Por Agencias Iternacionais
Os protestos contra Wall Street, que começaram com uns poucos universitários acampados em Manhattan, ganharam ontem o apoio pesado de uma vasta gama de sindicatos, entidades da sociedade civil e celebridades.
Membros de diversos grupos marcharam ontem com os manifestantes do movimento Ocupar Wall Street em Nova York. Patrick Brunner, porta-voz do Ocupar, disse que os protestos reuniram 10 mil pessoas. Entre as organizações participantes, estavam a Associação de Inquilinos de Chinatown, o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes, o maior sindicato nacional de enfermeiras, o grupo liberal MoveOn.org e entidades comunitárias como a United NY e a Working Families Party.
O cineasta Michael Moore, o ganhador do Nobel de Economia, Joseph Stiglitz, o produtor musical Russell Simmons e o músico Peter Yarro - do grupo de folk Peter Paul and Mary, que fez sucesso nos anos 60 com uma versão de "Blowing In The Wind", de Bob Dylan - também declararam apoio ao movimento.
Em várias universidades americanas, estudantes deixaram as salas de aula atendendo a um chamado do Occupy Wall Street. O grupo de hackers ativista Anonymous - que promove vários ataques a sites corporativos e governamentais - prometeu "apagar" o site da Bolsa de Nova York no dia 10 de outubro.
Segundo o Occupation Status Board, autoproclamada liderança dos protestos, as manifestações se espalham por 147 cidades americanas e 28 no exterior. Foram arrecadados US$ 35 mil em donativos e 805 pessoas foram presas.
Para o sociólogo Brayden King, estudioso de movimentos políticos e sociais da Northwestern University, o movimento Occupy Wall Street tem potencial para se tornar uma espécie de Tea Party da esquerda, se os manifestantes conseguirem transformar sua lista discrepante de queixas em um receituário político mais centrado.
O Tea Party, grupo que pretende diminuir radicalmente o tamanho da máquina pública e cortar gastos federais, teve origem em uma mobilização contra as reformas na área da saúde promovidas pelo presidente Barack Obama. Hoje, cerca de 60 dos 435 deputados americanos se identificam como membros do movimento.
"Eles [os manifestantes anti-Wall Street] precisam descobrir a que vieram para se tornar uma força de mudança dentro do Partido Democrata, como o Tea Party o foi dentro do Partido Republicano" disse King. "Sem isso, ficará difícil para os políticos saberem como se posicionar sem dizer 'nós também somos malucos'."
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
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