terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Servidores aderem a acordo salarial e reabrem Orçamento no Congresso



Valor 18/12

No mesmo dia em que o relator-geral do Orçamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), divulgou o seu parecer final, o Ministério do Planejamento assinou ontem acordos salariais com os auditores fiscais e analistas tributários da Receita Federal, com os auditores do Trabalho, com os analistas e técnicos do Banco Central e com os analistas de infraestrutura. Agora, essas categorias também terão direito ao reajuste de 15,8% em três anos, que foi concedido aos demais servidores do Executivo em agosto passado.

A primeira parcela de 5% de aumento será paga em 2013. Nos próximos dias, outras categorias de servidores também poderão assinar o mesmo acordo salarial e, com isso, o reajuste de 15,8% em três anos será estendido a todos os funcionários públicos federais. O Ministério do Planejamento informou que já fechou entendimento com os analistas e agentes executivos da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da Superintendência de Seguros Privados (Susep), com os servidores do INCRA e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Segundo o Planejamento, falta apenas assinar os acordos com essas categorias. Não estão concluídos acertos com os agentes, escrivãos e papiloscopistas da Polícia Federal, que fariam assembleia ontem à noite para decidir a questão, e com os servidores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e das agências reguladoras, que realizarão assembleias hoje e amanhã.

Em seu parecer sobre o Orçamento de 2013, Jucá não prevê aumento para as categorias que não aceitaram a proposta do governo em agosto. Assim, elas ficariam sem reajuste salarial no próximo ano. Com os acordos que estão sendo assinados, esses servidores também terão a primeira parcela de aumento de 5% em 2013, o que terá repercussão nas despesas orçamentárias. O próprio Anexo V do Orçamento, onde são discriminadas as despesas com pessoal, terá que ser refeito.

Além de alterar a proposta orçamentária, o governo precisa solicitar mudança também no projeto de lei que já foi aprovado na Câmara e que está sendo discutido no Senado, para permitir a concessão do reajuste de 15,8% em três vezes a essas novas categorias.

Com o acordo assinado ontem, os auditores da Receita Federal decidiram suspender as operações Padrão e do Crédito Zero, que estavam realizando desde 18 de junho deste ano. O presidente do Sindifisco Nacional, Pedro Delarue, disse, por meio de nota à imprensa, que um dos pontos tratados com o governo foi a criação de um grupo de trabalho que estudará a viabilidade da implementação de ganhos remuneratórios com base na produtividade da arrecadação tributária federal. Esta parcela, segundo ele, se somaria ao subsídio já recebido pela categoria.

O relator Romero Jucá rejeitou um aumento salarial superior a 5% no próximo ano aos servidores do Judiciário porque "não há espaço fiscal". "Avaliamos [o pedido do Judiciário], mas chegamos a uma posição que não haveria espaço fiscal para fazer reajuste maior do que está sendo feito", disse.

O senador disse que está mantendo a "equidade fiscal" ao conceder aos funcionários do Judiciário o mesmo índice de reajuste que está sendo oferecido a outras categorias de servidores do Executivo e do Legislativo.

Em seu parecer, Jucá estabeleceu em R$ 674,96 o valor do salário mínimo que irá valer a partir de primeiro de janeiro. Na proposta orçamentária enviada pelo governo, o valor era de R$ 670,95. A mudança decorre de uma estimativa mais elevada para a inflação deste ano, medida pelo INPC. Para fazer frente ao acréscimo de despesa decorrente do aumento do piso salarial, o relator destinou R$ 1,36 bilhão.

Jucá incluiu em seu parecer R$ 3,9 bilhões para compensar os Estados pela desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas exportações de produtos primários e semielaborados. As despesas da União no próximo ano foram elevadas em R$ 22 bilhões, em decorrência de uma reestimativa de receitas feita pelos parlamentares. As despesas com a área da saúde foram aumentadas em R$ 5,2 bilhões. O relatório de Jucá será votado agora pela Comissão Mista de Orçamento e, depois, pelo plenário do Congresso.

A única decisão possível - Fizemos o correto



Em resposta à nota "A única decisão possível - Fizemos o correto / Aumento salarial", de Bruno Peres de Aguiar, publicado na *Erdanet de 12/12/12.




Prezado Bruno,



Estou estendendo esta discussão já não mais com a mesma esperança de antes, de quando vi a categoria “cerrar fileiras” recusando a proposta do governo. Tenho total consciência de que “Inês é morta”, perdemos o trem (e esse trem não dá marcha à ré) e o que restou foi o vergonhoso acordo dos 5*5*5. Se você acompanha os noticiários das redes dos sindicatos de outras instituições (Sinait, Sindifisco e outras), dá pra perceber que lá a tal “negociação” só se deu por encerrada mediante compromisso do governo em constituir Grupo de Trabalho para estudo da tabela remuneratória daquelas categorias, em relação ao número de padrões/níveis e salário inicial. O que isso significa eu não sei ainda, só sei que não se comenta nada do tipo no âmbito do Banco Central, porque entre nós faltou vontade, faltou união, faltou solidariedade, faltou determinação de luta. Voltando à questão levantada sobre as palavras reajuste e aumento, um mero caso de sinonímia, palavras semanticamente similares, no contexto das pólíticas salariais a coisa muda um pouco de figura. Mais uma vez, parafraseando o Ministro Marco Aurélio Mello, “… correção monetária não é ganho, lucro ou vantagem. É mero reajuste ou atualização salarial, componente essencial do contrato do servidor com a administração pública. É a forma de resguardar os vencimentos dos efeitos perversos da inflação… “ (Marco Aurélio Mello).

Aumento salarial, ganho salarial real é outra coisa. Estou surpreso por você, com o tempo que tem de Banco Central, não saber disso e ter que recorrer ao Michaelis. Mas, vamos lá. Não se engane, você tem ainda um longo caminho pela frente e “eu sou você amanhã”. A luta que hoje travo é para deixar o caminho pavimentado para você. Durante todo o governo de FHC, tivemos que engolir a seco a nossa indignação, empurrá-la com a barriga até não mais poder. Em 2007, após longo e desgastante movimento paredista, exauridos, sozinhos, já estávamos tendo que nos contentar com uma irrisória proposta de 10%, quando, quase que ao mesmo tempo, outras categorias do grupo “carreiras típicas de estado” obtiveram acordos bem mais significativos, que serviram de motivo para brigarmos por algo nos mesmos moldes. Assim, no início de 2008, num acordo com efeitos financeiros diluídos em três parcelas anualizadas (2008,09 e 10), tivemos os nossos salários transformados em subsídios e uma reestruturação total do nosso PCS que beneficiou a todos, principalmente os que ingressaram pelos últimos concursos, ocupantes das “primeiras letras da tabela salarial – que chegaram a ter perto de 100% de ganho. Tudo bem, todos satisfeitos porque houve um “aparente ganho” para todos. Compreendido? Pois bem, nem mesmo isso pode ser considerado “aumento” do ponto de vista de “política salarial”, a não ser que você olhe só para o seu contracheque. Os sindicatos têm que abraçar a causa salarial voltado para o interesse coletivo. Se, nas próximas campanhas salariais – e todo ano tem que acontecer uma - isso é um preceito constitucional, cada empregado defender a sua causa individualmente, olhando só para o próprio umbigo, não há como o sindicato da categoria abraçar com sucesso uma luta que interesse a todos. Quando uma instituição promove uma revisão ou “reestruturação do seu plano de cargos e salários”, lógico é se pensar que, a partir daí a nova escala salarial passa a ser o “marco zero” e tudo deverá andar em perfeita sintonia com a variação da inflação; é assim que tem que funcionar, é assim que, do ponto de vista do trabalhador, essas questões têm que ser levadas, no seu máximo rigor, até para protegê-lo da sanha governamental.

Se, a partir daí, todos os salários são mantidos com a mesma relação, com revisão anual pelos índices oficiais de correção salarial, estará sendo cumprido um preceito constitucional. Este seria o melhor dos mundos, mas não é isso que acontece conosco. O governo tem especialistas altamente qualificados para tratar desses assunto e, não se engane, eles detectaram que, no âmbito do Banco Central, havia um numeroso contingente que teria sido beneficiado com “ganhos nos últimos oito anos, de até 300% acima da inflação que foi de 62% do período” – um discurso mentiroso proferido no final de 2011, baseando-se numa comparação distorcida do antigo “vencimento básico” e os “penduricalhos” que existiam, frente ao “subsídio” que passou a englobar tudo numa verba só. Pouco antes desta fracassada “campanha salarial” escrevi uma nota veiculada no Rionet. Nela eu dizia que dificilmente obteríamos o adequado engajamento daqueles que foram mais beneficiados em 2008 e dos novos, que entraram em 2010. Para minha surpresa, houve total rejeição à proposta apresentada dos 5*5*5. Depois, a meu ver, se estabeleceu um paradoxo, pois foi exatamente quem mais foi beneficiado, quem mais “tinha gordura para queimar”, que “jogou a toalha, pedindo arrego”. Estudos feitos pelo Sinal, mostram na forma de gráficos, que a nossa evolução salarial nunca foi maior que a inflação do período correspondente, provando inclusive o quanto o governo nos usurpou, em diversas oportunidades em que não nos deu o que era justo. Analise o gráfico abaixo (elaborado antes do “tal acordo dos 5*5*5”), no auge da atual “campanha salarial”; ele retrata claramente a perda do poder de compra do salário no Banco Central desde o governo de Itamar Franco (1992), mostrando os efeitos da política salarial do governo na categoria como um todo. Essa é a noção que importa à luta da nossa categoria pela “recomposição salarial”.

