O Sinal nas regionais parece perdido. Aqui em SP já foram cinco reuniões só esta semana. Na assembléia que rejeitou a proposta do governo, estavam presentes um quarto do total de funcionários da praça; os demais, como eu, acham inútil ir às assembléias, pois vai a minoria barulhenta, que gosta de discursos inflamados, aplaude os cupinchas e vaia os que discordam.
Não contentes com sua suposta vitória (e nunca vi vitorioso voltar para casa de mãos abanando), ainda insistem em uma greve que a maioria de SP não quer fazer, e que o resto do Brasil aparentemente também não está disposto a fazer. Vide texto de um recente e-mail do Sinal/SP:
“RESULTADO DA ASSEMBLEIA REGIONAL DE 30/8/12, EM SÃO PAULO
A Assembleia Geral Regional Extraordinária desta quinta-feira, 30/8/12, em São Paulo, contou com a assinatura de 138 servidores na lista de presença.
Aparecido Francisco de Sales, presidente do Sinal-SP, na condução da assembleia, juntamente com o conselheiro Iso Sendacz diretor de Relações Intersidicais (Sinal Nacional), apresentaram um panorama geral a respeito da atual campanha, e das tratativas que vem sendo feitas pelo governo com algumas categorias, especialmente a dos auditores-fiscais das Receita Federal.
Sales trouxe a informação de que a decisão da Assembleia Regional de convocação de uma AGN na sexta-feira, dia 31/8, não foi apreciada na reunião telefônica do Conselho Nacional, realizada no final da tarde de ontem.
Após manifestações ao microfone a respeito de vários aspectos da campanha, a assembleia aprovou, por aclamação, a seguinte proposta de Nota de Repúdio:
“Os servidores do Banco Central de São Paulo repudiam a decisão do Conselho Nacional de não deliberar pela convocação de uma Assembleia Nacional para que a categoria possa se manifestar a respeito do indicativo de greve, no dia 31 de agosto, conforme proposta aprovada pela Assembleia Regional de São Paulo, de 29 de agosto, e exigem que essa Assembleia seja convocada, no máximo para amanhã de manhã. Se o Conselho entender que o indicativo de greve é inadequado, defenda isso na Assembleia, mas não cerceie o direito da categoria de se manifestar a respeito dessa questão nacionalmente.”
Que bando de malucos !!! Acho que vou pedir adicional de periculosidade, vai que é contagioso.....
Paulo Zordan
Separação de negociação salarial entre Técnicos e Analistas é aprovada em Assembleia de Brasília do Sinal, Sindsep e Sintbacen
Com muita tensão, a Assembleia Unificada do Sinal, Sindsep e Sintbacen de Brasília, realizada ontem, 04/09/2012, aprovou por ampla maioria dos presentes (cerca de 200 presentes) proposta de que de agora em diante as negociações salariais de Analistas e Técnicos sejam separadas. A assembleia, bem menor que as de votação da proposta do Governo, foi tensa, discutindo-se, entre outros itens, a realização de Assembleia só de técnicos antes da votação da proposta do Governo.
A quem aproveita a separação por cargos no BCB?
