Confira abaixo correspondência enviada a todos Deputados Federais e Senadores
Via *Erdanet
Rio de Janeiro, 3 de outubro de 2011
Exmª. Srª.
Deputada Federal
Assunto: Gastos desnecessários em uma eventual transferência de atividades do BCB, da Av. Presidente Vargas para a Gamboa
Como é do conhecimento público, o Banco Central do Brasil deu início à construção de um novo prédio na Gamboa, no contexto do projeto Porto Maravilha.
Em função da limitação do gabarito da região, o projeto inicial, com três andares, previa a transferência para a Gamboa apenas do Departamento do Meio Circulante (MECIR), que abriga a caixa-forte do Banco e que atualmente funciona em um prédio centenário, localizado na esquina da Av. Rio Branco com a R. Visconde de Inhaúma, sem as mínimas condições de uso, com goteiras e instalações inadequadas.
Como se sabe, o Banco Central do Brasil funciona também em outro prédio, localizado na Av. Presidente Vargas, 730, em frente à Estação Uruguaiana do Metrô, em pleno centro econômico e comercial do Rio de Janeiro, onde trabalham cerca de 450 servidores, que recebem diariamente centenas de consumidores de serviços bancários e administradores de instituições financeiras, que lá comparecem para tratar de questões relacionadas ao papel exercido por essa autarquia.
Cabe ressaltar que parte do referido prédio é ocupado pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), que participa do rateio dos custos de manutenção desse edifício.
Nesse prédio da Av. Presidente Vargas o acesso dos servidores é feito majoritariamente por intermédio de transporte coletivo, tendo os servidores à sua disposição, na porta ou em suas adjacências: metrô, ônibus, vans, barcas e a estação ferroviária da Central do Brasil, o que contribui para a redução da circulação de automóveis e, consequentemente, da poluição urbana, tendência incentivada nas principais metrópoles do planeta.
Em pesquisa organizada por este sindicato junto ao corpo funcional, realizada por votação eletrônica, uma estreita maioria (57%) dos servidores lotados no MECIR concordou com a sua transferência para o prédio da Gamboa.
A posição do quadro funcional do MECIR pode ser compreendida em função das difíceis condições de exercício de suas atividades em um prédio com limitações de ordem logística e de qualidade de vida no trabalho. As constantes transferências de papel-moeda às portas de uma via com grande movimento de veículos como a Av. Rio Branco, com constantes interrupções do trânsito, além das dificuldades de modernização em um prédio tombado pelo Patrimônio Histórico, explicariam a aceitação dos servidores desse Departamento, ainda que em pequena maioria, da mudança para a Gamboa.
Entretanto, no caso das atividades exercidas no prédio da Av. Presidente Vargas, a situação é totalmente diversa, o que motivou a quase totalidade dos servidores ali lotados (87%) a se posicionar contrariamente à sua transferência para a Gamboa.
Trata-se de um prédio em perfeitas condições de uso, com heliponto, e que recebeu recentemente consideráveis investimentos, dentre eles: sistema inteligente de elevadores, em 2011, modernas estações de trabalho, que estão sendo instaladas atualmente em todos os andares, reforma dos banheiros, troca do sistema geral de ar condicionado, já licitada, novos auditórios reformados há poucos meses e nova forração nos tetos, além da inauguração, há poucos dias, de uma moderna agência do Banco do Brasil. Em suma, um prédio no qual foi investido cerca de uma dezena de milhões de reais e que se pretende, injustificavelmente, abandonar.
Ocorre que este sindicato foi informado que, veladamente, a direção do Banco Central do Brasil vem trabalhando no sentido de transferir todos os servidores – tanto os do MECIR, quanto os do prédio da Av. Presidente Vargas - para o edifício em construção na Gamboa. Para isso, o Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, Sr. Eduardo Paes, encaminhou, à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 47/2011, que prevê a ampliação do gabarito do Porto Maravilha apenas para o futuro prédio do Banco Central do Brasil.
Assim, o projeto, que originalmente teria três andares, passaria a ter sete andares para abrigar também os servidores da Av. Presidente Vargas, sendo necessária uma despesa extra de R$30 milhões, com uso de aditivo, cuja verba ainda não foi liberada.
O mais grave é que, até a presente data, a direção do BCB tem se negado a discutir o assunto com o corpo funcional que será afetado com essa medida.
A quase totalidade dos servidores considera um contrassenso a transferência das atividades do prédio da Av. Presidente Vargas para a Gamboa, pois, além de um custo desnecessário, tal decisão dificultaria o acesso do público-alvo às instalações dessa autarquia, hoje estrategicamente localizada no centro da cidade.
No momento em que o país atravessa uma grave crise econômica, que resultou em significativo corte orçamentário, atingindo inclusive programas sociais, entendemos ser uma despesa injustificável (o aditivo de 30 milhões de reais) a ampliação em mais quatro andares do prédio da Gamboa, quando têm, os servidores e a população, à sua disposição, um prédio em boas condições de utilização, que cumpre de forma eficaz o seu papel.
Nesse sentido, solicitamos o apoio da ilustre parlamentar, na forma, por exemplo, de pronunciamentos sobre o tema, para que o Poder Legislativo, e, por conseguinte, o Poder Executivo, sejam alertados quanto a essa possível má utilização da verba pública.
Colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos e nos comprometemos a dar ampla divulgação de sua manifestação junto aos cerca de 8.000 servidores ativos, aposentados e seus dependentes, vinculados ao Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro.