Em 2008, o subsídio teto (final de carreira) dos Analistas ficou pactuado em R$ 18.478,45. Descontada a inflação esta remuneração já equivale a menos de R$ 15.000,00, quando deveria estar chegando a mais de R$ 22.200,00 para manter o poder de compra. Para os Técnicos o efeito da inflação sobre a remuneração de final de carreira provocou redução real de R$ 8.449,13 para cerca de R$ 7.000,00, quando deveria ser de R$ 10.150,00. Os procuradores da classe especial que recebem R$ 19.451,00, já depreciados a menos de R$ 16.000,00, deveriam estar recebendo mais de R$ 23.500,00. E por aí vai, seguimos com a tese de que 5% em janeiro de 2013 é esmola, não repõe nada. Não esqueça que temos uma luta em andamento, na forma de PEC, de nivelar o nosso teto salarial a 90,25% do subsídio de ministros do STF e estamos agora bastante enfraquecidos para este intento. O servidor do Banco Central do Brasil vem mostrando ao mundo, há anos, como conduzir com seriedade e segurança um sistema bancário, mesmo sendo um dos Bancos Centrais mais enxutos do mundo. Indignemo-nos. Queremos tratamento justo.



Orlando Amado de Freitas Filho – servidor aposentado/Ba

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Reajuste não é a mesma coisa que aumento



Sobre a nota divulgada "A única decisão possível - Fizemos o correto / "Aumento salarial", de Bruno Peres de Aguiar veiculada nas redes internas

Reajuste não é a mesma coisa que aumento.

Nem toda vez que nossas tabelas salariais mudam, “com aumento dos números”, isso significa “aumento salarial”. A manutenção anual do poder de compra é mero reajuste e não aumento. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. “… correção monetária não é ganho, lucro ou vantagem. É mero reajuste ou atualização salarial, componente essencial do contrato do servidor com a administração pública. É a forma de resguardar os vencimentos dos efeitos perversos da inflação… “ (Marco Aurélio Mello).

O útimo reajuste que tivemos foi obtido mediante acordo em 2008 com seus efeitos parcelados em 2008, 2009 e 2010. A curva salarial da época é que foi afetada de forma desigual; a parte de baixo teve ganho significativo, o que caracterizou para os seus ocupantes, “um aumento acima da inflação”, diferentemente da parte de cima que nada ou quase nada teve. Tudo bem, mas a partir daí, toda a curva deveria andar, no mínimo, com reajustes anuais, “par e passo” com a inflação; é o que diz a Constituição e não é o que está acontecendo.

O “governo companheiro” diz que tivemos reajuste acima da inflação, o que não é verdade, e os que estavam na base da tabela, beneficiados que foram com a “gordurinha extra” engolem isso. Pela mesma calculadora do cidadão, as perdas acumuladas de julho de 2008 a dezembro de 2012, são de quase 27%. Em qualquer lugar do mundo, se após um período de inflação de 27%, alguém tem um ajuste de 15% (e ainda, parcelado em três anos), está tendo diminuição salarial e não aumento.

O governo está tirando com uma mão o que deu com a outra, para poder beneficiar os “kits felicidade” de interessados nos “incentivos governamentais ao investimento”. É com pensamento como esse que jamais conseguiremos nos nivelar às carreiras ”topo do executivo”.



Orlando Amado de Freitas Filho - servidor aposentado

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Assegurado reajuste para a partir de janeiro de 2013


Sinal 10/12

Ao final do expediente de sexta-feira, dia 07, através de conversa telefônica com o presidente do SINAL, Sergio Belsito, o Secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sergio Mendonça, confirmou que recebera do Palácio do Planalto o sinal verde, confirmando a vontade política do governo, para a reabertura de prazo negocial para as categorias que assim o desejarem, ainda em 2012.


O Secretário deixou claro que não se trata de nova rodada de negociações e sim a recolocação da proposta (única) oferecida em mesa pelo governo, nas mesmas condições oferecidas anteriormente.

Segundo Mendonça, a SRT não fará , nesse momento, reuniões fisicas com as entidades representantes das categorias. Os contatos serão telefônicos com todas as orientações necessárias à adesão ou não da proposta. Informou, ainda, que na semana em curso estará em gozo de férias, por motivos pessoais e intransferíveis e que toda a orientação estará sendo passada para sua substituta com quem deveremos nos relacionar.

Segundo Sergio Mendonça, haverá necessidade, inicialmente, de se promover a alteração do prazo fixado na LDO de 31 de agosto, como término das negociações; alteração da LOA e, finalmente remessa de projeto de lei com a proposta de reajuste. Ele espera que esse projeto primeiro de alteração da LDO seja encaminhado para o congresso no início da próxima semana, dia 17 e que somente após sua aprovação, o governo poderá remeter novo projeto de lei com o reajustamento das demais categorias.

O secretário reconhece que o prazo é curtíssimo para se trabalhar no congresso nessa legislatura, já que teremos menos de duas semans de atividades parlamentares. Entretanto, informou que o governo já está negociando com suas lideranças para, ao menos ter a aprovação da LDO imediatamente.

Na conversa,após o SINAL comunicar a aprovação da categora, em assembleia realizada no dia 07, ficou combinado com o secretário que hoje, segunda-feira o SINAL mandará expediente à SRT comunicando, oficialmente, a aprovação da categoria pela aprovação da proposta e,reiterando o pedido contido no expediente datado de 10.10.2012 através do qual o SINAL solicita a reabertura, ao Ministério do Planejamento, do prazo negocial.

Ainda ao final do expediente de sexta-feira, a pedido da Dirad, o SINAL remeteu ao diretor de administração o resultado consolidado das assembleias em todo o Brasil.

Com vistas a garantir a redução do prazo para implementação do reajuste dos servidores, já assegurado para a partir de janeiro de 2013, O SINAL trabalhará no congresso em todas as frentes possíveis para esse fim, nessas duas últimas semanas de atividades parlamentar.

Sinal envia ofício ao Ministério do Planejamento, com cópia à Diretoria do Banco Central



Carta solicita mesmas condições das demais carreiras do ciclo de gestão para o reajuste proposto pelo governo em agosto.

De acordo com as orientações do secretário Sérgio Mendonça, o Sinal enviou hoje, 10, pela manhã, ofício à Secretaria de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento (SRT/MPOG), comunicando o resultado da Assembleia Geral Nacional (AGN) de sexta-feira, 7. Cópia da carta foi remetida à diretoria do Banco Central.

Como sabemos, a assembleia resultou na aprovação da proposta do governo, apresentada em agosto. O ofício solicita a inclusão de nossa categoria nas mesmas condições estabelecidas para as demais carreiras do ciclo de gestão, contidas nas tabelas anexas ao Projeto de Lei (PL) 4371/12.




sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Vencemos retumbantemente !!!



Parabéns a todos nós e especialmente à Rita e Cleide que lá no início resistiram na luta a algo que inexplicavelmente virou um combate inacreditavelmente quase “mortal”.

Está restaurado o desejo da categoria. Se o aumento virá ou não é outra história.

Agora é comemorar, por enquanto”, a “restauração” do que efetivamente a categoria deseja.

Acabou...

Wellington.


Amigos a amigas,


Parabéns a todos que lutaram para fazer prevalecer a vontade e os interesses da maioria.

Um particular abraço para Cleide, José Ricardo e Estrela.

Nossa luta continua!

Abs,

Edilson/Belém


Enfim resolvemos o impasse. Mais importante, encerramos uma fase que foi muito prejudicial para a união da categoria.

O que eu aprendi com isso foi que a que a assembléia física não é mais forma adequada para a categoria se manifestar.

Antes de qualquer outra proposta, que poderá ferir ainda mais a legitimidade das assembléias físicas, temos que lutar pela assembléia virtual.

Adriano Alves Camara Mendes



AGN PAULISTANA EXPRESSA
*Erdanet

10 em ponto! Todo mundo estava lá, ávidos para decidir logo, já que a paralisia nos domina há meses. A proposta não era das melhores, mas ainda assim permitia a entrada de uma pequena réstia de luz no túnel escuro em que embocou a malfadada campanha salarial, que não previu nenhum roteiro após o retumbante NÃO GOVERNAMENTAL.

Aí, uma inteligência sinistra, sentindo o clima de ansiedade-aflitiva-emergencial-geral, e, respaldado pelo apoio de um exército convocado justamente para fechar questão com ele, levou ao plenário a proposta invertida de “votar para depois discutir” e ... pasmem, colou! E o mais mirabolante: não havia mais o que discutir (é óbvio!)!

Taí! Matamos o assunto antes das onze, como queriam os demônios da garoa.

É certo que, a esta altura, diante da explicita e consensual fraqueza política de nosso movimento* que acata negativas, não se prepara para a resistência, etc., etc, ...a proposta do Conselho Nacional seria acolhida como a mais providencial tábua de salvação ao final do processo decisório.

Mas, pular o rito de discussões, inclusive para fortalecer a opinião de muitos votantes,... francamente! Pô, gente, DE-MO-CRA-CIA, transparência, amplo debate, isto não sugere nada importante?

*(vejam que estou referindo-me ao movimento, e não exclusivamente ao SINAL, pois sua força vem do respaldo de seus filiados, que, ultimamente, tem sido insuficiente como a proposta que rejeitamos em agosto).


