quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Abaixo assinado




Via *Erdanet

O abaixo assinado não é para aprovar o aumento, é para rediscutir o assunto em assembleia. Tivemos aqui no DF um torno de 800 servidores na assembleia que rejeitou a proposta, sendo que foi praticamente empatada a decisão, e agora temos mais de 800 assinaturas, e que pode inclusive passar de mil. Você vai sinceramente dizer que não é um número relevante?

Decisão em assembleia é sempre soberana. Em 2008, depois da campanha salarial, a assembleia no DF decidiu que não teríamos mais assembleias conjuntas do Sinal com Sintbacen e Sindsep. E em 2012 uma outra assembleia tão soberana quanto aquela decidiu que teremos assembleias conjuntas do Sinal com Sintbacen e Sindsep. Não existe portanto essa inflexibilidade, e não estamos aqui falando de fazer assembleias semanais até mudar algo. Literalmente dezenas e dezenas de servidores do DF, muitos inclusive que votaram contra a proposta, estão pedindo diariamente ao Sinal-DF nova chance de rediscutir o assunto. Insisto que o fato de sermos apenas 1% dos servidores federais que ficaram sem aumento, além da possibilidade concreta do GT do alinhamento interno e da implementação do horário flexível, constituem fatos novos a serem deliberados. Isso se conseguirmos reabrir as negociações com o governo, o que será muito difícil, porém diria que sem o nosso primeiro passo será impossível.
Quanto a merecer o aumento, não se trata apenas de luta e mobilização. É preciso ler o cenário político, as ações do governo, a possibilidade de piora no cenário econômico mundial e o fato de estarmos isolados. Merecemos sim mais que o aumento de 5+5+5, porém esse foi o índice possível. Até mesmo o carreirão da Esplanada representado por CUT e Condsef percebeu isso e interromperam a greve forte que estavam fazendo, para aceitar o aumento. No ano que vem todos aqueles que apostarem contra irão perder, o governo será inflexível. E se resolver mudar será por uma questão eleitoreira e de melhora do cenário econômico, e com isso todos irão ganhar o novo percentual que porventura for negociado em 2013. Será o governo olhando para eleições de 2014 e querendo agradar servidores públicos, além de não incentivar greves dos que porventura ficarem para trás. Não será porque fizemos greves e mobilizações. Ou seja, o jogo já está jogado, ao contrário de anos anteriores. Nada que façamos de concreto irá fazer diferença. Teoria dos jogos na veia.



Bruno Peres de Aguiar - BRUNO/DEPOG-DF (bruno.peres@bcb.gov.br), em 20.9.2012

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