.  A carreira de Especialistas é formada por dois cargos, Analistas e Técnicos.   Vejam bem: dois cargos distintos compondo uma mesma e única carreira.   Querer oficiar o MPOG para separar as mesas de negociação dos dois cargos (como se pretende por aprovação da AGN de Brasília) é exacerbar nossas diferenças em prol do fortalecimento do governo.   Trabalhar pela união é se predispor a tentar vencer nossas diferenças em prol do fortalecimento de todos e de cada um de nós! Usem um pouco as consciências e ponderem em seus travesseiros: A quem aproveita a separação por cargos no BCB?  

Amilcar Faria

Foi o próprio Sintbacen quem efetivou, de fato, a separação da negociação salarial entre Técnicos e Analistas.

Resposta ao Sintbacen

Antes mesmo dos comunicados dos sindicatos começam a surgir teses sociológicas tentando uniformizar as motivações da imensa maioria dos analistas presentes na última assembleia de Brasília.

Para quem ainda não sabe, surgiu ao longo da assembleia, em perfeita consonância com o item da pauta que se propunha a dispor sobre “rumos e estratégias” (item 2 - para o desespero de alguns), a proposta de se oficiar ao MPOG a solicitação de que, a partir de agora, as mesas de negociação tratando das pautas salariais de técnicos e analistas sejam separadas.

Não se propôs que o Sinal ou o Sindsep-DF sejam sindicatos só de técnicos ou só de analistas, mas que negociem em separado os itens de interesse desses dois cargos. Exatamente como é feito na Receita Federal do Brasil, onde também há uma só carreira e dois cargos, o de Auditor Fiscal e o de Analista Tributário.

Lei nº 10.593, de 2002

“Art. 5º Fica criada a Carreira de Auditoria da Receita Federal do Brasil, composta pelos cargos de nível superior de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e de Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007)”

Voltemos então às teses sociológicas que começam a surgir para explicar a soberana, democrática, legítima e tardia decisão:

· analistas ensandecidos;
· analistas míopes;

· analistas que culpam a minoria oprimida por sua própria decisão.

Como não sou sociólogo, e tampouco tenho a pretensão de resumir em uma mensagem às redes internas toda a sorte de motivações por trás da decisão legítima, soberana e democrática da imensa maioria dos analistas presentes à última assembleia de Brasília, explicarei as minhas razões para aceitar a tardia proposta de mesas de negociação separadas.

Ato 1 – O Sintbacen, na figura do seu Presidente vitalício, em um ato “magnânimo”, defende, em fórum das Carreiras Típicas de Estado, que a Unacon e não o Sinal fale em nome das carreiras que compõem o grupo financeiro e de gestão. O resultado todos nós conhecemos pela repercussão que ganhou: agressões físicas e agressões verbais trocadas pelo Presidente vitalício do Sintbacen e pelo Presidente do Sinal-DF. A briga deixou em segundo plano o fato mais grave, Maranhão, o “Magnânimo”, votou contra o interesse dos servidores do Banco Central. As razões dele não me interessam.

Ato 2 – Mesmo defendendo com tanta força a realização de assembleias conjuntas, o Sintbacen, mais uma vez na figura do seu Presidente vitalício, convoca assembleia exclusiva dos técnicos para fechar questão quanto a rechaçar a proposta do governo. Sim, cientistas sociais de plantão. Absolutamente legítima tanto a assembleia quanto a decisão. Agora pergunto, se os técnicos têm a sua agenda própria, não deveriam estar negociando em separado?

Ato 3 – Maranhão brada na assembleia que o Sintbacen é o único sindicato que defende os interesses dos técnicos, afirmando com todas as letras que trabalhará para rechaçar qualquer proposta que não contemple a modernização do cargo de técnico (nível superior).

Ato 4 – Maranhão, o magnânimo, segundo relatos de quem participou das reuniões, trabalha nos bastidores para inviabilizar a alternativa não financeira que poderia determinar a realização de nova assembleia nacional. Mais uma vez Maranhão, o Democrático, não desmente sua atuação nociva aos interesses dos analistas. Afirmou estar apenas defendendo a escolha democrática dos servidores. Afinal, o sindicato negociar a saída de um impasse é um atentado à democracia.