Francisco Mello Mattos

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Aberta uma janela de oportunidade para o 555



Sinal-DF Informa Especial de 4 de dezembro de 2012




Srs (as) Servidores (as) do BC em Brasília,



A pedido do Sinal, as entidades representantes dos servidores do Banco Central estiveram reunidas durante a tarde dessa segunda-feira (3/12) com a direção do Banco Central, para discutir a possibilidade de se fazer um esforço conjunto para tentar incluir a carreira de especialista no reajuste previsto para as demais carreiras do ciclo de gestão.

O Banco relatou que está aberta uma janela de oportunidade, consequência do trabalho do Sinal junto a vários interlocutores no Congresso Nacional e no Executivo Federal, de se inserir a carreira de Especialista no conjunto daquelas que receberão aumento 15,8% em três anos, a partir de janeiro próximo, e que esta janela deverá ser fechada no final desta semana. Mas, para o Banco, existe ainda um problema de “governança” que é a decisão dos servidores na assembleia de 28 de agosto último, contrária à aceitação dos 15,8%.

Por isso, o esforço do Banco Central necessitaria, na visão da Diretoria, de uma mudança na decisão dos servidores e, assim, o Banco Central está à espera que o Sindicato consulte os servidores sobre o assunto.

Do Ministério do Planejamento, também chegou a informação de que há grande possibilidade de uma proposta de inclusão do BC e das demais carreiras não contempladas ser feita aos sindicatos ainda nesta semana. O tempo para resposta seria, segundo o MPOG, muito curto.

Nesse sentido, o Conselho Nacional do Sinal decidiu convocar AGN para a próxima sexta-feira (7/12) pela manhã para examinar a questão.

Em Brasília, a Assembleia Geral Nacional será conjunta com as demais entidades representantes dos servidores.

O Sinal-DF entende que essa janela de oportunidade decorre de árduo trabalho junto ao Congresso Nacional, ao Executivo e à Administração do Banco Central e considera essencial participar dessa Assembleia e aprovar a inclusão da carreira de Especialista no reajuste de 15,8%.

José Ricardo da Costa e Silva

Presidente do Sinal-DF

Pelo direito de votar

Por Cleide Martins

Prezados,

Estamos vivendo um momento delicado e crucial para o futuro dos nossos salários. Nossos dirigentes no Sinal Nacional estão ainda perplexos com a complexidade da campanha salarial 2012 e divididos quanto às possibilidades.

Uma parte dos Conselheiros esteve trabalhando no Congresso e junto ao Executivo para que nossos salários sejam reajustados a partir de janeiro de 2013. Graças a este trabalho receberam a garantia dos relatores e das lideranças de apoio à inclusão dos servidores do Banco Central nos PLs, desde que aceitássemos o que já havia sido oferecido e que tivéssemos o apoio do Executivo para tanto. Receberam do MPOG a notícia de o BCB está muito adiantado na possibilidade de receber o reajuste e que tentaria incluir as outras carreiras, mas que o prazo é muito curto e que era necessário o aceite dos servidores. Foram convidados pelo presidente Tombini para uma reunião na qual ele informou que existe uma janela de oportunidade e que se empenharia para conseguir o reajuste para os servidores, desde que revertêssemos a decisão de assembleia de 28 de agosto.

O que precisamos: reverter, em assembleia, a decisão de 28 de agosto, contrária à aceitação do reajuste de 5, 5, 5.

No entanto, é possível que o Conselho Nacional decida, em reunião marcada para hoje à noite, que não haverá assembleia amanhã. É possível também que mantenham a realização da assembleia mas que não encaminhem a votação dos 5, 5, 5.

Precisamos assegurar que a assembleia aconteça. Para isto, penso que será necessário demonstrar aos nossos conselheiros que não aceitaremos o cancelamento da assembleia. A minha proposta é que encaminhemos e-mail aos nossos conselheiros, solicitando a eles que mantenham a assembleia e que assegurem a votação da proposta:

“Aprovar preventivamente a aceitação do reajuste de 5% ao ano, nos próximos três anos, a partir de janeiro de 2013.”

Nós,servidores do Banco Central, queremos este espaço e queremos a oportunidade de votar. Por favor, solicitem a todos os colegas que encaminhem e-mail para seus representantes no Conselho Nacional e para o presidente do Sinal Nacional Sergio.belsito@ig.com.br ; para que mantenham a assembleia convocada para amanhã e para que nos assegurem o direito de votarmos a proposta.

Conselheiros:

• Belém: Pedro Paulo Soares Rosa; Edilson Rodrigues de Sousa;

• Brasília: José Ricardo da Costa e Silva; Gregório Alberto Saiz Lopes; Josina Maria de Oliveira;

• Belo Horizonte: Bruno Colombo Figueiredo;

• Curitiba: Miguel Hostílio Silveira Vargas; Ivonil Guimarães Dias de Carvalho; Luiz Carlos Alves de Freitas;

• Fortaleza: Julia Walesca Gomes de Carvalho;

• Porto Alegre: Gustavo Diefenthaeler;

• Recife: Joaquim Pinheiro Bezerra de Menezes;

• Rio de Janeiro: João Marcus Monteiro; José Vieira Leite; Julio César Barros Madeira; Luiz Rafael Gonçalves Giordano; Sérgio da Luz Belsito.

• Salvador: Epitácio da Silva Ribeiro;

• São Paulo: Aparecido Francisco de Sales; Eduardo Stalin Silva; Iso Sendacz.


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Reajuste salarial: Servidores voltam a pressionar



Categorias que ficaram de fora do aumento de 15,8%, concedido ao funcionalismo, os auditores da Receita e os policiais federais querem a reabertura das negociações com o Executivo. Eles pedem mudanças na LDO ainda este ano para garantir melhorias na remuneração.




Transtornos à vista

Auditores da Receita e policiais federais pressionam o Palácio do Planalto a reabrirem as negociações e garantir reajustes em 2013

Correio Braziliense/ Rionet
Os servidores que não aceitaram a oferta do governo, de aumento nos salários de 15,8%, em três parcelas até 2015, prometem não dar trégua à presidente Dilma Rousseff. Por meio de operações-padrão e de ações que prejudiquem o bom funcionamento da máquina pública, eles acreditam que a convencerão a enviar uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) prevendo uma suplementação de verbas que aumentem os seus rendimentos ainda em 2013. "Com boa vontade, o Executivo pode refazer artigos específicos. A LDO não é estática. Leis no Brasil são mudadas de acordo com o interesse da sociedade", disse Pedro Delarue (foto), presidente do Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco). Desde ontem, a categoria voltou a pressionar o Palácio do Planalto a sentar-se à mesa de negociações, intensificou a campanha salarial e retomou a operação desembaraço zero (morosidade nos despachos de mercadorias) em portos, aeroportos e fronteiras.


Delarue destacou que o objetivo é reforçar que o impasse nas negociações é ruim para ambas as partes. Segundo ele, é importante que "figuras de relevo" do Executivo, do Legislativo e do Judiciário façam a equipe econômica enxergar a importância do papel dos auditores-fiscais. "O Sérgio Mendonça (secretário de Relações do Trabalho do Planejamento) é o negociador. Tem essa responsabilidade e jogo de cintura para entender o seu papel. É ele quem deve dizer que a ninguém interessa uma Receita Federal desanimada", afirmou.

Mas o governo não dá sinais de que mudará de posição. Ontem, ao divulgar o balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, deixou claro no documento que a negociação fechada com a maioria das categorias do funcionalismo público "garantiu o poder de compra dos servidores para os próximos três anos, ao mesmo tempo em que permitiu dar previsibilidade para os gastos com pessoal" e abrir espaço aos investimentos. O foco continua sendo o equilíbrio de longo prazo das contas públicas para minimizar os impactos da crise.

O governo, no entanto, deve se preparar para o pior. Além de os funcionários da Receita ameaçarem radicalizar o movimento, os policiais federais (agentes, escrivães e papiloscopistas) deixaram claro, em reunião com ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que esperam um sinal verde do Palácio do Planalto para a esperada reestruturação da carreira da categoria. "Ontem, traçamos as estratégias. Daqui a 10 dias, voltaremos a conversar. Estamos dispostos a negociar, mas queremos respostas concretas", disse Florentino Naziazeno Santos Júnior, diretor da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). Entre julho e agosto, os agentes promoveram uma grande greve, parando portos, aeroportos e regiões de fronteiras, com custos elevados para a população.

As lideranças sindicais representativas dos servidores de alta renda, os chamados "sangues-azuis" pelo governo, estão também em ferrenha campanha no Congresso para uma realocação das verbas públicas. O mesmo movimento se observa entre os funcionários do Judiciário, que tem total apoio do Supremo Tribunal Federal (STF) para um reajuste acima dos 15,8% dados a 93% dos trabalhadores do Executivo. Esse movimento, por sinal, está contribuindo para emperrar a votação do projeto do Orçamento de 2013.

O relator-geral da proposta enviada pelo governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), garantiu que, independentemente das divergências dos parlamentares da Câmara e do Senado e das pressões dos servidores, vai apresentar uma proposta preliminar ainda hoje. O documento já está pronto há duas semanas, segundo declarou, mas como não há acordo entre os que apoiam o governo e os que fazem oposição, a matéria não é apreciada.



Longo caminho – A peça orçamentária terá que percorrer um longo caminho. Caso a proposta orçamentária de 2013 seja aprovada na Comissão Mista de Orçamento, os deputados e senadores terão 10 dias para apresentar emendas. Depois, os relatores setoriais das 10 áreas temáticas terão que dar seus pareceres. A proposta retornará, então, à Comissão e, em seguida, será votada no Plenário do Congresso. Se aprovada, será sancionada com ou sem vetos, até 22 de dezembro, pela presidente Dilma Rousseff. (Do Correio Braziliense)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

PLANEJAMENTO ESCLARECE MATÉRIA DO CORREIO BRAZILIENSE

PLANEJAMENTO ESCLARECE MATÉRIA DO CORREIO BRAZILIENSE


Brasília, 05 de novembro de 2012.

