quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sinal de infelicidade




Alguém deve ter dito, tendo por atributo apenas a racionalidade e a clareza de raciocínio: “O que interessa são os fatos”.

Como se depreende do quadro acima, 37% dos servidores dessa valorosa autarquia estão divididos entre aceitar ou não a proposta oferecida pelo governo, donde emerge o primeiro fato incontestável:

a minoria está dividida.

A divisão de pequenas porções em partes ainda menores é um processo conhecido como fragmentação e o resultado final todos sabem; é o pó.

Quando a organização sindical perde a sua função aglutinadora ela, na verdade, está perdendo a própria razão de sua existência. É necessário lembrar que muitos avessos a exposições e falatórios em assembleias elegem pessoas aptas à negociação de seus interesses por representação, formalmente através da filiação, ou não.

Logo, se a posição dos dirigentes do órgão sindical é para um determinado sentido , esse é o que deveria prevalecer,  cabendo aos descontentes a discussão democrática nos limites da organização para eventual correção do rumo, lembrando sempre que estamos todos no mesmo barco, o que é outro fato.

E ainda mais um fato para se ter em mente é que, em se tomando o timão do timoneiro não restará a ele onde ir senão ao banheiro para lavar as mãos.

Ronaldo Pignataro


PROJEÇÕES PARA O FUTURO


Alguns colegas questionaram se a planilha apresentada não estaria desconsiderando os ganhos futuros acumulados a partir de 2018 de um futuro reajuste maior.

Antes de tudo, como frisado, o objetivo da planilha é o de mostrar a partir de quando uma “eventual proposta futura maior conseguida com uma superhipermegacampanha de mobilização” supera a rejeitada. A partir desse ponto, se não houver novos reajustes, passa-se a ter ganhos com a “eventual proposta futura maior conseguida com uma superhipermegacampanha de mobilização”.


A planilha “apenas” mostra o ponto a partir do qual os benefícios de uma proposta supera a de outra.

 

Ou seja:

 

· Se a categoria conseguir o dobro, 30% em 3x, a partir de 2014: a partir de janeiro de 2016 a nova proposta compensa a perda da recusada. E a partir daí, “é só alegria”!!! Mas até dezembro de 2015 foram 24 meses de prejuízo!

· Se a categoria conseguir 24% em 3x a partir de 2014: a partir de setembro de 2016 a nova proposta compensa a perda da recusada. E a partir daí, “é só alegria”!!! Mas até agosto de 2016 foram 32 meses de prejuízo!


· Se a categoria conseguir 21% em 3x a partir de 2014: a partir de agosto de 2017 a nova proposta compensa a perda da recusada. E a partir daí, “é só alegria”!!! Mas até julho de 2017 foram 43 meses de prejuízo!


· Se a categoria conseguir 18% em 3x a partir de 2014: a partir de 2023 (estimado- a data extrapola minha planilha) a nova proposta compensa a perda da recusada. E a partir daí, “é só alegria”!!! Mas até 2022 foram anos de prejuízo!



Realmente, se essas forem as 3 últimas parcelas de reajustes que os servidores do BCB terão pelo resto de suas vidas funcionais, a partir das datas marcadas em amarelo acima (e resultante na planilha), os servidores passarão a acumular benefícios crescentes! Oh yeeesss!!!


Mas eu não acredito que esta seja a ÚLTIMA campanha de mobilização no BCB...



Esse benefício da “eventual proposta futura maior conseguida com uma superhipermegacampanha de mobilização” desconsidera mobilizações futuras – iguais às que se pretende conduzir após o carnaval de 2013 (que, no caso da proposta rejeitada, poderia ser iniciada já a partir de janeiro de 2015) – por novo reajuste que faça com que a “diferença favorável a se realizar no futuro”... SIMPLESMENTE NUNCA SE REALIZE!!! E, aí, foram só os prejuízos!


Estrela – filiado ao Sinal

Mãe Diná previu que negociação em 2013 será mais facil.


O que está votado, está. Mas confesso que até agora não sei muito bem o que aconteceu... É que não consigo encontrar uma explicação LÓGICA para a rejeição. É só observar os números........