Não obstante muitos Analistas estejam insatisfeitos com o resultado da nossa última campanha salarial (eu inclusive), em que deixamos de conseguir o insuficiente (mas real) aumento de 15,8%, um grande equívoco está sendo cometido. Estão ensandecidos pelo fato do SintBacen ter realizado uma assembleia no dia anterior ao da AGN em que pouco mais de 1000 pessoas decidiram recusar a proposta contra pouco mais de 500 a favor. Não enxergam (por miopia ou desconhecimento político) que qualquer das entidades tem absoluta legitimidade e independência para convocar seus representados como e quando melhor lhes aprouver, seja para informar, discutir, debater, deliberar, propor ou o que for. Apesar de eu mesmo achar que o Dirigente Sindical da referida entidade, em que pese todo o meu respeito pelos seus anos e anos de luta e militância e boa vontade em prol da categoria, tenha cometido algumas atitudes de miopia política:
1) quando aceitou a desproporcionalidade dos 52% do salário dos Analistas fiado em uma promessa do deputado líder do governo de rever a tabela dos técnicos;
2) depois em convocar uma assembleia só de técnicos durante um movimento de campanha salarial em que tanto se cobrou e se bateu pela unificação das assembleias (e da lista de presença);
3) quando deixou de perceber que aceitar o aumento de 15,8% seria razoável frente ao pleito de 24% de reposição das perdas inflacionárias, principalmente porque não havia cláusula de barreira que proibisse nova negociação no ano que vem (corroborada ainda mais pela minha proposta de ressalvar a assinatura do acordo exatamente pelo fato de que estávamos aceitando a proposta porque o governo dizia que a atual conjuntura econômica mundial era desfavorável, logo, no ano seguinte, caso a conjuntura econômica mundial se mostrasse mais favorável, nos resguardávamos o direito de rediscutir o acordo ora assinado);
4) quando deixou de perceber que o aumento de 15,8% não era tão ruim, o que é ruim é o fato de que os técnicos não ganham mais os 52% dos analistas (culpa de sua própria ingenuidade, apesar de anos e anos como sindicalista, em se fiar na promessa de um político), e o que é preciso é tentar recompor tal proporcionalidade (inclusive já admitida como necessária, como de decisão política e como de impacto residual na folha)
A maioria dos Analistas presentes parece estar achando que os 375 que votaram em Brasília pela rejeição da proposta, contra os 368 a favor eram somente Técnicos, quando era visível que não (e olha que eu participei ativamente da contagem e da observação). O Banco Central do Brasil é formado por duas carreiras de servidores públicos: a carreira de Procuradores e a carreira de Especialistas. A carreira de Especialistas é formada por dois cargos, Analistas e Técnicos. Vejam bem: dois cargos distintos compondo uma mesma e única carreira. Querer oficiar o MPOG para separar as mesas de negociação dos dois cargos (como se pretende por aprovação da AGN de Brasília) é exacerbar nossas diferenças em prol do fortalecimento do governo. Trabalhar pela união é se predispor a tentar vencer nossas diferenças em prol do fortalecimento de todos e de cada um de nós! Usem um pouco as consciências e ponderem em seus travesseiros: A quem aproveita a separação por cargos no BCB?
Amilcar Faria
Foi o próprio Sintbacen quem efetivou, de fato, a separação da negociação salarial entre Técnicos e Analistas.
Resposta ao Sintbacen
Antes mesmo dos comunicados dos sindicatos começam a surgir teses sociológicas tentando uniformizar as motivações da imensa maioria dos analistas presentes na última assembleia de Brasília.
Para quem ainda não sabe, surgiu ao longo da assembleia, em perfeita consonância com o item da pauta que se propunha a dispor sobre “rumos e estratégias” (item 2 - para o desespero de alguns), a proposta de se oficiar ao MPOG a solicitação de que, a partir de agora, as mesas de negociação tratando das pautas salariais de técnicos e analistas sejam separadas.
Não se propôs que o Sinal ou o Sindsep-DF sejam sindicatos só de técnicos ou só de analistas, mas que negociem em separado os itens de interesse desses dois cargos. Exatamente como é feito na Receita Federal do Brasil, onde também há uma só carreira e dois cargos, o de Auditor Fiscal e o de Analista Tributário.
Lei nº 10.593, de 2002
“Art. 5º Fica criada a Carreira de Auditoria da Receita Federal do Brasil, composta pelos cargos de nível superior de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e de Analista-Tributário da Receita Federal do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.457, de 2007)”
Voltemos então às teses sociológicas que começam a surgir para explicar a soberana, democrática, legítima e tardia decisão:
· analistas ensandecidos;
· analistas míopes;
· analistas que culpam a minoria oprimida por sua própria decisão.