Prezado editor,



A matéria "Governo reabre diálogo com os sangues azuis" contém várias informações equivocadas. Sobre os principais erros, o Ministério do Planejamento esclarece:

• O Ministério do Planejamento não tem reunião marcada para essa terça-feira (06/11) com as entidades representativas das categorias que não celebraram acordo no prazo estipulado em agosto passado, tampouco há previsão para que ocorra.

• As negociações com as diversas categorias de servidores continuam sob responsabilidade da Secretaria de Relações de Trabalho (SRT) e não sob qualquer outro comando.

• A mesa permanente de negociações continua aberta à participação de todas as entidades – incluídas aquelas que abriram mão do reajuste para 2013 – para tratar de assuntos de interesse de seus representados.

• Em nenhum momento a reportagem do Correio Braziliense procurou o ministério, fonte primária em questões salariais dos servidores, para apurar as informações colhidas junto a outras fontes de informação.

Assessoria de Comunicação

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Sinal decide democraticamente no tapetão


Sinal decide por votação que não vai haver votação!

A proposta de Brasília, “colocar em votação nacional, de preferência votação eletrônica a proposta aprovada na assembleia de Brasília. (que os presidentes Tombini e Belsito trabalhem pela imediata inclusão da carreira de especialista no PL de reajuste de reajuste de 5% ao ano entre 2013 e 2015)”, foi rejeitada, com quatro votos mais 1141(abaixo-assinado) = 1145 favoráveis e 11 contrários.

Proposta semelhante já fora apresentada por aquele conselho, e rejeitada pelas razões expostas no Apito Brasil nº 137, informe do próprio sindicato.

Erram e erram, duas vezes.

"Encastelados" há anos no Conselho Nacional do Sinal, longe da categoria...rejeitam por 11 votos proposta de 1145 servidores...

Embora o placar tenha sido 1.145 X 11, o "juiz" decidiu que o "vencedor" (vencedor???) foi o que fez 11 gols, anulados os gols do time "adversário".

Não existe democracia sem liberdade.

Na democracia o que interessa não é quantidade de votos de mestres, vassalos, filiados ou não, e sim a quantidade de indivíduos, de VOTOS.

Somos todos iguais, pessoas sérias.

A alternativa pode ser o reconhecimento e oficialização pelo Depes da votação em curso e a demanda da maioria seguir ao palácio, também,  pela internet e jornais.

E o que são os “encastelados” no Conselho Nacional do Sinal?

“Vem de Castelo, construção característica da Idade Medieval na qual os donos do poder tentavam afastar “o povo” e viver em uma realidade paralela alheia às mudanças do mundo”

Está se falando intensivamente dos “ENCASTELADOS” no Conselho Nacional do Sinal.

Mas o que vem a ser “ENCASTELADOS”.

ENCASTELADOS:
Diz-se daqueles que se protegem em castelos.

Castelos são construções características da Idade Medieval europeia (a Idade Média restringiu-se à Europa) na qual os senhores feudais habitavam.
Na Idade Média os senhores feudais eram donos daqueles que habitavam o território que conquistavam, com poder de vida e de morte sobre estes habitantes e seus destinos.

Edificavam construções fortificadas para se protegerem de mudanças que ameaçavam seus territórios, não apenas as invasões como também de tentativas de rebelião dos habitantes.

Dessa forma, os donos do poder construíam castelos para protegê-los das mudanças, tentando manter um staus quo que lhes permitisse continuar a viver em um ambiente afastado do povo e alheio à nova realidade.

Embora os castelos fossem típicos da Idade Média, sua “desconstrução” só ocorreu de fato com a Revolução Francesa quando a população começou a assumir, para si, o poder.

Entretanto, muitos ainda tentam se manter em seus castelos medievais, afastando “o povo” e tentando viver em uma realidade paralela alheia às mudanças do mundo.

Atenção: quaisquer semelhanças com a realidade atual no BCB é mera coincidência.

Starnet, 11/10/2012.


É um erro não promover uma votação nacional ou eletrônica

Já li e reli toda a argumentação de ambos os lados, inclusive os negritos, itálicos e vermelhitos.... mas, para mim, está sendo um erro não promover uma votação nacional ou eletrônica para reavaliar a decisão de não aceitação dos 5+5+5, mesmo que as negociações com o governo não estejam abertas.
Prefiro o risco de aprovar os 5+5+5 e não ver a reabertura das negociações (o que indignaria definitivamente a categoria), do que não ter nada até 2014.

Penso que, caso o governo não reabra as negociações após uma hipotética reversão de decisão pelos servidores do Banco Central, a revolta será muito grande e o sindicato poderá canalizar todo essa energia para uma greve forte e definitiva, inclusive contando com os mais de 1100 servidores que participaram do abaixo-assinado. Se isso não acontecer, infelizmente acredito que qualquer iniciativa no sentido de buscar uma nova proposta do governo será infrutífera e não terá o apoio de uma categoria unida, mas sim destruída, quer seja pelo imbróglio do cargo de nível superior para técnicos, quer seja pela indignação daqueles que mudaram de opinião e não foram respeitados.

Eduardo Ferrari de Araujo

Os 11 encastelados do Sinal das Regionais impedem que usemos nossa última carta para evitar o congelamento!


O apito Brasil n. 143, trouxe a notícia que já estava clara, mas os 11 encastelados do Sinal fingiam não ver, que não conseguirão reabrir negociação, só faltou explicar que ainda temos uma última carta a jogar, “pedir a ajuda da diretoria e do nosso Ministro Presidente Tombini”, é nossa última chance de não ficarmos com o salário congelado até 2014, mas os “11 que votam sempre contra” se acham no direito de impedir que os mais de 4mil servidores ativos e muitos aposentados decidam se querem a ajuda ou se preferem manter o salário congelado até 2014.

De quem será a culpa por não utilizar essa última chance, mesmo que pequena ela existe:

Primeiro dos 11 encastelados do Sinal que não se identificam, só sabemos que estão nas regionais.

Segundo da omissão de muitos colegas que não votaram na assembleia e agora desistem antes de tentar, tenho certeza que temos mais de 2000 servidores que querem os 5%, mas preferem acreditar nos informativos do Sinal Nacional, tendenciosos e controlados pelos “11”, se querem o aumento, votem na pesquisa é a ultima chance, bastam dois cliques.

E por último dos que defendem até de modo ofensivo a decisão tomada em uma assembleia muito mal conduzida e fortemente influenciada pelos 11, como se já no dia 28/08 houvesse margem para negociação.

Situação da Pesquisa Que os presidentes do Banco Central e do Sinal se mobilizem imediatamente para incluir a carreira de especialista do Banco Central no PL de reajuste de 5% ao ano entre 2013 e 2015....

nesta data: 1067 Sim, 263 Não e 17 Abstenções ------------- Totais votos por email 39 Sim, 5 Não e 0 Abstenções

Onde estão os demais servidores? Se omitindo estão dando o aval para os “11 encastelados” confirmarem o congelamento.


Quem estiver fora da rede, pode enviar email para thiago.cavalcanti, rita.girao com cópia para sinaldf.depes, informando matricula e opção de voto (SIM/Não/Abstenção)

Messias Antonio Vilalta

 Os 11 do Sinal


11 delegados, de grande representatividade, vide o nível de participação dos já minguados filiados nas votações que os elegem, não querem ouvir a categoria. Agarram-se no mandato da informação incompleta e no estatuto do século passado. Dizem que as portas estão fechadas com base no bate-papo telefônico com o 3º escalão.

Tudo bem, vamos assumir que o tal secretário está correto, que não há chance de o governo alterar a sua posição, incluindo 3 categorias importantes no acordo, nem que esse seja costurado entre Ministros de Estado. O acordo sumiu, não existe mais. Se o Secretário falou está falado.

Não havendo mais acordo, não faz sentido que votemos qualquer coisa que o tome como fato concreto. Se a desmobilização de 1250 é defendida com base no bate-papo com um secretário, então eu vou seguir todas as orientações do Sr. Secretário. Se bem me lembro, o Sr. Secretário também afirmou que o governo não vai dar reajuste superior aos 15,8% para ninguém. Se acredito em tudo o que o secretário afirma, por uma questão de lógica, tenho que acreditar nessa informação também.

15,8%, segundo aquele cujas opiniões soterram 1250 assinaturas, é o máximo. Sendo assim, pintando os 15,8% na mesa em 2013, não me peçam para entregar mais dinheiro para o governo com greves inúteis, com devaneios irresponsáveis de travar STR, sabotar SPB, tocar fogo nas mesas do Depin e do Demab, fiscalizar tempo em fila de banco etc, como se ninguém pudesse ser exonerado em uma instituição que abre PA por coisa muito menor. Se a ação da Presidência da casa é inútil em 2012, as greves fajutas dos servidores serão inúteis em 2013.

O secretário falou, está falado! 2012 é zero e 2013 são 15,8%, no máximo, com o número de parcelas sujeito à negociação.

Representante do Sindsep-DF escreveu em uma de suas notas que os servidores que ingressaram a partir de 2006 são os senhores da razão, os detentores da capacidade infinita de antever cenários. Diante de tal elogio, tendo tomado posse em 2006, vou arriscar uma previsão da negociação de 2013.