A não ser que haja alguma Mãe Diná entre nós ou que seja uma espécie de delírio utópico coletivo que tenha previsto que o Governo será "mais bonzinho" para aqueles que rejeitaram a proposta a ponto de fazer uma outra para começar a ser realizada em 2014, que seja TÃO, MAS TÃO boa, a ponto de cobrir IMEDIATAMENTE as perdas que teremos em 2013... Ah, e claro, considerando que será tão boa que nunca mais precisaremos nos mobilizar... E por falar em mobilização no BC... Alguém realmente acredita que conseguiremos fazer algo forte o suficiente? Ou ficaremos no vácuo da possibilidade de outras carreiras?

Enfim... Tb só lamento!---

Camila Santos Loures

Proposta mereceria outra interpretação

Acho que a aceitação da proposta mereceria outra interpretação: garantir 5% a partir de janeiro de 2013 e apenas isto. Em 2013, continuamos a luta. Seria também uma forma de sinalizarmos ao governo que não nos submetemos a reajuste "camisa de força", não nos submetemos a acordo "aceite agora e cale-se pelos próximos 3 anos", pois não somos crianças que devem ser disciplinadas: somos adultos. E como adultos, temos autonomia de decidir e lutar pelo que considerarmos adequado.

Denise Alves


Sinal dividido

Infelizmente o Sinal se dividiu e deixou o SintBacen defender com veemência e até destempero a posição que os técnicos tomaram separadamente EM ASSEMBLÉIA EXCLUSIVA NO DIA ANTERIOR!



Messias Antonio Vilalta


Reposição salarial: entre o risco e a certeza, no caso, prefiro assumir o risco

Entre o risco de uma negociação ruim em 2013 que, talvez, implique algum prejuízo futuro e a certeza da péssima “negociação”, hoje em pauta, que consumará prejuízos dos últimos exercícios e, inexoravelmente, implicará futuros prejuízos, pois somente teremos efeitos financeiros de um próximo reajuste em [talvez, quem sabe] 2017, sem falar na possibilidade de o Governo não cumprir sua parte no “acordo” (risco que também existe)... Fico, sem qualquer resquício de dúvida, com o risco [o primeiro deles].

Argumentos? Além dos implícitos acima, adoto os que foram elencados no Boletim Eletrônico – SinTBacen - nº 33, de 27 de agosto de 2012, com o qual também concordo não haver espaço nem momento para greve por tempo indeterminado.
A peleja é longa, exige persistência e paciência; mas é viável, não havendo bons motivos para rendição prematura.

Diógenes Lopes da Silva

Aceitar um reajuste que não corrige a defasagem ou deixar defasar mais para brigar?


Se não aceitarmos vamos ficar mais defasados e a briga será mais inglória, vi uma proposta de não aceitarmos e fazermos greve após o carnaval de 2013, terrível essa proposta.

Minha opinião, se aceitarmos agora, o que nos impedirá de lutarmos por alguma melhoria?

A equiparação com a Receita, da qual estamos 5% abaixo, já seria um motivo para brigarmos, 5% é ruim, mas melhor do que nada! Aceito!!!!!!!!!!
Como diria nosso amigo Miranda recém aposentado, antes fanhoso do que sem nariz,

Messias Antonio Vilalta


Indignação levou ao embotamento do raciocínio!

Via Rionet

A rejeição da proposta nos deixa com o salário congelado até 2014 e para termos algum ganho em 2014 teremos que ter no mínimo 15% de aumento em 2014, alguém acha que esse governo nos dará 15%? Um analista com salário inicial de 12mil deixará de receber em 2013 R$ 7.200,00, vejam um calculo simples abaixo. Houve um fato errado na assembleia de ontem, os técnicos fizeram uma assembleia anterior e fecharam questão contra, ou seja teríamos que ter uma assembleia dos analista anterior para também fechar uma questão.

Conclamo os Analistas a convocarem uma assembleia até de sexta(ultimo dia para incluir no orçamento de 2013), para votarmos a aprovação do aumento apenas para os Analistas, uma vez que os técnicos já fecharam questão contra a aprovação e influenciaram parte dos analistas na assembleia de ontem, pegando o pessoal pela emoção e indignação. O Maranhão fala em greve após o carnaval de 2013, ele aposentado vai fazer greve de que, de fome?


  Messias Antonio Vilalta 

FALTA SINTONIA

Mais uma vez a direção do Sinal Nacional demonstra que não está em sintonia com os anseios do funcionalismo. Penso que é hora de reavaliar suas posições, ver onde erraram e entenderem que o que ocorreu hoje é apenas o início de uma campanha dura que temos à frente e que se faz necessária uma liderança antenada com esses anseios. Erraram feio.



Mauro Gondim Freire


Dividir para reinar.





Alguns, talvez, achem absurdo.

