quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Facebook tenta lucrar com dados de usuários
Por Geoffrey A. Fowler
The Wall Street Journal
A Facebook Inc. está experimentando novas maneiras de aproveitar seu maior ativo - os dados sobre cerca de 900 milhões de pessoas, reacendendo as preocupações sobre privacidade. A estratégia da empresa é vender o acesso aos seus usuários.
Para aumentar a eficácia dos anúncios em seu site, nos últimos meses a Facebook começou a permitir que os anunciantes direcionem suas mensagens aos usuários com base no e-mail e número de telefone que estes divulgam em seus perfis, ou com base nos seus hábitos de acesso a outros sites.
A empresa também começou a vender anúncios que seguem os usuários de sua rede social fora dos limites do site.
E o que mais irrita os defensores da privacidade: a Facebook está usando seu tesouro de dados para estudar as relações entre os anúncios em seu site e os hábitos de compras dos usuários em lojas físicas. É parte de um esforço para provar às firmas de marketing a eficácia da publicidade no Facebook, um negócio de US$ 3,7 bilhões dólares anuais.
A Facebook não divulgou quais anunciantes participam dos estudos. Em princípio, estes permitem que uma firma de marketing de um xampu, por exemplo, fique sabendo, em números totais, o quanto um anúncio visto no Facebook aumenta as vendas em todo um conjunto de varejistas.
A Facebook está tomando essas iniciativas, que mostram algum sucesso inicial, em um momento em que enfrenta pressão dos investidores para se tornar um nome mais forte na publicidade digital.
Mas ao fazer isso, a empresa está pisando em uma divisão sutil entre usar dados dos usuários para atrair dólares de marketing e cumprir suas promessas, feitas aos usuários e às autoridades reguladoras, de manter a privacidade desses dados pessoais.
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