Temos outros exemplos por aí. Servidores mais antigos lembram a atuação do Presidente vitalício junto a parlamentares, que culminou na perda de reposição salarial praticamente depositada na conta dos servidores.

Diante disso, para que qualquer tese sociológica tentando resumir a decisão legítima, soberana, democrática e tardia dos servidores de Brasília em problemas oftalmológicos, tal qual a miopia, contemple nota de rodapé excluindo esse que vos escreve, explico as razões que motivaram minha decisão.

1º União prevê alguma convergência de interesses. Hoje, os interesses de técnicos e analistas são completamente antagônicos. Analistas votam pela reposição salarial e técnicos votam pelo nível superior. Pergunto: surgindo uma proposta que contemple apenas o pleito dos analistas, devemos massacrar, pela força da maioria, nossos abnegados colegas de trabalho?

2º Considerando a atuação sistematicamente danosa aos interesses dos analistas do Presidente vitalício do Sintbacen, ao tempo em que se reconhece como legítima sua presença em qualquer mesa de negociação que trate dos interesses dos técnicos, existe outra forma, que não a separação de mesas, de excluir o Presidente vitalício dos assuntos de interesse dos analistas?

3º Ao declarar de antemão que trabalhará contra qualquer proposta que não contemple o nível superior, não fica claro que a suposta União, pelo menos no que diz respeito ao Sintbacen, é uma via de mão única. Ou seja, nós, analistas, devemos, em ato de grandeza e desprendimento, trabalhar pela conquista dos interesses dos técnicos (que tampouco encontram unanimidade entre nós), enquanto ele, o Vitalício, trabalha para sabotar tudo que não atenda a esses mesmos interesses.

4º Em qualquer mesa de negociação conjunta temos 3 sindicatos, sendo que dois defendem ambos os cargos e um defende apenas os técnicos. Apesar da minha suposta miopia vejo um indesejável desequilíbrio de representação, com três sindicatos falando em favor dos técnicos e apenas dois falando em favor dos analistas.

Resumindo a minha decisão: Maranhão não pode mais participar, influenciar ou decidir qualquer assunto de interesse dos analistas. Que trate de sua agenda pessoal em sua própria mesa de negociação, onde não poderá mais colocar a culpa dos seus fracassos pessoais na tal ditadura da maioria. União? Talvez quando os valorosos colegas técnicos avaliarem a qualidade da sua liderança sindical.

Felipe de Olivio Derzi Pinheiro
Via Erdanet.

Sintbacen acusa Sindsep de ”Pilatos” e dirigente do Sinal de prestar serviços à Ditadura Militar.

Avaliação da Assembleia Geral
Ontem em Brasília

Na assembleia de ontem em Brasília, lamentavelmente escolheram o SinTBacen como “bode expiatório” da rejeição da proposta do governo como se os técnicos tivessem a capacidade de, sozinhos, derrotar a proposta em todo o país.

Foi um verdadeiro massacre com ataques de diretor do Sinal/DF que, de forma irresponsável mais uma vez, utilizou argumentos mentirosos para manipular a opinião das pessoas, quando disse que o presidente do SinTBacen à época das negociações de 2007 havia traído sua categoria aceitando o rebaixamento da relação salarial de 52% para os atuais 38%, sob promessa de um determinado deputado de que as coisas estariam resolvidas rapidamente.

O acusador, entretanto, omitiu o fato de que o Sinal que ele diz representar os Técnicos se empenhou exaustivamente para que os representantes do SinTBacen não se retirassem da Mesa de Negociações naquele momento, sob o risco de “melar” as negociações, e juntamente com o Sindsep/DF assinaram o mesmo acordo.