O Governo vai oferecer 15,8% em 3 parcelas (2014, 2015 e 2016).

Vamos pedir modernização, equiparação com o Sarney, 99% para os técnicos, 7 horas, creche, lanchinho, hora extra, secretária bonita, cartão corporativo, valorização das regionais etc. Se tudo der certo, vamos levar a tabela do ciclo de gestão de 2014, sem o retroativo de 2013. Se tudo der errado, vamos recusar novamente argumentando que perdemos 27% para a inflação e que os técnicos estão com a tabela defasada. Resumindo, que venha logo outro concurso da Câmara, do Senado, do TCU. Como diz um colega, se eu quero ganhar salário do topo, tenho que prestar concurso para o topo.

Em tempo, pedimos 22% e ofereceram 15%. Recusamos. Na campanha do subsídio, pedimos 100% da RFB, aceitamos 88% e levamos 95% graças aos servidores do Tesouro, que esticaram a corda.


Felipe de Olivio Derzi Pinheiro

Belo epitáfio.


Quer dizer que a opinião de onze funcionários do Bacen vale mais do que a de 1.145? Isso é que é democracia? Se você ainda não percebeu, os funcionários do Banco Central possuem alto nível intelectual, pois a seleção é rigorosa nos concursos de entrada e privilegia essa característica. Isso significa que pensamos por conta própria e não somos massa de manobra nas mãos de onze que se acham iluminados e guias geniais da humanidade.

Como diz o redundante, a consequência sempre vem depois. Nas assembleias a que compareço, fico me perguntando o que é que aconteceu com o Sindsep, aqui no Bacen, para ficar vagando feito alma penada, com discursos pífios, provocativos (no mau sentido) e deprimentes, como os da ultima participação.

Com essa atitude autoritária do Sinal nacional de não solicitar uma votação eletrônica para que todos os funcionários do Bacen decidam uma questão que lhes interessa, além de evidenciar quem é que tem medo de perder, esse grupo está pavimentando o caminho para dar luz a um neo-sindsep, um sindicato fraco e cada vez mais inócuo.

Quando (espero que breve) o Dirad implantar a votação eletrônica, e consequentemente a democracia direta, a ditadura dos onze vai ficar presa na brocha, vociferando e vituperando contra moinhos imaginários para plateia quase idem, mas sem o lirismo daquele cavaleiro.

Mario Fernando

Democracia sim, anarquia não



Com a atual decisão do Sinal de não conhecer a opinião dos seus supostamente representados, tenho uma vontade tremenda de seguir outros colegas que já fizeram e pedir a minha desfiliação também. Decidi não fazê-lo por enquanto como um voto de confiança nos resultados da AND, que espero serem exatamente na linha do que você propõe.

O problema não é ser voto vencido, é nem saber se sou voto vencido ou não. Simplesmente não conheço a opinião sobre as questões em pauta da maioria dos meus colegas, e pelo Sinal de hoje nem vou conhecer.

Sempre se reclama nem 20% descem para as assembleias, mas esse é um problema que se quer resolver ou que se perpetue? Alguém realmente se surpreende que poucos se dispõem a adiar o seu trabalho para ficar uma tarde inteira ouvindo 27 inscritos para só depois poder levantar os braços para decidir sobre meia dúzia de itens, se muito? A atual divisão dos servidores é muito ruim, mas isso está longe de ser o único grande problema. Os 3 sindicatos estão presos no passado. Tem líder sindical que acha que merecemos aumento porque “senão a gente faz greve até rachar o pau da taboca” (argumento magnífico, acho que vai mesmo tocar o coraçãozinho de manteiga da nossa presidenta). Faz parte desse apego ao passado a ideia de que só o “calor da assembleia” presencial vale para decidir.

Reconheço e respeito as conquistas do passado, mas o sindicato de hoje parece mais afinado com a época em que o Lula fazia greves. O próprio Lula se tornou presidente e ficou do outro lado da mesa décadas depois, e a sucessora dele já nos apresenta uma outra realidade ainda. O sindicato tem muito a evoluir, ou as nossas demandas serão esmagadas como moscas. Sequer conhecer quais são essas demandas não ajuda em nada.


Sérgio Rodrigues


VOTE

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Facebook tenta lucrar com dados de usuários



Por Geoffrey A. Fowler
The Wall Street Journal

A Facebook Inc. está experimentando novas maneiras de aproveitar seu maior ativo - os dados sobre cerca de 900 milhões de pessoas, reacendendo as preocupações sobre privacidade. A estratégia da empresa é vender o acesso aos seus usuários.

Para aumentar a eficácia dos anúncios em seu site, nos últimos meses a Facebook começou a permitir que os anunciantes direcionem suas mensagens aos usuários com base no e-mail e número de telefone que estes divulgam em seus perfis, ou com base nos seus hábitos de acesso a outros sites.

A empresa também começou a vender anúncios que seguem os usuários de sua rede social fora dos limites do site.

E o que mais irrita os defensores da privacidade: a Facebook está usando seu tesouro de dados para estudar as relações entre os anúncios em seu site e os hábitos de compras dos usuários em lojas físicas. É parte de um esforço para provar às firmas de marketing a eficácia da publicidade no Facebook, um negócio de US$ 3,7 bilhões dólares anuais.

A Facebook não divulgou quais anunciantes participam dos estudos. Em princípio, estes permitem que uma firma de marketing de um xampu, por exemplo, fique sabendo, em números totais, o quanto um anúncio visto no Facebook aumenta as vendas em todo um conjunto de varejistas.

A Facebook está tomando essas iniciativas, que mostram algum sucesso inicial, em um momento em que enfrenta pressão dos investidores para se tornar um nome mais forte na publicidade digital.

Mas ao fazer isso, a empresa está pisando em uma divisão sutil entre usar dados dos usuários para atrair dólares de marketing e cumprir suas promessas, feitas aos usuários e às autoridades reguladoras, de manter a privacidade desses dados pessoais.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

BURRICE COLETIVA - O ANIMAL SATISFEITO DORME



Por Clovis Golfetto



Durante a Assembleia ( a do dissenso – não consenso) falei algumas coisas. Como eu anotei o que ia falar, ainda tenho os pontos principais. Vou repetir:

- um grande problema da categoria é a falta de participação – isso é demonstrado nas assembleias, nas discussões e nas mobilizações. E fortemente referendado por essa última assembleia. A participação nela foi bem menor do que na anterior. O que prova que além de falta de participação, existe um outro problema... abaixo...

- falta de coesão – uns puxam para um lado, outros para o outro. No final o resultado de tantas forças atuando em diferentes sentidos produz um resultado NULO na maioria das questões;

- ZERO É O RESULTADO DO SOMATÓRIO DAS FORÇAS DE NOSSAS AÇÕES CONJUNTAS.
- ZERO É O QUE RECEBEMOS (OU RECEBEREMOS) DE AUMENTO.
- ZERO É TAMBÉM O QUE MERECEMOS, não por termos errado na estratégia, mas pela vergonhosa, antidemocrática e estapafúrdia reação de parte de categoria, com esse agacho assinado...

O pior de tudo, é ainda querer chamar isso de UM NOVO CONSENSO.

Sugeri que no lugar de desgaste de procurar culpados, criar divisão, tentar reverter algo que não pode ser revertido e fazer agacho assinado, deveríamos apenas pensar em O QUE FAZER DAQUI PRA FRENTE.

Por que as negociações que temos passado, não fomos bons negociadores. Alguém duvida disso??? As correções que tivemos foram provocadas pela saída dos novos concursados que não achavam atraente nossa remuneração. Assim, para não esvaziar o BC, o próprio governo teve de tomar suas atitudes corretivas. Isso foi a causa de sermos igualados ao ciclo de gestão. Essa é a minha visão.

Acredito firmemente que com as divisões internas, não chegaremos a nenhum lugar. Precisamos encontrar algum ponto de união, para onde possam convergir os esforços e agregar a maior parcela possível de servidores, seja da ativa, seja dos inativos ou afastados, cedidos, etc.

Para isso eu sugeri que a luta fosse pela regulamentação do art. 192 da CF. Acredito que a regulamentação do art. 192, com autonomia Administrativa e Orçamentária do Banco Central, tal que obteve recentemente a SUDENE seria a opção mais indicada. Ao meu ver essa proposta vai unir a categoria, vai receber o aval da alta direção, da sociedade e de ampla parcela do governo.

Por fim, citei algumas frases para reflexão – mas quem as terá ouvido???

Será que alguém queria ouvir alguma coisa? Ou será que estávamos lá apenas para reforçar nossas próprias crenças???

Citei uma frase:

O ANIMAL SATISFEITO DORME

Para reflexão, deixo o link: http://filoandreassis.blogspot.com.br/2012/08/nao-nascemos-prontos-de-mario-sergio.html  com texto do Livro Provocações Filosóficas, de Mário Sérgio Cortella, do qual cito o trecho abaixo:

O sempre surpreendente Guimarães Rosa dizia: “o animal satisfeito dorme”. Por trás dessa aparente obviedade está um dos mais fundos alertas contra o risco de cairmos na monotonia existencial, na redundância afetiva e na indigência intelectual. O que o escritor tão bem percebeu é que a condição humana perde substância e energia vital toda vez que se sente plenamente confortável com a maneira como as coisas já estão, rendendo-se à sedução do repouso e imobilizando-se na acomodação.

A advertência é preciosa: não esquecer que a satisfação conclui, encerra, termina; a satisfação não deixa margem para a continuidade, para o prosseguimento, para a persistência, para o desdobramento. A satisfação acalma, limita, amortece.

