Votação Eletrônica e PDL - Vida Longa ao PASBC
Na votação eletrônica em andamento existem duas questões relativas ao PDL do PASBC. Na primeira (28) se pergunta se você é favorável ao PDL e na segunda (29), em caso afirmativo, pergunta-se se você acha que o BC deve co-patrociná-lo ou não.
O nosso plano de saúde tem muitos defeitos. Pode ser aprimorado em uma série de áreas, especialmente no atendimento às pessoas mais idosas. Mas é um dos melhores planos de saúde em todo o Brasil. Hoje mesmo, o médico que me atendeu referia-se à paralisação ao atendimento aos planos de saúde na semana passada. Dizia ele “...o seu plano não tem problema paga sem atraso e uma quantia razoável, mas esta não é a realidade dos outros planos de saúde...”
Eu pessoalmente acho muito bom ter um plano de saúde como o PASBC para proteger a minha saúde e, principalmente, a saúde de minha família.
O PDL é uma participação nossa em cada consulta, intervenção cirúrgica, ou procedimento que fazemos.
Alguns dirigentes sindicais já vieram às redes expressar sua convicção contra o PDL. Outros têm medo de se expor e se dizer favorável. Eu me sinto na obrigação de vir aqui e dizer que sou favorável ao PDL.
Em finanças e em economia bancária aprendemos que existem problemas de assimetria de informação que atrapalham o bom funcionamento da intermediação financeira. Um deles é conhecido como risco moral. O risco moral é aquele em que o tomador de crédito sente-se estimulado a dar outra destinação ao recurso, uma vez em suas mãos. Quem trabalha em fiscalização e em empréstimos agrícolas sabem bem disto, que muitos tomam dinheiro emprestado para a safra agrícola, mas tem incentivo para desviar os recursos para aplicar em algo mais arriscado, mas que pode gerar mais lucros para o tomador.
Nos seguros ocorre a mesma coisa. Quem tem um seguro, tem um incentivo para ser menos cuidadoso com a coisa segurada. Se o seguro de carro pagasse tudo, seríamos mais lenientes na forma de dirigir e mesmo nos locais onde estacionamos nossos carros. “Já incorremos na despesa do seguro, agora é relaxar”... diz-se.
Para evitar estas distorções criam-se uma série de condicionalidades nos contratos, criam-se a coparticipação no investimento de quem toma emprestado, forçando o tomador a ter prejuízos do próprio bolso, caso desvie o dinheiro para uma atividade mais arriscada. Também os prêmios nos seguros tem esta função. Uma parte a ser paga pelo segurado no caso de uma colisão ou roubo do veículo, para fazer com que o segurado seja mais cuidadoso e assim reduza o custo final do seguro para todos.
O PDL é isto, um incentivo para que não procuremos o médico por qualquer espirro, que temperemos um pouco nossa decisão de fazer aquela cirurgia desnecessária, ou fazer aquele exame caro só porque não tem custo nenhum para a gente.
Quem conhece a história do plano de saúde do Banco Central sabe que no passado, quando não havia PDL, muitos compraram óculos caros para revender. Por isto, por muito tempo se proibiu ressarcimento para compra de óculos. O todo pagando por desvios de alguns. O PDL cria um incentivo para reduzir estes desvios.
Para mim e para minha família eu quero que o PASBC seja perene e sustentável. Para isto acredito que medidas como a introdução do PDL ajudam na sustentabilidade de nosso Plano de Saúde.
Se você ainda não votou na votação eletrônica em andamento, vote e lembre-se de dizer o que pensa sobre nosso PASBC.
Como ser humano e cidadão, voto pela manutenção do PDL. Acredito naquela frase do Gandhi de que devemos ser a transformação que queremos para o mundo. Eu quero um mundo onde cada um de nós sejamos autônomos e responsáveis por nossas próprias vidas e decisões.
Podemos optar por ter todos os direitos agora, sem custo, mas por em risco a sustentabilidade do PASBC, ou podemos ponderar da necessidade de inibir gastos desnecessários e garantirmos uma vida longa a nosso plano de saúde.
Como representante sindical apoiarei aquilo que for majoritário no processo eleitoral. Por isto não deixe de votar, para que sua visão guie minha ação sindical.
Jose Ricardo da Costa e Silva
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
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