Como não sou sociólogo, e tampouco tenho a pretensão de resumir em uma mensagem às redes internas toda a sorte de motivações por trás da decisão legítima, soberana e democrática da imensa maioria dos analistas presentes à última assembleia de Brasília, explicarei as minhas razões para aceitar a tardia proposta de mesas de negociação separadas.
Ato 1 – O Sintbacen, na figura do seu Presidente vitalício, em um ato “magnânimo”, defende, em fórum das Carreiras Típicas de Estado, que a Unacon e não o Sinal fale em nome das carreiras que compõem o grupo financeiro e de gestão. O resultado todos nós conhecemos pela repercussão que ganhou: agressões físicas e agressões verbais trocadas pelo Presidente vitalício do Sintbacen e pelo Presidente do Sinal-DF. A briga deixou em segundo plano o fato mais grave, Maranhão, o “Magnânimo”, votou contra o interesse dos servidores do Banco Central. As razões dele não me interessam.
Ato 2 – Mesmo defendendo com tanta força a realização de assembleias conjuntas, o Sintbacen, mais uma vez na figura do seu Presidente vitalício, convoca assembleia exclusiva dos técnicos para fechar questão quanto a rechaçar a proposta do governo. Sim, cientistas sociais de plantão. Absolutamente legítima tanto a assembleia quanto a decisão. Agora pergunto, se os técnicos têm a sua agenda própria, não deveriam estar negociando em separado?
Ato 3 – Maranhão brada na assembleia que o Sintbacen é o único sindicato que defende os interesses dos técnicos, afirmando com todas as letras que trabalhará para rechaçar qualquer proposta que não contemple a modernização do cargo de técnico (nível superior).
Ato 4 – Maranhão, o magnânimo, segundo relatos de quem participou das reuniões, trabalha nos bastidores para inviabilizar a alternativa não financeira que poderia determinar a realização de nova assembleia nacional. Mais uma vez Maranhão, o Democrático, não desmente sua atuação nociva aos interesses dos analistas. Afirmou estar apenas defendendo a escolha democrática dos servidores. Afinal, o sindicato negociar a saída de um impasse é um atentado à democracia.
Temos outros exemplos por aí. Servidores mais antigos lembram a atuação do Presidente vitalício junto a parlamentares, que culminou na perda de reposição salarial praticamente depositada na conta dos servidores.
Diante disso, para que qualquer tese sociológica tentando resumir a decisão legítima, soberana, democrática e tardia dos servidores de Brasília em problemas oftalmológicos, tal qual a miopia, contemple nota de rodapé excluindo esse que vos escreve, explico as razões que motivaram minha decisão.
1º União prevê alguma convergência de interesses. Hoje, os interesses de técnicos e analistas são completamente antagônicos. Analistas votam pela reposição salarial e técnicos votam pelo nível superior. Pergunto: surgindo uma proposta que contemple apenas o pleito dos analistas, devemos massacrar, pela força da maioria, nossos abnegados colegas de trabalho?
2º Considerando a atuação sistematicamente danosa aos interesses dos analistas do Presidente vitalício do Sintbacen, ao tempo em que se reconhece como legítima sua presença em qualquer mesa de negociação que trate dos interesses dos técnicos, existe outra forma, que não a separação de mesas, de excluir o Presidente vitalício dos assuntos de interesse dos analistas?
3º Ao declarar de antemão que trabalhará contra qualquer proposta que não contemple o nível superior, não fica claro que a suposta União, pelo menos no que diz respeito ao Sintbacen, é uma via de mão única. Ou seja, nós, analistas, devemos, em ato de grandeza e desprendimento, trabalhar pela conquista dos interesses dos técnicos (que tampouco encontram unanimidade entre nós), enquanto ele, o Vitalício, trabalha para sabotar tudo que não atenda a esses mesmos interesses.