Por isso digo uma coisa: essa decisão de largar os “5+5+5” serviu para acordar muitos animais e para isso, foi muito bom o acontecido. Idem quanto ao Agacho assinado. Acordou outros tantos.
Para acordar, tem que cutucar e ou incomodar. E os incomodados que se mexam...

Quem sabe de agora em diante, nossos “valorosos colegas satisfeitos” deixem seus “postos de trabalho”, quando o que estiver sendo decidido vai refletir em suas vidas (assembleias).

Quem sabe agora, as pessoas deixem de ser apáticas e que o seu futuro seja feito por decisões de outras pessoas.

Eu participei das duas assembleias, votei e assumo o resultado e as consequências de ter rejeitado a proposta.

Agora eu pergunto: e você que não votou.... vai assumir a sua culpa de ter se omitido?

Mesma pergunta vale para os que assinaram o agacho assinado e não desceram para a nova assembleia: por que assinar e não comparecer? Omitir-se de novo? Não querer mostrar a cara?

Acho que todos tem o direito de se manifestar. Mas na hora certa e com a devida ordem. Afinal, o tempo não retroage, e o dorminhoco perde o bonde da história.


SIM... e daí??? Vamos ficar parados? Ou vamos acordar, mostrar a nossa insatisfação e buscar caminhos novos?



terça-feira, 2 de outubro de 2012

Delegados de Brasília na 25ª. E agora? “Calar por dentro”; “Consenso” do sindicato diferente do “consenso” da categoria; Reação à participação de divergentes; Como mudar?



Por Marcio Antonio Estrela


Já fui muito a AND para “lutar”. Foi assim na questão do voto eletrônico etc.

Agora vou menos para “lutar” e muito mais para tentar “plantar”.

Para “plantar” hoje o futuro que se quer construir no amanhã.

É difícil. A visão de curto prazo permeia as discussões e delineia os conflitos.

Não acredito que se conseguirá promover “revoluções” de curto prazo.

Mas acho possível discutir aonde se quer estar no futuro e, aí, definir o que se pode fazer para chegar lá!

As reações às mudanças e a questionamentos de fundo são fortes no meio sindical, AND inclusive.

Dificilmente se consegue promover uma grande mudança na AND (os divergentes tendem a ser diluídos).

Mas... se consegue COMEÇAR uma mudança na AND.

Com participação maciça de todos de forma que o “consenso do sindicato” seja o mais próximo possível do “consenso da categoria”.

“Calar por dentro”:

Tem-se de ter muito cuidado com a estratégia de se tentar “calar por dentro”.

Isso consiste em:

i. Levar os contestadores para dentro de um grupo/fórum no qual os contestadores necessariamente serão minoria e o status quo tenha assegurado a maioria.

ii. Emanar decisões no grupo/fórum contra o que defendem os contestadores.

iii. Passar a cobrar dos contestadores aceitação das decisões emanadas no grupo/fórum.

iv. Exigir que os contestadores não mais questionem externamente as decisões tomadas no grupo/fórum e que toda crítica/questionamento passe a ser feita exclusivamente dentro do grupo/fórum.

Para essa estratégia funcionar é importante que o status quo tenha previamente assegurado que os contestadores serão minoria naquele grupo/fórum (para o status quo pouco importa se os contestadores representam uma maioria da categoria, o importante é assegurar que os contestadores sejam minoria no grupo/fórum que tomará as decisões em nome da categoria).

E os sindicatos, AND inclusive, é o espaço perfeito para isso!

“Consenso” do sindicato diferente do “consenso” da categoria:

Sim, como a categoria pouco liga para o sindicato, abre a possibilidade para que um “grupo específico” ocupe o espaço.

Assim, a amostra estatística que ocupa o sindicato certamente não será representativa da categoria que pretende representar.

Ou seja, o “consenso” que emerge do sindicato certamente será diferente do “consenso” que se obteria da categoria (ou, o mais próximo possível de um consenso) porque a média de opiniões dos poucos que participam do sindicato se desvia muito do que seria a média de opiniões da categoria (O “DESVIO PADRÃO” É ELEVADÍSSIMO).

Exemplificando: se a categoria é majoritariamente eleitora do Chiquinho, mas nem liga para o sindicato, e só eleitores do Zequinha participam do sindicato, os sindicalistas serão majoritariamente eleitores do Zequinha e poderão, até, emitir manifestações de que a categoria apoia o Zequinha (mesmo a categoria preferindo o Chiquinho!)!
Isso já aconteceu no Sinal quando dirigentes deram entrevistas afirmando que os servidores do BCB eram contra a autonomia do BCB, que defendiam o “fora FMI”, a retirada das tropas brasileira do Haiti etc.

Reação à participação de divergentes:

É importante saber que alguns que estão no “espaço sindical” regem mal quando a atuação de novas figuras são permeadas por estratégias que, ao buscarem aproximar o consenso do sindicato do consenso da categoria, acabam por limitar a margem de manobra deles (ou seja, ao mostrar que a categoria vota no Chiquinho, o sindicalista não poderá mais declarar que a categoria prefere o Zequinha).

Não querem ser limitados. Dizem que ao terem sido eleitos ganharam o direito de falar pela categoria (mesmo contra a vontade da categoria...), que quem quer consultar todo o tempo a categoria é porque não têm a confiança e respaldo da categoria...

Como mudar?

Com participação maciça de todos de forma que o “consenso do sindicato” seja o mais próximo possível do “consenso da categoria”.

Mas enquanto isso não acontece, enquanto poucos participam, o consenso do sindicato seguirá muito diferente do da categoria.

Resumindo:

O consenso dos participantes na AND segue diferente do que seria um “consenso da categoria”.
As reações às mudanças e a questionamentos de fundo são fortes.
Dificilmente se consegue promover uma grande mudança (os divergentes tendem a ser diluídos).
Mas... se consegue COMEÇAR uma mudança.

Detalhe:

Para participar bem é fundamental conhecer o estatuto e regimento do Sinal e da AND (senão, tudo que se propuser de mudanças de fundo será invalidado por questões burocráticas).

Estrela, delegado eleito por Brasília, participante do “Por um novo consenso”. 02/10/2012.




Os 15 eleitos pelo Sinal/DF são:

Nome Votos

1. Cleide Martins Silva (“por um novo consenso”) 177

2. Max Meira 161

3. Rita Girão (“por um novo consenso”) 153

4. Marcio Antonio Estrela (“por um novo consenso”) 150

5. Luiz Carlos Carvalho Caceres 134

6. Auriel Eleutério Marques Júnior 130

7. Henrique Seganfredo (“por um novo consenso”) 119

8. Carlos Tadeu Pimenta 114

9. Marcos Enéas Silva 113

10. Sérgio André Alves da Silva (“por um novo consenso”) 108

11. Christian Pilz 106

12. José Manoel Rocha Bernardo 105

13. Fernando Covelli Benelli(“por um novo consenso”) 105

14. Gustavo França de Seixas Duarte (“por um novo consenso”) 100

15. Anderson Heringer Werner (“por um novo consenso”)  98





Os exorcistas estão chegando



Por Ronaldo Pignataro

Um colega, para se dizer "profissional" em nota na Starnet, qualificou de "amadorismo" o movimento do abaixo-assinado o qual defendi na assembleia em Salvador.


Concordo que somos todos uns amadores e, portanto, a maioria neste evento a que querem transformar em jogo.

Aos "profissionais”, eu digo que tenho uma teoria a ser comprovada, bastando para isso que me apareça um abaixo-assinado em prol da estupidez, na minha modesta opinião, que foi a decisão anteriormente tomada.

Posso sugerir até um nome "abaixo-assinado dos sangues jabuticabas” , dos "possuidos" ou alguma coisa ainda mais estranha. A lista dos que vão de braços dados com auditores federais e fiscais de fronteira em passeata do "queremos mais que 555", para colocar essa instituição no topo do ridículo.

Mas acho que não vão me dar o prazer de provar a minha teoria.

Admira-me ver profissionais cultos e inteligentes que se proponham a defender um contrassenso e ainda cegos ao fato de que o abaixo-assinado já é uma resposta da maioria.

A maioria são os mais quietos e ocupados colegas, incluindo aqueles que por amizade assinam qualquer coisa que um amigo os tenha oferecido, os mais calados e um pouco que avessos às exposições desnecessárias. A maioria é a base. São os que os “profissionais” deveriam estar em permanente contato para o exercício da representatividade que almejam no desempenho desse “profissionalismo”.

Ocorreu, porém, um descompasso. Algumas dessas pessoas caíram na armadilha de sua própria inflexibilidade que aliada a um orgulho descabido soltaram pérolas da estirpe; “ eu até assino (o abaixo-assinado) se o governo me garantir que vai dar os 555” ou “o governo tem que pagar o que valemos (sic)” e seguem comprometidas com o erro que acabou por possuí-las.

Ou será que estão realmente possuídas? Talvez seja essa a explicação de algumas dessas pessoas não poderem assinar nada por não saber qual a entidade que vai estar no comando no momento da assinatura, qual nome colocar. No entanto, não posso deixar de especular qual seria o tamanho dessa lista, chegaria a 100 em quinze dias?



Ronaldo Pignataro
filiado do Sinal



Em tempo, acaba de chegar a nota abaixo:

Acabamos de entregar à Direção o documento por meio do qual 1.162 servidores solicitam que o Presidente interceda junto ao Executivo para que sejamos incluídos na LOA 2013.


Fomos recebidos às 9h da manhã de hoje pelo Diretor Altamir e pelo Secretário-Executivo, Geraldo Magela. Estiveram presentes também os Presidentes do Sinal Belsito e José Ricardo e os chefes Daso e David Falcão.