O diretor do Sinal/DF que acusou o presidente do SinTBacen na assembleia de ontem e em várias outras oportunidades, é figura conhecida nos bastidores do BC pelos serviços prestados ao longo dos anos da ditadura militar atuando como simpatizante do regime e serviçal das ordens do sindichefe combatendo a organização dos servidores – tanto na antiga AFBC como no Sindicato dos Bancários. Apenas agora, no apagar das luzes de sua vida profissional resolveu filiar-se ao Sinal e atuar como dirigente. Daí se pode concluir quem é o profissional da manipulação.

Fica evidente a falta de empenho do Sinal/DF em trabalhar em harmonia com as demais entidades representativas, investindo na divisão do funcionalismo como forma de defesa da sua própria incompetência política, jogando uns contra os outros numa postura que facilitará em muito, a ação do governo contra os servidores em campanhas futuras.


O Sindsep/DF deu uma de Pilatos – ou seja: lavou as mãos e ficou assistindo o massacre de camarote sem nada falar. Lamentável postura.

Agradecemos as manifestações dos poucos colegas que ousaram falar pela unidade e em defesa de que a responsabilidade da derrota da proposta do governo não era e não foi do SinTBacen, mas principalmente da grande maioria silenciosa que se omite de participar das assembleias.

Outro fato lamentável foi a aprovação da divisão entre técnicos e analistas proposta por um grupo de colegas, com visível apoio da direção do Sinal/DF que insuflava a separação. Esse fato, se levado a cabo pela direção nacional do Sinal, poderá trazer sérias consequências para a luta de todos no futuro, mas esperamos que impere o bom senso e a responsabilidade na condução política do movimento.

Tocaremos a vida em frente sem rancores e sem mágoas, como diz o poeta: “amanhã será um novo dia” e como diz o provérbio chinês: “fracassar não é cair; é recusar-se a levantar”.

SIGAMOS EM FRENTE! JUNTOS E MISTURADOS!

Nossa força é a nossa união!
A Diretoria.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Pérolas e fatos


Sobre duas "pérolas" que circularam:


"Neguim põe a faca no teu pescoço e querem que aceitemos??"

- Se alguém coloca a faca no meu pescoço, mesmo não concordando e "ficando puto", eu não reajo, entrego a carteira e o celular, depois faço BO na delegacia, mas sigo vivo para desfrutar da vida e cuidar da minha família.

- Se alguém me aponta uma arma de fogo, mesmo não concordando e "ficando puto", eu não reajo, entrego a carteira e o celular, depois faço BO na delegacia, mas sigo vivo para desfrutar da vida e cuidar da minha família.

"Não aceitar para mantermos nossa honra".

- Em nenhum momento se esteve negociando a honra. Apenas se negociou remuneração.

Se alguém estava negociando "honra", estava negociando só a dele. A honra é inegociável. E em nenhum momento esteve em negociação.

Perdemos dinheiro.

Recusou-se um aumento de fato por outro ideal ano que vem.

- Optou-se por "2 pássaros voando ao invés de 1 na mão" e, na discussão, não se percebeu que não havia 2 pássaros voando, apenas 1 e sua sombra na nuvem...

A partir de agora torço para eu estar totalmente errado em meus prognósticos (que em 2013 para valer em 2014 o Governo NÃO nos dará NADA ACIMA do que foi dado este ano aos que fecharam acordo - até para não recompensar os "rebeldes" frente ao servidores públicos, incentivando "rebeldias" generalizadas).


Espero muito que o "prognóstico" dos que acreditam que se arrancará mais do Governo em 2014 esteja totalmente certo.

PS.: A AGU, na carta de aceitação, deixou claro que a aceitação agora não significava a "não mobilização" por melhoras em 2013, 2014.

Diagnóstico falho


"Diagnóstico" errado + Omissão da maioria + Sintbacen agindo com todas as forças para recusar a proposta = Proposta recusada - a "maioria silenciosa" que sempre ganhava às custas dos que se mobilizavam, pela primeira vez, perdeu!


Em mobilizações anteriores convocava-se assembleia em cima de assembleia para mudar o resultado da votação da assembleia anterior.

Mas agora, ACABOU. O Governo não aceita mais negociar e já publicou no DOU os reajustes das categorias que aceitaram.