Mas eu só consigo achar triste o comportamento de alguns colegas do banco depois de se considerarem derrotados.

Considerar o raciocínio embotado para a maioria pela rejeição da proposta e acusar de manipulação dos técnicos para a não aprovação da proposta é uma atitude desagregadora, exatamente o que o governo quer.

Agora vamos ficar trocando acusações.

Qual será o próximo passo?

Talvez os colegas de Brasília queiram formar uma categoria única com Porto Alegre e, dessa forma, considerar que aceitam os 15,8%, deixando na outra categoria os que rejeitaram a proposta? Talvez votos separados para analistas e técnicos?

Que tal separar também os comissionados? Ou os que usam chapéu?

Acho que não.

Manipulação é escrever que concordamos com o congelamento do salário até 2014. Isso não foi dito em momento algum.

O Banco Central do Brasil decidiu por maioria incontestável não se vender por pouco, não aceitar qualquer coisa.

Recusamos agora por considerar insuficiente e errado e, desta forma podermos voltar sem receio a pleitear o nosso direito no futuro.

Os servidores do Banco Central não tiveram medo.

Não são R$ 600,00 que farão a diferença no orçamento.

Mas aceitar essa proposta mostraria que somos pequenos e mesquinhos, exatamente como o governo nos vê.

Aceitar agora para continuar a luta é a verdadeira manipulação. Ninguém dará ouvido a uma luta salarial no próximo ano se aceitarmos agora.

Ouvi uma história muito interessante certa vez.

Um general nazista de um campo de concentração anunciou que mataria um prisioneiro por dia e que a escolha de quem seria morto seria do grupo. O grupo se recusou a indicar um prisioneiro para ser morto. O general, então comunicou que se ele tivesse que escolher, escolheria dois prisioneiros e não somente um. O grupo continuou se recusando a indicar o prisioneiro a ser morto. Quando questionado, um dos líderes disse: "Nenhum de nós compactuará com esse assassinato. Ele pesará somente sobre os ombros do executor."

Eu não vou escolher o caminho mais curto, mais fácil ou menos doloroso. Eu quero escolher o caminho certo.

E para essa escolha eu conto com o bom senso da maioria, acataria qualquer decisão e lutaria por ela, na esperança que tivesse feito a escolha certa.

Sergio martins Rosa
Mecir - RJ


SINALBH INFORMA Nº 173 – 29/8/2012
Categoria indica o caminho

Na Assembleia Geral Nacional de ontem - por 1024 votos, contra 575 e 27 abstenções - a categoria passou por cima do indicativo do Sinal e rejeitou a proposta do Governo de recomposição salarial para os servidores do Banco Central, de 15,8% escalonados em 3 parcelas de 5%, para 2013, 2014 e 2015. Um índice de rejeição de 63%, considerados os 1.626 votantes, tendo a proposta sido aprovada em apenas uma das dez capitais onde o BC se encontra instalado.

Proposta essa que ela havia considerado insuficiente na semana passada, por não lhe atender minimamente nos 3 pilares da atual campanha salarial (recomposição dos salários, modernização da carreira de especialista e o seu posicionamento no topo do Executivo), sequer na vertente da reposição, uma vez que o índice oferecido pelo Governo não repõe perdas passadas e ainda impinge danos futuros, além de manter a vergonhosa defasagem salarial dos servidores ocupantes do cargo de técnico.

Uma decisão que traz a reboque uma grande responsabilidade para a própria categoria, sobretudo em termos de mobilização, e impõe uma enorme agenda de trabalho ao Sindicato. Foi como se a categoria fizesse um mea culpa pela sua participação incipiente na atual campanha salarial, assumisse o ônus de tal procedimento e apontasse para a sua dignidade profissional e a valorização de sua carreira, em contraponto ao massacre a que foi submetida pelo próprio Governo, que em momento algum se dispôs a negociar e ainda expôs os seus servidores a uma campanha hedionda na mídia, com reflexos extremamente negativos junto à população.

BH fez uma assembleia numerosa e de grande maturidade política, em que as intervenções da Plenária focaram nas análises das consequências da aceitação e da rejeição da proposta, sendo que ambas impunham custos e danos à categoria, a primeira ainda mais que a segunda, tendo essa, no entanto, a capacidade de lhe livrar das amarras e mordaças condicionadas pelo Governo. Na Regional, a rejeição à proposta se deu por 98 votos, contra 30 e 2 abstenções.