O que pudemos atestar foi a manifestação clara de apoio à nossa causa. O Diretor Altamir assegurou que, se os servidores aceitarem o reajuste anteriormente proposto (5+5+5), haverá empenho da Direção do Banco para abrir portas no Executivo. O apoio da Direção do Banco foi reafirmado! Venceremos!

Um abraço,

Cleide e Rita

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Resultado consolidado da AGN em todo o Brasil



Resultado consolidado da AGN em todo o Brasil sobre "Abaixo Assinado": 492 votos a favor x 283 votos contrários.


• 862 servidores foi o total de participantes na AGN em todo o Brasil (servidores que assinaram as listas).

• 492 servidores votaram a favor da proposta de que “os presidentes Tombini e Belsito trabalhem pela imediata inclusão da carreira de especialista no PL de reajuste de 5+5+5 para janeiro de 2013”

• 283 servidores votaram contra a proposta de que “os presidentes Tombini e Belsito trabalhem pela imediata inclusão da carreira de especialista no PL de reajuste de 5+5+5 para janeiro de 2013”

• 87 servidores ou se abstiveram ou não apreciaram a proposta porque o Sinal não a colocou em votação na respectiva Regional.



Starnet, 28/09/2012.


domingo, 30 de setembro de 2012

Sinal-DF requer votação nacional sobre os 555, após ampla aprovação em Brasilia




Meus caros editores,

Segue teor da solicitação do Conselho Regional de Brasília, que permanece defensor de que se dê o direito aos servidores de todo o País de reavaliarem sua decisão.

Independentemente de nossas vontades pessoais, temos o dever de defender que o pleito de Brasília seja votado nacionalmente.

Prezado Presidente Sérgio da Luz Belsito:

No dever de representar os servidores lotados em Brasília, o Conselho Regional de Brasília solicita ao Sinal Nacional que seja colocada em votação nacional, preferencialmente eletrônica – por sua abrangência e segurança – se possível entre os dias 2 e 5 de outubro de 2012, o texto apresentado por servidores e aprovado por ampla maioria (440 votos a favor e 116 contra) na Assembleia Geral Nacional realizada nesta capital, reproduzido a seguir:

“Que os presidentes do Banco Central e do Sinal se mobilizem imediatamente para incluir a carreira de especialista do Banco Central no PL de reajuste de 5% ao ano entre 2013 e 2015.”


Atenciosamente,
José Ricardo da Costa e Silva
Presidente do Conselho Regional do Sinal-DF


O Apito Brasil 137 (anexo) de 27/9/2012 omitiu a principal verdade, a de que NENHUMA AGN ESTÁ RESTRITA À PAUTA DITADA PELO SINDICATO e que os servidores poderiam descer, debater e propor.

Em minha opinião, o Apito Brasil, na ânsia de afastar os pró 5-5-5 da AGN, prejudicou até mesmo os desdobramentos da rejeição, pois desinformou, desmotivou e desmobilizou. Por isso, tão pouca gente compareceu em todo o País e tão pouca mobilização se pode esperar para a “reafirmação da nossa luta pelo direito constitucional à manutenção do valor real dos nossos salários”.

Saudações,
Max

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Assembleia conjunta de Brasília decide por mais de 400 votos a favor que se procure imediatamente o MPOG para possibilitar nossa inclusão na PLOA 2013 nos mesmos moldes que o Ciclo de Gestão, com efeitos financeiros a partir de janeiro de 2013



Em assembleia realizada hoje, dia 27.09 no DF, mais de 400 servidores, ou 75% de um total de 600 presentes, manifestaram claramente ao Sinal-DF o que querem: que o Sinal procure imediatamente o MPOG para possibilitar nossa inclusão na PLOA 2013 nos mesmos moldes que o Ciclo de Gestão, com efeitos financeiros a partir de janeiro de 2013. Para aqueles que insistiam em dizer que era tudo invenção do Sinal-DF, temos agora um fato concreto – decisão de assembleia por ampla maioria, com número significativo de presentes. Estou curioso, muito curioso, curiosíssimo para saber qual será a desculpa dessa vez para tentar ignorar, desdenhar ou atacar a questão legitimamente levantada pela base de Brasília, assim como foi o abaixo-assinado.

Vivemos tempos interessantes, onde as pessoas não podem reavaliar questões, onde os cenários são imutáveis e os posicionamentos eternizados. Tolo é aquele que enxerga uma mudança de opinião como arrependimento ou baixar as calças. As situações mudam, os cenários mudam, os atores mudam e por isso mesmo o que vale em tal momento, pode não valer no momento seguinte. Abrir mão de reavaliar posições me parece algo teimoso e pouco inteligente, ainda mais quando se faz parte de um grupo de 1%. Será que está todo mundo errado e apenas nós estamos certos? E o que dizer do posicionamento da Receita, que não quer saber da companhia de ninguém para a próxima campanha salarial? Ou das agências reguladoras, que estão conversando com o MPOG e pode ser que fechem acordo com o governo conforme o ofertado, que fora anteriormente rejeitado? Vamos acabar ficando sós em 2013. Seremos então presa fácil para a truculência e autoritarismo do governo Dilma, aliado a um STJ insensível e uma mídia agressiva no que diz respeito a aumento de salário de servidores. Isso sem falar na Lei de Greve. Apesar de alguns ainda acharem que tal situação vai na verdade nos ajudar, penso que se for ajudar em algo será ajuda em nos ferrar, de tal modo que iremos ficar até 2015 com o salário congelado, ganhando 15% a menos que o Ciclo de Gestão. Ueebbbaaaa!!!

O resultado da assembleia hoje não nos surpreende no Sinal-DF, nas últimas semanas recebemos dezenas de e-mails e telefonemas, muitos de colegas que votaram contra mas enxergam agora um novo cenário.

Urge a avaliação da decisão de Brasília pelo Conselho do Sinal Nacional, de preferência colocando o tema em Votação Eletrônica, para que o maior número possível de servidores se manifeste, só que agora em outro nível de conhecimento e análise da situação.

Bruno Péres


Porto Alegre

Em Porto Alegre havia um contingente razoável, para uma AGN sem pauta definida.


A pauta incluida por nós:

“Que os presidentes do Banco Central e do Sinal se mobilizem imediatamente para incluir a carreira de especialista do Banco Central no PL de reajuste de 5% ao ano entre 2013 e 2015” venceu por 28 a 18.

Em Salvador,

Rejeitado o requerimento para inclusão na pauta da AGN do item “Reajuste a partir de janeiro de 2013” – 11 votos pela rejeição, 6 votos pela aprovação e 3 abstenções

São Paulo

Em São Paulo, a proposta de inclusão dos 5% + 5% + 5% foi derrotada em Assembléia.  89 a 17.


Curitiba


Em Curitiba a Assembléia transcorreu acalorada, com 50 participantes, recebi a palavra quantas vezes quisesse fazer uso dela, porém não me foi permitido colocar a proposta constante do abaixo assinado. A direção do Sinal convidou a Assembléia a deliberar se queria ouvir a proposta - entendendo que a pauta estava fechada e que o abaixo-assinado já havia sido objeto de rejeição no apito nº 137, que circulou na hora – mas não houve concordância, após o presidente regional ter discursado contra o movimento. Assim como em Salvador, entendo que a não inclusão na pauta na assembléia terá o efeito da abstenção em votar por esta regional com efeito nulo sobre o resultado. Darcy Othero


Rio de Janeiro

• A proposta original do abaixo-assinado foi derrotada por 43 a 2;

• Porém, uma nova proposta de reabertura de negociações + mobilização da categoria foi aprovada por unanimidade (45 votantes).

INTERPRETAÇÃO (essa é minha e somente minha):

• A proposta aprovada é suficientemente genérica para abarcar qualquer coisa, inclusive a proposta do abaixo-assinado;

• O sindicato estava mais interessado em colocar os “insurgentes” e “antidemocráticos” em seu “devido lugar” , ou seja, do lado de fora;

• Aconteceram diversas falações desqualificando o abaixo-assinado;

• Tudo bem nossa senhora do Alprazolan me protegeu e me valeu.

CONCLUSÃO:

• Bem pessoal. Foi isso o que eu percebi. Não sei como ficará escrito o documento final deles (isso mesmo: deles. Depois do que eu passei, voto com a “unidade”, estou na “categoria”, mas não confio mais não);

• Tive a impressão de ter passado por um linchamento moral (eu teria sido inconveniente, quem sabe burro (talvez?)), eu deveria baixar a cabeça e não me manifestar mais;

• Estou *muito* curioso para saber o resultado final.  Sulaiman.


Fortaleza

Em Fortaleza a questão nem entrou na pauta...

Defendi o direito dos servidores do BC fazerem abaixo assinado pedindo assembleias e/ou reapreciação de temas anteriormente apreciados, afinal o poder emana dos servidores e não dos sindicatos ou das assembleias – estes tem poder por delegação dos servidores, mas acho que a maioria do pessoal não entendeu.

Defendi que falar em “comissão de mobilização” quando os servidores já estão mobilizados em torno de um abaixo-assinado é uma incoerência, o que faria sentido seria potencializar a mobilização já existente, inclusive discutindo eventuais ajustes no pleiteado pelo abaixo-assinado se fosse o caso.

Mas ninguém mais defendeu o abaixo-assinado, a maioria parecia insegura em “desobedecer” ao “sábio” Sinal. Tinha umas 30 pessoas na assembleia, se o tema entrasse na pauta acho que seria derrotado por uns 20 X 10, na melhor das hipóteses.