Uma lição (certamente não a única):

A recusa em Assembleia do acordo foi resultado de um "diagnóstico"(???) de que se conseguirá mais em 2013 para valer em 2014 dominante entre os participantes nas assembleia.

Diagnósticos, muitas vezes, são equivocados.

Mas esse foi o "diagnóstico"(???) que prevaleceu entre os que participaram.

Se esse "diagnóstico"(???) não representava o pensamento da maioria do BCB e mesmo assim foi aprovado, a "culpa" é, essencialmente, da OMISSÃO da maioria (principalmente analistas).

Essa maioria silenciosa sempre "ganhou às custas dos que se mobilizavam".

Agora, pela primeira vez, perdeu.

Em paralelo à omissão da maioria - menos importante, mas também importante - está a ação LEGÍTIMA do Sintbacen na defesa do interesse dos técnicos que lutou bravamente para rejeitar a proposta como forma de impedir qualquer ganho geral que enfraquecesse sua agenda específica: nível superior e subir de 30% para 70% a relação do salário com os dos analistas. Estão de parabéns por saberem identificar suas prioridades e lutarem aguerridamente por seus objetivos.

Estrela

Nota de Esclarecimento do presidente do Sinal

Senhores Editores,
Peço a gentileza de publicarem esta nota.
Att, José Ricardo

Prezado(a) servidor(a) e filiado(a),

Foram quatro meses de campanha intensa. De maio, quando realizamos três assembleias até esta última semana de agosto. Esse período foi marcado pela aproximação e trabalho conjunto das entidades representativas das carreiras de Estado, que resultou na União das Carreiras de Estado (UCE), por mobilizações conjuntas e isoladas e por movimentos de paralisações e greve, nos quais uma parcela substantiva dos servidores do BCB participou.

De um cenário onde as carreiras de Estado não alcançariam nenhum reajuste, essa união e a mobilização dos servidores do BCB levou à conquista da proposta de 15,8% nos próximos três anos. Proposta considerada insuficiente, por algumas carreiras, entre elas nós servidores do Banco Central, dado as perdas reais dos anos anteriores e as possíveis perdas nos primeiros anos do governo que tomará posse em 2015.

São importantes alguns esclarecimentos, dado o desencontro de informações dos últimos dias. É inequívoco para nós o desejo da ampla maioria pela rejeição da proposta, expressa em assembleia no dia 28 de agosto em todo o Brasil. É também inquestionável a grande participação dos servidores em Brasília e no Brasil, alcançando aproximadamente 40% e 35%, respectivamente, entre os servidores da ativa.

Após nossa assembleia estivemos reunidos no dia 28 à noite com as carreiras do Ciclo de Gestão e no dia 29 pela manha com a União das Carreiras de Estado, na sede do Sindifisco. Em ambos os encontros discutiu-se as dificuldades que os servidores enfrentarão em 2013 e a movimentação da Receita e da AGU para tentar negociar uma conquista adicional, ainda que não financeira, para poder reexaminar e colocar a proposta em votação de novo.  Diante deste quadro, e da possibilidade de o Banco Central, CVM e Susep serem os únicos órgãos participantes da UCE a não assinarem o acordo, decidimos conjuntamente trabalhar para conseguir uma conquista adicional para dar aos servidores do BCB a chance de reexaminar a questão, como estavam fazendo a AGU e a Receita. Nesse caso, a CVM e a Susep seguiriam em conjunto com o BCB.

Procuramos a direção do Banco Central para discutir uma conquista adicional. Várias possibilidades foram aventadas, mas chegamos a um acordo que encaminharia para discussão um realinhamento nas tabelas salariais entre cargos e carreiras do BC, que significaria estudar a aproximação do salário dos analistas aos dos procuradores e dos técnicos aos analistas, sem meta, nem definição de prazo para implementação. A direção também acenou com uma política de flexibilização de horário, que deverá ser implementada em seguida. Em face disso aguardamos até a madrugada do dia 29 um convite para conversarmos com o MPOG. É provável que a oposição de sindicatos dentro do BCB tenha contribuido para que este convite não ocorresse. Na manhã do dia 30 fizemos plantão na Secretaria de Relações do Trabalho do MPOG até sermos atendidos pelo Sérgio Mendonça e posteriormente pelo secretário executivo adjunto Valter Correia.