A atual campanha salarial, que o Governo pretendia ver encerrada no dia de ontem, portanto, seguirá em frente, com muita luta e trabalho, graças à guinada histórica da categoria, que indicou de volta ao Sindicato que a representa o caminho que deve ser seguido.


*Erdanet

Golpe do Sinal na Categoria?

Aventou-se a possibilidade de que o Conselho Nacional estaria se preparando para decidir que eventual nova apreciação de proposta do governo em AGN seria feita exclusivamente via votação eletrônica, ao invés de em assembleia presencial.

Qual o propósito de fazer isso? Impedir os debates e calar os discordantes, para facilitar a aprovação da proposta que o governo quer a todo preço nos impor?

Acho inaceitável que se utilize o sistema eletrônico comprovadamente fraudável (vide Apito Brasil 115, de 18.10.2011), ainda mais, para essa importante decisão. Ademais, não se toma decisão desse tipo sem a indispensável ponderação em discussão dos interessados: nada pode substituir as falações contra e a favor para formação da opinião, ainda mais, em contexto de complexidade.

GOLPE, não!!!!!

DEIXEM A CATEGORIA DECIDIR COM CONSCIÊNCIA!!!!

Ricardo Lopes Pinto


O resultado de ontem da Assembleia Nacional foi uma inconteste derrota do Sinal Nacional.


Parabéns a todos os colegas do Bacen.

Está na hora de mudar, não?


IDALVO/DESUC-SP    

Por que não continuar a luta desde já?


Para começar, fui e sou contra a atual proposta, principalmente por nos amarrar até 2016. Só não entendo é porque temos que esperar até 2014 para reiniciar a luta. Por que não continuar a luta desde já? Por que parar? Se pararmos estaremos fazendo o que o governo quer e sem nada receber. O orçamento não pode receber emendas? Tenho certeza de que se nosso movimento tiver a presença que teve ontem, certamente a diretoria e as entidades responsáveis sentirão o tranco. Ademais o nosso pleito de atrelamento ao topo das carreiras precisa esperar para 2014? Acho que não.

VAMOS À LUTA. QUEM QUER FAZ A HORA NÃO ESPERA ACONTECER......

JLIMA/PGBCB-DF

  Lamentável, deram um tiro nos técnicos



Lamentável a nota do colega Messias. Eu, como analista, repudio esse comportamento divisionista com os companheiros da carreira de especialista do BC. Colega Messias, aprenda a perder. E não estou me referindo a esses caraminguás que vc lamenta.



Tarcisio Americano Barcelos     


 Parabéns aos colegas do BC

Parabéns aos colegas do BC que tiveram coragem de não ceder a uma imposição do Governo, já que não posso qualificar a proposta apresentada como tal. Fica somente o sentimento de pesar para com a regional de Porto Alegre. Respeito a posição dos colegas, mas a coerência dever sempre prevalecer sob pena de perdermos o respeito que temos pela própria categoria.

Alguns aqui escreveram algo no sentido de “conclamar” os colegas Analistas para uma nova assembleia. Agradeço por essa posição radical e sem sentido ser algo apenas pontual. A melhor resposta a esse tipo de raciocínio está no resultado demonstrado de que a categoria não aceita a divisão fomentada por uns. A categoria quer sim o compromisso de que nossas reivindicações históricas sejam efetivamente cumpridas e que não fiquem eternamente no compromisso por parte do governo. Vale lembrar que as últimas promessas foram descumpridas desde o ano de 2007, no mínimo.

Espero que esse momento sirva de paradigma para uma mudança de postura da nossa categoria. Assim, participaremos dos movimentos de servidores como verdadeiros protagonistas! Parabéns Maranhão, parabéns SinTBacen, parabéns Sinal (que atenderá ao recado da categoria), parabéns aos demais colegas servidores do Banco Central do Brasil.

Guilherme de Oliveira Pinto Vargas - VARGAS/DESEG-RS (guilherme.vargas@bcb.gov.br)

Os supostos vencedores

Pela nota do Guilherme se vê mais um dos supostos “vencedores” de ontem se jactando da sua suposta “coragem”... Não entendi, também, o porquê do “sentimento de pesar” com a regional de Porto Alegre, nem qual foi o “recado” passado pela categoria (por quem mais, por ti, pelo SINTBACEN?) ao SINAL... Acho que o SINAL conduziu muito bem a campanha salarial, acertou em fazer um indicativo à categoria - que não foi unânime dentro do Conselho -, e a categoria entendeu diferente. A questão a ser decidida não era fácil, não se trata de um embate de covardes versus corajosos. Enfim, colega, menos, muito menos...