O Sinal Nacional não quer nenhuma mobilização independente, que possa ameaçar o seu controle, a sua “condução das massas”.

Em suma: a Comissão de Desmobilização do Sinal ganhou por aqui. Paulo Andre


Belo Horizonte

A Assembleia Geral Nacional, que se seguiu, com 62 assinaturas na lista de presença, aprovou - por 55 votos, nenhum contrário e 2 abstenções - o cronograma de mobilização constituído de Ato Nacional no dia 4 de outubro e Dia Nacional de Luta no dia 10/10/2012, com vistas à reabertura de negociações salariais com o Governo.

Não apareceu na assembleia de BH a proposta apresentada em outras regionais, proveniente de abaixo-assinado que circula há dias no Banco, com o fim de que “os presidentes Tombini e Belsito trabalhem pela imediata inclusão da carreira de especialista no PL de reajuste de 5+5+5 para janeiro de 2013.”

Recife

Aceitou-se incluir na pauta, houve debates que tomaram a reunião toda, e muita gente defendeu a proposta comigo. Defendi que havia sim uma possibilidade de  inclusão do nosso aumento, que o abaixo-assinado decorreu da constatação de que muita gente que votou pela não aceitação dos 5+5+5 o fez acreditando que ainda haveria margem para negociação, e que mudou de idéia quando as portas se fecharam. Mesmo assim fomos derrotados por 5 a 17. Moacyr Ricardo

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

De novo, os fatos



Por Ronaldo Pignataro


Depois da divisão ocorrida no funcionalismo e cristalizada no decorrer da última semana emerge outro fato incontestável, a reunião da categoria deverá passar obrigatoriamente pela aceitação dos signatários do movimento liderado pela Cleide.

O contingente ultrapassa a casa dos 1.100, número que não pode passar despercebido ao mais míope dos estrategistas quando sabemos que um único indivíduo pode fazer a diferença, e assim como contar com cada um deles em alguma demanda futura?

Quais os fatores que se colocam contra essa reunificação necessária?

Dois fatores aparecem bem claros.

O primeiro é que o Banco Central é uma instituição séria, feita de pessoas sérias, avessas à “malandragem”, mesmo a utilizada no bom sentido como “jogo de cintura” ou “política de resultados”

O outro, bem visível no discurso de nossa presidenta na abertura da reunião ONU é a tendência do atual governo em criar um vocabulário e atitudes inéditas para encortinar as práticas condenáveis por ele mesmo. Assim deveremos inventar outras palavras e suas correspondentes traduções para a língua inglesa de “protecionismo”, “coação”, “privatização”, “intolerância” “intransigência”, apenas para citar as que mais nos afetam.

Neste jogo desleal, subvertendo as palavras, o poder deixa de aplicar as leis a que é vinculado e capitalizando os mesmos resultados do autoritarismo.

O que poderemos esperar para o ano que vem? Poderemos esperar alguma outra proposta, ainda mais indecente se possível, do tipo “pegar ou largar” como por exemplo 8 % em 2014 e 5% em 2015?. Que faremos, vamos rejeitar também a do próximo ano, se acontecer?

Será possível encontrar apoio para futuras rejeições?

Bom que se lembre de que para o bem do controle da inflação, foi iniciado no passado um processo de desindexação da economia. Começaram pelos salários, pela livre negociação e direto à greve. Ficou por aí, minto, “greve” está no rol das palavras que estão na fila para a mutação.

E quanto à nossa “mobilização”? Se estivéssemos ficado quietos estaríamos melhor.

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Sindifisco - Secretário da Receita recebe DEN e discute reabertura de diálogo

Secretário da Receita recebe DEN e discute reabertura de diálogo

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Atirando no que vê e acertando o que não vê



Por Orlando Amado


Não faltava mais nada; e eu pensava que já tinha visto tudo. Depois de um “bullying” presidencial que tingiu o nosso sangue de azul, algo inconcebível até mesmo nos tempos da ditadura, agora aparece uma ministra a ameaçar os funcionários dos Correios, empresa da alçada do “ministério do seu marido”. Diz ela que “eles já fizeram greve no ano passado, já tiveram o reajuste”. Não sei de onde, de repente, saem essas figuras, mas tudo indica que ficam encastelados, ausentes da realidade, cada um no seu feudo, se achando “dono do pedaço”, dele saindo para fazer ameaças ao seu bel prazer, quando algo os ameaça.

Ora, esqueceram de dizer à ministra que o reajuste a que ela se refere deve ser anual, conforme o Artº 37, Inciso X, da Constituição e não é uma benesse do governo. E fica ela a ameaçar com a Lei de greve, como se isso fosse uma punição, sem saber que esse é um caminho de mão dupla que passará certamente pelo respeito aos preceitos constitucionais, o que garantirá, no mínimo, a reposição do poder de compra dos salários, bem como a permanente negociação de melhoria das condições de trabalho. O governo, formado pelo PT (Partido dos Trabalhadores ??), agora se alia a elites do empresariado, a quem oferta os “kits felicidade”. Essas elites, que a contragosto toleraram Lula no Planalto e continuam conspirando, especialmente através da mídia cooptada e de seus analistas, amargurados por sucessivas derrotas, estão conseguindo apear o PT do poder, liquidando com seus líderes. É “o retorno de Jedi”. E o governo segue, “atirando no que vê e acertando o que não vê”, achando que a Lei de greve somente imporá limites às formas utilizadas pelos servidores para manifestar protestos e reivindicar os seus direitos. Que venha a Lei de greve e com ela a estrita observância dos princípios da OIT relativos à organização sindical – que pressupõe direito de sindicalização, direito de negociação e direito de greve.

De outra forma, as tentativas de negociação nunca prosperarão, já que os servidores estarão sempre em desvantagem pela ausência de garantias legais para o pleno exercício de dois dos três direitos fundamentais da organização sindical: o de negociação e o de greve. Queremos o que a Lei de greve certamente preservará que é, no mínimo, a recomposição anual do salário do servidor público, independente da cor do seu sangue. Os sindicatos devem trabalhar fortemente junto ao legislativo, sem prejuízo de outras alianças, para impedir a aprovação açodada de normas relativas ao direito de greve no serviço público, devendo ser privilegiada a discussão pública da regulamentação da Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), denunciando o sistemático descumprimento de preceitos constitucionais que garantem a revisão geral anual da remuneração e do subsídio dos servidores públicos.

Orlando Amado de Freitas Filho – Servidor aposentado - Ba

‘O caminho é a união dos servidores do BCB’


*Rionet


Em rápida entrevista, Sergio Belsito, presidente Nacional do Sinal, discorre sobre o assunto do momento nas redes internas do Banco Central: a questão do abaixo-assinado. Para ele, não existe mais a tal da proposta rejeitada, já que as negociações se encerraram e a PLOA já foi remetida para o Congresso sem o nosso valor. Segundo Belsito, o Sinal está trabalhando para as negociações serem reabertas, o que dependerá da presidente da República autorizar a alteração da PLOA, e isso não é fácil, lembra o presidente do sindicato.

●RIONET - O SINAL é contra a manifestação por abaixo-assinado?

SERGIO BELSITO - Não, desde que ele seja complementar a forma de representação democrática e não contrária a ela.

●Então ele não será colocado em votação?

BELSITO - Não disse isso. Para que ele fosse aceito imediatamente, seria necessário que ele atendesse ao contido no estatuto do SINAL, ou seja, assinado por 30,0% dos filiados. Entretanto, a pedido do Sinal-DF, o Conselho Nacional deverá apreciar a matéria.

●Reverter a decisão de rejeição da proposta em assembleia agora resolve o nosso problema?

BELSITO - Claro que não. Não existe mais a proposta rejeitada. As negociações se encerraram. A PLOA já foi remetida para o congresso sem o nosso valor.

●E quando deveríamos votá-lá?

BELSITO - Quando ela for eventualmente recolocada na mesa novamente. Seria a maneira menos arriscada de entrarmos em situação mais complicada, politicamente. Se colocada em votação nesse momento, teremos uma votação emocional, tipo revanche.

●Mas as negociações não podem ser reabertas?

BELSITO - Estamos trabalhando para isso. Só dependerá da presidente da República autorizar a alteração da PLOA, o que não será muito fácil. Os colegas que estão assinando o documento tem informado que isso é essencial para o presidente do BC pedir a Dilma por nós. É um equivoco pensar dessa maneira. Se o governo aceitar reabrir as negociações condicionada à aceitação da proposta 5,5,5, ele que sinalize isso para que ela seja colocada em votação e retornarmos com nossa resposta. Antes disso poderemos ter um desastre político para a categoria.

●Como assim?

BELSITO - Primeiramente, se a proposta por votada agora e aprovada pela categoria e não conseguirmos reabrir as negociações, teremos uma baita decepção interna e uma grande repercussão externa como os comentários maldosos da Ministra Mirian Belchior e de outras entidades sindicais. Se a proposta for a votação e for rejeitada pela segunda vez, não teríamos como sinalizar para o governo previamente o desejo de reabertura das negociações e, pior ainda, se tivermos que engolir a mesma proposta em 2013 – já pensaram nisso?

●Você está pessimista?

BELSITO - Não , temos a determinação da luta, entretanto não sabemos como o governo reagirá nem agora e nem no próximo ano.

●Existem outras categorias querendo os 5,5,5 ?

BELSITO - Que eu saiba, não.

●Qual é o caminho então ?

BELSITO - O caminho é a união dos servidores do BC em um ponto comum para a reabertura de negociações.