terça-feira, 6 de setembro de 2011

Um desprestígio para a DIREÇÃO do BC



Sinal das Gerais

Ao não incluir a modernização da carreira de especialista do Banco Central no Projeto de Lei que encaminhou ao Congresso Nacional na semana passada, em 31.08.2011, o Governo atingiu com um duro golpe não apenas os funcionários ocupantes do cargo de técnico, mas toda a categoria de servidores do BC e, definitivamente, o prestígio da direção da Autarquia.

Com efeito, desde 2008, antes mesmo que terminasse a campanha salarial passada, sindicatos, direção da Casa e o MPOG se envolveram em grupo de trabalho, com o objetivo de formular um Plano de Cargos e Salários com estrutura mais adequada ao quadro de funcionários da Instituição: uma carreira modernizada, composta por dois cargos de nível superior, em plena sintonia com a importância estratégica do Banco Central do Brasil no cenário nacional e internacional.

Três anos depois, computadas as inúmeras reuniões, as dezenas de contatos com parlamentares e as mais diversas sondagens a autoridades, tudo termina mais uma vez na falta de vontade política do Governo, mascarada pela intransigência técnica da Casa Civil.

Por que é fundamental suprimir o nível médio
O tombo que o Governo deu na modernização da carreira de especialista pode até não indignar todos os analistas, pois a questão, em princípio, parece dizer respeito somente aos técnicos. Fato é que a existência de um cargo de nível médio foi - e continua sendo - a principal justificativa para a permanência da nossa carreira de especialista na parte mais baixa da tabela das Carreiras Típicas de Estado, a despeito de sua importância técnica para o País. É, assim, um verdadeiro entrave para se avançar na CAMPANHA SALARIAL de analistas e de técnicos.

Por isto, a modernização da carreira, com a supressão do nível médio, passou a ser uma demanda de todo o funcionalismo, aprovada na AND de Canela, em 2008, legitimada pela categoria na votação eletrônica de dezembro/2008 a janeiro/2009 e definida como eixo prioritário de nossa CAMPANHA SALARIAL/2011 na AND de Florianópolis, em 2010.

Torna-se, pois, imperativo, mais uma vez, a retomada da luta incansável para alcançá-la, com mobilização e articulação, via trabalho constante e sistemático de convencimento no Congresso e no Governo, sobretudo na Casa Civil — último foco resistente à mudança.


ASSEMBLEIA de MOBILIZAÇÃO! Dia 15, 15 horas, 11º andar do BC-BH.

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