Daniel Juliano
NEGOCIAÇÕES EM BLOCO


Com a consciência tranquila de ter participado de todas as assembleias do movimento (ao contrário de alguns colegas que só desceram ontem) e de ter participado da paralisação de 24 horas (única medida efetiva do nosso movimento), permito-me fazer algumas colocações acerca dos últimos meses e do nosso movimento.

1) A negociação do bloco “carreiras de Estado” fracassou. Mesmo sendo louvável a iniciativa de fortalecimento da FONACATE e de solidariedade entre as carreiras típicas de Estado, a verdade é que, na primeira proposta feita pelo governo, a “aliança” ruiu e tivemos esse quadro aproximado de metade das carreiras aceitando e metade recusando a proposta. Ou seja, na hora da verdade, foi o velho “cada um por si e Deus contra todos”. O que implica a primeira reflexão/conclusão sobre o movimento: NÃO PODEMOS NEGOCIAR A REBOQUE DOS MOVIMENTOS DE OUTRAS CATEGORIAS. Temos que achar um jeito de construir nossa própria força de negociação.

2) As carreiras que recusaram, em sua maioria, tem força para voltar a incomodar ano que vem. Receita Federal e PF, em particular, têm um trunfo na manga: os eventos internacionais que se aproximam. Podem ter certeza: se até junho do ano que vem nada de melhor for oferecido a eles, HAVERÁ operação padrão nos aeroportos na Copa da Confederações com o recado claro de que o mesmo poderá acontecer na Copa do Mundo se o governo não atender suas reivindicações. Aos que acham uma atitude dessas vil, imoral ou antiética (ilegal não é, pois trata-se de simplesmente efetuar determinações legais de forma rígida), sugiro que reflitam se as atitudes do atual governo na mesa de negociações foram éticas. Desde março de 2011 fomos literalmente empurrados com a barriga, sem nem receber um NÃO definitivo (como na era FHC) sem nem construir conjuntamente uma tabela negociada (como no governo Lula). Estamos a 15 meses ouvindo um “volte mês que vem”, atitude extremamente antiética, no mínimo.

3) Aos que estão preocupados com o encerramento das negociações, o próprio Sérgio Mendonça declarou à imprensa ontem que as negociações serão reabertas com essas categorias em 2013. Aos que estão receosos de descolamento do Ciclo de Gestão, que está majoritariamente aprovando a proposta, informo que a diferença em 2013 será de 5% e que bastaria ano que vem negociar uma parcela de 10,25% para 2014 para voltarmos a igualar tabelas com eles em janeiro de 2014, sem prejuízo, aliás, com até certa vantagem para o governo que teria tido “folga orçamentária” conosco em 2013. É claro que entendo que podemos conseguir mais do que isso, mas no mínimo temos argumentos fortes para conseguir essa “reequiparação”.

Chegamos então ao momento atual e o que devemos fazer para 2014. Em apenas uma das assembleias, e mesmo assim superficialmente, começamos a discutir o que nós, BANCO CENTRAL, sozinhos, podemos fazer como movimento inteligente e que incomoda, para ter nossos pleitos atendidos. Dadas as restrições de contingente da jurisprudência do STJ, a possibilidade de regulação restritita iminente do direito à greve e dada a imperiosidade de não cometermos ilegalidades que responsabilizarão criminalmente colegas, como parar STR, SPB, mesas de Demab e Depin, meio-circulante, etc., URGE pensarmos em formas inteligentes de INCOMODAR sem cair na ilegalidade. Precisamos criar o nosso modelo ANÁLOGO à operação-padrão da Receita e PF, algo irritante mas não ilegal. Confesso não ter essa resposta, mas precisamos pensa-la, e ganhamos ontem uma janela de 4 meses (até janeiro/2013) para isso.

Não podemos de forma alguma chegar em janeiro com os mesmos argumentos e mesmas estratégias de hoje. Sindicatos e assembleia precisam construir juntos essa estratégia, algo que nos tire da negociação secundária ou de reboque, do irmão mais novo que diz pro pai no restaurante que quer o mesmo que o mais velho pedir.

Sindicatos, criem grupos de estudo, convoquem assembleias, etc, mas não deixem que cheguemos como cego em tiroteio em janeiro, quando as negociações reabrirem.



Carlos Henrique Moraes Zanatta Amato

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