quarta-feira, 26 de setembro de 2012

De novo, os fatos



Por Ronaldo Pignataro


Depois da divisão ocorrida no funcionalismo e cristalizada no decorrer da última semana emerge outro fato incontestável, a reunião da categoria deverá passar obrigatoriamente pela aceitação dos signatários do movimento liderado pela Cleide.

O contingente ultrapassa a casa dos 1.100, número que não pode passar despercebido ao mais míope dos estrategistas quando sabemos que um único indivíduo pode fazer a diferença, e assim como contar com cada um deles em alguma demanda futura?

Quais os fatores que se colocam contra essa reunificação necessária?

Dois fatores aparecem bem claros.

O primeiro é que o Banco Central é uma instituição séria, feita de pessoas sérias, avessas à “malandragem”, mesmo a utilizada no bom sentido como “jogo de cintura” ou “política de resultados”

O outro, bem visível no discurso de nossa presidenta na abertura da reunião ONU é a tendência do atual governo em criar um vocabulário e atitudes inéditas para encortinar as práticas condenáveis por ele mesmo. Assim deveremos inventar outras palavras e suas correspondentes traduções para a língua inglesa de “protecionismo”, “coação”, “privatização”, “intolerância” “intransigência”, apenas para citar as que mais nos afetam.

Neste jogo desleal, subvertendo as palavras, o poder deixa de aplicar as leis a que é vinculado e capitalizando os mesmos resultados do autoritarismo.

O que poderemos esperar para o ano que vem? Poderemos esperar alguma outra proposta, ainda mais indecente se possível, do tipo “pegar ou largar” como por exemplo 8 % em 2014 e 5% em 2015?. Que faremos, vamos rejeitar também a do próximo ano, se acontecer?

Será possível encontrar apoio para futuras rejeições?

Bom que se lembre de que para o bem do controle da inflação, foi iniciado no passado um processo de desindexação da economia. Começaram pelos salários, pela livre negociação e direto à greve. Ficou por aí, minto, “greve” está no rol das palavras que estão na fila para a mutação.

E quanto à nossa “mobilização”? Se estivéssemos ficado quietos estaríamos melhor.

Refresh

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