Cordialmente,
Sinal-RJ (sinalrj@sinal.org.br), em 6.10.2011
Exmª. Srª.
Deputada Federal
Assunto: Gastos desnecessários em uma eventual transferência de atividades do BCB, da Av. Presidente Vargas para a Gamboa
Como é do conhecimento público, o Banco Central do Brasil deu início à construção de um novo prédio na Gamboa, no contexto do projeto Porto Maravilha.
Em função da limitação do gabarito da região, o projeto inicial, com três andares, previa a transferência para a Gamboa apenas do Departamento do Meio Circulante (MECIR), que abriga a caixa-forte do Banco e que atualmente funciona em um prédio centenário, localizado na esquina da Av. Rio Branco com a R. Visconde de Inhaúma, sem as mínimas condições de uso, com goteiras e instalações inadequadas.
Como se sabe, o Banco Central do Brasil funciona também em outro prédio, localizado na Av. Presidente Vargas, 730, em frente à Estação Uruguaiana do Metrô, em pleno centro econômico e comercial do Rio de Janeiro, onde trabalham cerca de 450 servidores, que recebem diariamente centenas de consumidores de serviços bancários e administradores de instituições financeiras, que lá comparecem para tratar de questões relacionadas ao papel exercido por essa autarquia.
Cabe ressaltar que parte do referido prédio é ocupado pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP), que participa do rateio dos custos de manutenção desse edifício.
Nesse prédio da Av. Presidente Vargas o acesso dos servidores é feito majoritariamente por intermédio de transporte coletivo, tendo os servidores à sua disposição, na porta ou em suas adjacências: metrô, ônibus, vans, barcas e a estação ferroviária da Central do Brasil, o que contribui para a redução da circulação de automóveis e, consequentemente, da poluição urbana, tendência incentivada nas principais metrópoles do planeta.
Em pesquisa organizada por este sindicato junto ao corpo funcional, realizada por votação eletrônica, uma estreita maioria (57%) dos servidores lotados no MECIR concordou com a sua transferência para o prédio da Gamboa.
A posição do quadro funcional do MECIR pode ser compreendida em função das difíceis condições de exercício de suas atividades em um prédio com limitações de ordem logística e de qualidade de vida no trabalho. As constantes transferências de papel-moeda às portas de uma via com grande movimento de veículos como a Av. Rio Branco, com constantes interrupções do trânsito, além das dificuldades de modernização em um prédio tombado pelo Patrimônio Histórico, explicariam a aceitação dos servidores desse Departamento, ainda que em pequena maioria, da mudança para a Gamboa.
Entretanto, no caso das atividades exercidas no prédio da Av. Presidente Vargas, a situação é totalmente diversa, o que motivou a quase totalidade dos servidores ali lotados (87%) a se posicionar contrariamente à sua transferência para a Gamboa.
Trata-se de um prédio em perfeitas condições de uso, com heliponto, e que recebeu recentemente consideráveis investimentos, dentre eles: sistema inteligente de elevadores, em 2011, modernas estações de trabalho, que estão sendo instaladas atualmente em todos os andares, reforma dos banheiros, troca do sistema geral de ar condicionado, já licitada, novos auditórios reformados há poucos meses e nova forração nos tetos, além da inauguração, há poucos dias, de uma moderna agência do Banco do Brasil. Em suma, um prédio no qual foi investido cerca de uma dezena de milhões de reais e que se pretende, injustificavelmente, abandonar.
Ocorre que este sindicato foi informado que, veladamente, a direção do Banco Central do Brasil vem trabalhando no sentido de transferir todos os servidores – tanto os do MECIR, quanto os do prédio da Av. Presidente Vargas - para o edifício em construção na Gamboa. Para isso, o Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, Sr. Eduardo Paes, encaminhou, à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 47/2011, que prevê a ampliação do gabarito do Porto Maravilha apenas para o futuro prédio do Banco Central do Brasil.
Assim, o projeto, que originalmente teria três andares, passaria a ter sete andares para abrigar também os servidores da Av. Presidente Vargas, sendo necessária uma despesa extra de R$30 milhões, com uso de aditivo, cuja verba ainda não foi liberada.
O mais grave é que, até a presente data, a direção do BCB tem se negado a discutir o assunto com o corpo funcional que será afetado com essa medida.
A quase totalidade dos servidores considera um contrassenso a transferência das atividades do prédio da Av. Presidente Vargas para a Gamboa, pois, além de um custo desnecessário, tal decisão dificultaria o acesso do público-alvo às instalações dessa autarquia, hoje estrategicamente localizada no centro da cidade.
No momento em que o país atravessa uma grave crise econômica, que resultou em significativo corte orçamentário, atingindo inclusive programas sociais, entendemos ser uma despesa injustificável (o aditivo de 30 milhões de reais) a ampliação em mais quatro andares do prédio da Gamboa, quando têm, os servidores e a população, à sua disposição, um prédio em boas condições de utilização, que cumpre de forma eficaz o seu papel.
Nesse sentido, solicitamos o apoio da ilustre parlamentar, na forma, por exemplo, de pronunciamentos sobre o tema, para que o Poder Legislativo, e, por conseguinte, o Poder Executivo, sejam alertados quanto a essa possível má utilização da verba pública.
Colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos e nos comprometemos a dar ampla divulgação de sua manifestação junto aos cerca de 8.000 servidores ativos, aposentados e seus dependentes, vinculados ao Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro.
Cordialmente,
Sinal-RJ (sinalrj@sinal.org.br), em 6.10.2011
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