O MPOG se mostrou irredutível quanto o encaminhamento das discussões do realinhamento, a não ser que fosse feito, como na AGU, onde houve criação de um GT. Conseguido o aval da direção do BCB para a criação do GT, era preciso superar o prazo dado pelo governo de encerrar as negociações às 10 horas daquele dia. Diante da nossa intenção de oferecer ao servidor do BCB uma nova oportunidade de apreciar a questão, juntamente com o compromisso de criação de um GT para discutir o realinhamento interno, o MPOG nos prometeu buscar uma ampliação do horário. Trouxemos a questão para ser avaliado pelo Conselho Nacional do Sinal.

O fracasso das negociações com a Receita no dia 29, que acabou reencaminhando o indicativo para uma segunda rejeição à proposta do governo, aliado às divergências internas do BCB, expostas em informativo pela em direção do SinTBacen, reforçou a intransigência do Governo que preferiu encerrar o prazo na manhã do dia 30, apesar de nossa insistência para  permitir ao servidor do BCB reavaliar a questão.

Não aceitamos a acusação de golpe contra a democracia feita em informativo do SintBacen. A democracia ouve a voz da maioria mais de uma vez, se for necessário. O desejo de reexaminar a questão nos foi trazido por incontável número de servidores, inclusive em abaixo-assinados, muitos preocupados com a possibilidade de os auditores da Receita e os advogados e procuradores da AGU reverem suas posições.  Cientes da obrigação de ouvir nossos filiados e os servidores de Brasília e da possibilidade de estarmos sós na campanha salarial de 2013, buscamos uma melhora na proposta, que justificasse ouvir mais uma vez a voz dos servidores do Banco Central. Não ouvi ninguém acusar a Receita de golpe contra a democracia por ter chamado para votação a proposta do governo no dia 30, apesar de esta ter sido rejeitada por 99% dos auditores na semana anterior. Também não vi os advogados e procuradores serem chamados de antidemocráticos, mesmo tendo rejeitado a proposta no dia 28 e colocado para uma segunda votação no dia 29 (quando aceitou).

Não precisamos ir tão longe para saber que reavaliar uma questão em votação não é um golpe contra a democracia. Havia uma decisão de assembleia que não permitia assembleias conjuntas do Sinal-SinTBacen-Sindsep-DF. Apesar disto o SinTBacen, e posteriormente o Sindsep-DF, colocaram para uma segunda votação a matéria e a assembleia aprovou e eles passaram a compor a assembleia geral do Sinal.

A atual gestão acredita ter trabalhado para mobilizar os servidores e ter feito as negociações de forma adequada e transparente. Opiniões divergentes de filiados devem sugerir ações propositivas. A esse propósito, a eleição em abril de 2013 ensejará a oportunidade de renovar e formar um grupo mais afinado com sua estratégia para a campanha salarial no próximo ano. Aos não filiados peço que se filiem. Todos admiram a capacidade de atuação dos auditores da Receita, mas não percebem que o espírito de ação coletiva na Receita é muito maior que dos servidores do Banco Central, o que se reflete no grau de filiação sindical: 98% dos servidores da ativa da Receita são filiados ao Sindifisco e apenas 25% dos servidores da ativa do Banco em Brasília são filiados ao Sinal.

A luta pela defesa do servidor do BCB e da instituição que compomos continua agora, em 2013 e nos anos subsequentes. No entanto, para alcançarmos resultados melhores vamos precisar de um grau de participação e de mobilização maior. Não vai adiantar estar do lado dos auditores da Receita para conseguirmos um reajuste em 2013. O que alcançarmos, dependerá de nós, servidores do Banco Central.

José Ricardo da Costa e Silva

Presidente Sinal-DF