4º Em qualquer mesa de negociação conjunta temos 3 sindicatos, sendo que dois defendem ambos os cargos e um defende apenas os técnicos. Apesar da minha suposta miopia vejo um indesejável desequilíbrio de representação, com três sindicatos falando em favor dos técnicos e apenas dois falando em favor dos analistas.
Resumindo a minha decisão: Maranhão não pode mais participar, influenciar ou decidir qualquer assunto de interesse dos analistas. Que trate de sua agenda pessoal em sua própria mesa de negociação, onde não poderá mais colocar a culpa dos seus fracassos pessoais na tal ditadura da maioria. União? Talvez quando os valorosos colegas técnicos avaliarem a qualidade da sua liderança sindical.
Felipe de Olivio Derzi Pinheiro
Via Erdanet.
Sintbacen acusa Sindsep de ”Pilatos” e dirigente do Sinal de prestar serviços à Ditadura Militar.
Avaliação da Assembleia Geral
Ontem em Brasília
Na assembleia de ontem em Brasília, lamentavelmente escolheram o SinTBacen como “bode expiatório” da rejeição da proposta do governo como se os técnicos tivessem a capacidade de, sozinhos, derrotar a proposta em todo o país.
Foi um verdadeiro massacre com ataques de diretor do Sinal/DF que, de forma irresponsável mais uma vez, utilizou argumentos mentirosos para manipular a opinião das pessoas, quando disse que o presidente do SinTBacen à época das negociações de 2007 havia traído sua categoria aceitando o rebaixamento da relação salarial de 52% para os atuais 38%, sob promessa de um determinado deputado de que as coisas estariam resolvidas rapidamente.
O acusador, entretanto, omitiu o fato de que o Sinal que ele diz representar os Técnicos se empenhou exaustivamente para que os representantes do SinTBacen não se retirassem da Mesa de Negociações naquele momento, sob o risco de “melar” as negociações, e juntamente com o Sindsep/DF assinaram o mesmo acordo.
O diretor do Sinal/DF que acusou o presidente do SinTBacen na assembleia de ontem e em várias outras oportunidades, é figura conhecida nos bastidores do BC pelos serviços prestados ao longo dos anos da ditadura militar atuando como simpatizante do regime e serviçal das ordens do sindichefe combatendo a organização dos servidores – tanto na antiga AFBC como no Sindicato dos Bancários. Apenas agora, no apagar das luzes de sua vida profissional resolveu filiar-se ao Sinal e atuar como dirigente. Daí se pode concluir quem é o profissional da manipulação.
Fica evidente a falta de empenho do Sinal/DF em trabalhar em harmonia com as demais entidades representativas, investindo na divisão do funcionalismo como forma de defesa da sua própria incompetência política, jogando uns contra os outros numa postura que facilitará em muito, a ação do governo contra os servidores em campanhas futuras.
O Sindsep/DF deu uma de Pilatos – ou seja: lavou as mãos e ficou assistindo o massacre de camarote sem nada falar. Lamentável postura.
Agradecemos as manifestações dos poucos colegas que ousaram falar pela unidade e em defesa de que a responsabilidade da derrota da proposta do governo não era e não foi do SinTBacen, mas principalmente da grande maioria silenciosa que se omite de participar das assembleias.
Outro fato lamentável foi a aprovação da divisão entre técnicos e analistas proposta por um grupo de colegas, com visível apoio da direção do Sinal/DF que insuflava a separação. Esse fato, se levado a cabo pela direção nacional do Sinal, poderá trazer sérias consequências para a luta de todos no futuro, mas esperamos que impere o bom senso e a responsabilidade na condução política do movimento.
Tocaremos a vida em frente sem rancores e sem mágoas, como diz o poeta: “amanhã será um novo dia” e como diz o provérbio chinês: “fracassar não é cair; é recusar-se a levantar”.
SIGAMOS EM FRENTE! JUNTOS E MISTURADOS!
Nossa força é a nossa união!
A Diretoria.